O diagnóstico da doença septicemia, ou sepse, pode acontecer mais rapidamente, segundo estudo publicado na Science Direct. Isso graças a um dispositivo que analisa o sangue do paciente e dá o resultado em poucos minutos.

Confirmar a condição e saber quais os tratamentos mais indicados, até então, dependiam de exames que podem demorar até 72 horas para ficarem prontos — o que representa sérios riscos ao paciente.

Em geral, são usados exames de sangue, observação do estado clínico do paciente e acompanhamento da frequência cardíaca e respiratória.

Porém, com o novo dispositivo, leva apenas 2,5 minutos para detectar a presença da infecção por meio da detecção de um biomarcador específico, a interleucina-6 (IL-6).

Apesar de ser chamada de infecção generalizada, a sepse não está necessariamente em todo o corpo, mas, como é uma resposta exagerada do organismo que tenta combater alguma infecção, pode afetar diversas funções.

Com isso, há riscos graves, inclusive de morte.

No Brasil, a doença atinge cerca de 400 mil pessoas por ano e é fatal para metade delas.

Como funciona o dispositivo?

Ele é pequeno, de baixo custo e pode salvar vidas. Assim é como os cientistas da Universidade de Strathclyde, na Escócia, classificam.


Sua função basicamente é medir os níveis da molécula interleucina-6 (IL-6) no sangue, uma das substâncias mais associadas à sepse.

Ela funciona como um marcador no sangue e, quando encontrada em níveis elevados, pode ser o indicador que a pessoa está com a infecção.

Isso porque ela, junto com outras substâncias, é secretada pelo sistema imunológico a fim de combater a infecção inicial. Porém, no caso da sepse, ocorre uma ação imunológica exagerada, afetando o organismo.

Por isso, o exame consegue indicar rapidamente a presença do biomarcador, além de auxiliar na escolha do tratamento e medicação corretos.

Após a descoberta

De acordo com os autores do estudo, o custo de cada exame seria aproximadamente de US$26 dólares, ou R$ 96 reais. O que é bastante baixo.

A pesquisa está em andamento e depende de financiamento, mas os cientistas acreditam que em cerca de 3 a 5 anos o exame já faça parte da rotina hospitalar.


Com o surgimento desse teste para diagnosticar se o paciente está com septicemia, o dispositivo é capaz de reduzir complicações e mortes decorrentes da condição.

Fonte: Science Direct


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