Criado em 2016 pelo Ministério da Saúde, o Janeiro Roxo é o nome dado à campanha de prevenção e conscientização sobre a hanseníase. A data tem como objetivo esclarecer as principais dúvidas da população e eliminar qualquer tipo de preconceito e estigma sobre a doença.
Crônica, porém curável, a hanseníase é causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. O microrganismo acomete a pele, os nervos periféricos e também pode causar lesões neurológicas.
A doença é transmitida pelo toque, saliva ou por secreções nasais de pessoas infectadas que não fazem tratamento. Portanto, diferente do que muitos pensam, pacientes que fazem acompanhamento médico e que são medicados(as) adequadamente não transmitem a hanseníase.
Entre as classificações da condição estão a hanseníase indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana, sendo as duas últimas suas formas mais avançadas.
Para saber como identificar a doença, quais tratamentos estão disponíveis e como colaborar com a campanha do Janeiro Roxo, continue acompanhando o artigo!
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
O período de incubação da Mycobacterium leprae é de 2 a 7 anos, ou seja, o(a) paciente pode não manifestar sintomas ou desenvolver alguns sintomas muito leves nessa fase. Contudo, com o passar desse período, os sintomas tendem a ficar acentuados.
Entre os principais sinais de uma infecção pela bactéria transmissora da hanseníase estão:
Vale lembrar que os sintomas variam de acordo com o tipo de hanseníase. Em estados avançados, sem intervenção médica e tratamento medicamentoso, o(a) paciente com hanseníase pode sofrer com a perda de ossos nas extremidades, deformando assim algumas regiões do corpo como mãos, nariz e pés.
Se você possui algum dos sintomas citados acima, procure imediatamente um (a) médico (a). Quanto mais cedo a hanseníase for detectada e tratada, maiores as chances do tratamento ser eficaz e menores serão os danos e sequelas.
Leia mais: Hanseníase: tem cura? Veja sintomas, tratamento e prevenção
O tratamento para a doença consiste, basicamente, no uso de medicamentos antibióticos específicos para a condição por um período que varia entre 6 e 12 meses. Contudo, ele pode variar de acordo com o tipo de hanseníase diagnosticado no (a) paciente e quadro atual.
Vale ressaltar que o tratamento pode ser feito de forma gratuita no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, por conta das lesões neurológicas, a fisioterapia é indicada para atuar na recuperação de pacientes diagnosticados (as) com hanseníase. Isso é possível, pois, existem tratamentos fisioterapêuticos que auxiliam na aceleração da cicatrização das úlceras nos pés.
Estudos comprovaram que tratamentos fisioterápicos são utilizados na cicatrização de úlceras por meio de massagem manual superficial, laserterapia de baixa intensidade, terapia ultrassônica, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e eletroestimulação pulsada de alta e baixa voltagem.
As pesquisas da fisioterapia na hanseníase estão voltadas para prevenir, curar e reabilitar as lesões e, todos os estudos evidenciaram que existem recursos fisioterapêuticos que auxiliam no processo de cicatrização e que podem trazer benefícios na recuperação.
É importante ressaltar que sem tratamento e em estado avançado de hanseníase Dimorfa ou Virchowiana, as complicações tendem a se agravar cada vez mais e a chance de letalidade é maior. Nesse caso, as chances de cura diminuem e o tratamento pode não ter boa resposta, pois o sistema imunológico está comprometido.
Portanto, a melhor forma de prevenir a hanseníase é visitando o (a) médico (a) regularmente, especialmente quando há manifestação de sintomas adversos, como os relatados acima. Além disso, o acompanhamento das pessoas próximas a quem está com suspeita da doença também é uma forma de prevenção.
Compartilhar informações com embasamento científico e de qualidade são algumas das formas de contribuir com o Janeiro Roxo. Converse com as pessoas próximas sobre, compartilhe nas suas redes sociais materiais da campanha e fique atento (a) a possíveis sintomas da doença.
Quanto mais informação de qualidade for compartilhada sobre a hanseníase, mais conscientização e menos casos teremos.
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A conscientização que a campanha do Janeiro Roxo propõe tem como objetivo mostrar que portadores de hanseníase podem sim conviver em sociedade e não oferecem risco à saúde pública quando recebem tratamento.
Além disso, ela visa reforçar os cuidados e quais sintomas devem acender o sinal de alerta. Portanto, caso tenha se identificado com os sintomas relatados ou tenha ficado com alguma dúvida, procure um (a) médico (a).
Para mais informações sobre doenças e seus tratamentos, continue acompanhando o portal e as redes sociais do Minuto Saudável.
Atuação da fisioterapia na hanseníase no Brasil — Fisiosale
Rafaela Sarturi Sitiniki
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