Os sintomas são característicos e o problema bastante comum, porém o perigo é ainda maior durante a gravidez. A infecção urinária é considerada preocupante quando acontece durante a gestação e, se houver complicações, pode aumentar os riscos de parto prematuro ou, em quadros mais complexos, é capaz de causar aborto espontâneo.
Alguns sinais característicos podem indicar que há algo errado: incômodo ao urinar, dores e sensação de bexiga cheia mesmo após ir ao banheiro.
O problema ocorre devido à entrada ou proliferação de bactérias em alguma região do sistema urinário. Esse tipo de infecção afeta principalmente as mulheres, pela proximidade dos sistemas excretor e reprodutor na região perianal.
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Durante a gravidez, o aumento da umidade vaginal torna a região extremamente propícia para a passagem de microrganismos de uma área para a outra.
Outro fator que contribui para a maior incidência dessa condição em gestantes são as alterações fisiológicas, que podem levar ao acúmulo da urina, propiciando a proliferação das bactérias.
De acordo com dados divulgados pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em 2022, a infecção urinária é a maior causa de prematuridade espontânea.
Além disso, quadros infecciosos mais graves e febre também estão ligados a complicações, aumentando os riscos de mortalidade fetal e da pessoa gestante.
No caso de pessoas que já sofreram casos anteriores de infecção urinária, o problema deve ser relatado ao médico, assim como pessoas que já tiveram mais de três filhos ou que são diabéticas (fatores considerados agentes facilitadores para o surgimento da doença).
O uso de medicamentos durante a gravidez também pode estar associado aos índices de mortalidade e prematuridade. Caso apresente sintomas de infecção ou febre, não se automedique e converse abertamente com seu(a) médico(a) para saber sobre a relação risco-benefício de cada medicamento.
O principal método para evitar o surgimento de todos esses riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê, é a realização do pré-natal. Do início ao fim da gestação, os exames de rotina visam prevenir ou detectar inúmeras doenças.
Embora o exame de urina mais simples não consiga determinar as especificidades da infecção urinária, a presença desse exame na rotina de pré-natal ajuda a encontrar alterações significantes e que podem indicar a proliferação de bactérias, principalmente em casos assintomáticos.
Apesar de comum, a infecção urinária pode ser a causa de quadros graves de infecção e febre na gravidez. Mantenha as rotinas de pré-natal, não pratique a automedicação e consulte um profissional de saúde caso surjam os sintomas.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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