A doença de Coats é uma condição progressiva que atinge, especialmente, crianças entre cinco e oito anos de idade. Apesar de raro, bebês também podem desenvolver a condição. A manifestação acontece, na maioria dos casos, apenas em um dos olhos e pode comprometer totalmente a visão se não tratada de forma adequada ou precocemente.
No artigo a seguir, você entenderá um pouco mais sobre como a condição, o que causa, sintomas característicos e tratamentos disponíveis. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
Desencadeada pela má formação e dilatação dos vasos sanguíneos oculares, a doença de Coats dificulta a oxigenação e circulação do sangue nos olhos. Além de causar vazamentos, a condição estimula acúmulo de gorduras, favorecendo o deslocamento parcial ou total da retina e comprometendo parte da visão do(a) paciente.
Comum em um dos olhos e em crianças, especialmente entre cinco e oito anos e em meninos, a condição rara é classificada como idiopática, ou seja, não possui causas definidas. Acredita-se que casos na família podem predispor seu surgimento.
Fotos tiradas com flash tendem a deixar os olhos vermelhos, certo? Contudo, em pacientes com Coats as pupilas ficam brancas (leucocoria). Isso pode ajudar os pais a identificarem a condição já nos primeiros anos de vida.
Os sintomas mais comuns são pupilas brancas nas fotos tiradas com flash, diminuição da visão e dores recorrentes no olho. Vasos sanguíneos muito dilatados na retina, hemorragias e descolamento parcial ou total da retina são sinais de que a criança pode ser portadora da condição.
Estrabismo e perda parcial da visão também são sintomas característicos de pacientes portadores de Coats.
É importante que os pais se atentem às queixas das crianças e, caso elas apresentem alguns dos sintomas relatados acima, que haja o encaminhamento rápido do(a) paciente a um(a) oftalmologista.
A doença possui cinco fases de manifestação, são elas:
Na primeira fase da manifestação da doença há o comprometimento dos vasos retinianos, responsáveis pela regulação do fluxo sanguíneo nos olhos e localizados na superfície da retina.
Com o comprometimento dos vasos retinianos, há o surgimento do edema retiniano, caracterizado pelo acúmulo de sangue e lipídios na mácula.
O acúmulo de líquidos desencadeia, no estágio III, o descolamento exsudativo da retina. Nesse estágio, pode ser necessário intervenção cirúrgica.
Após o estágio III, há o descolamento total da retina do olho e desenvolvimento de glaucoma, condição que causa a degradação dos nervos ópticos (responsáveis pela captação e transmissão da imagem ao cérebro).
No último estágio, o paciente perde a visão e, geralmente, não sente desconforto algum, como dores e pressão. A remoção do olho afetado poderá ser solicitada pelo médico(a) caso haja necessidade.
Além dos relatos dos pais e da própria criança, o(a) médico(a) oftalmologista pode recomendar alguns exames para comprovar a condição, entre eles estão:
O teste de olhinho é capaz de detectar doenças oculares e a própria doença de Coats, portanto, caso seja solicitado, não hesite em fazer o exame. O diagnóstico precoce de qualquer condição é essencial para o sucesso do tratamento e para evitar progressão.
O tratamento varia de acordo com o estágio em que a doença de Coats se encontra. Quando descoberta precocemente, ainda no estágio I, o uso de medicamentos e de terapias que impedem vazamentos de líquidos, como laser e crioterapia (cicatrização da retina), são comumente indicados.
A partir do momento em que há descolamento da retina (estágio III em diante), intervenções cirúrgicas são mais efetivas. No estágio V da condição, o mais avançado, a remoção do olho afetado é o mais recomendado.
As manifestações da condição são mais intensas em crianças do que em adultos, o que pode comprometer a eficácia do tratamento se não for bem diagnosticado e tratado precocemente.
Quando tratada precocemente, antes da evolução para o estágio III, a doença de Coats pode ser amenizada. Por se tratar de uma doença congênita, ou seja, que se forma durante o desenvolvimento do feto, a doença não pode ser curada.
Acompanhamento médico regular, executar todas as recomendações médicas e procurar atendimento imediato caso haja piora do quadro são essenciais para que o tratamento consiga evitar a progressão da doença para estágios mais avançados.
Apesar de não possuir cura, a doença de Coats pode ser amenizada e freada com ajuda médica e tratamento adequado. É muito importante se atentar às queixas das crianças e levá-las ao médico a qualquer sinal de sintomas adversos, como os relatados acima.
Para mais informações sobre doenças e tratamentos, acesse a categoria Saúde do Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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