No começo de 2022, o mundo voltou a acender o sinal vermelho com o surgimento de uma possível nova variante da Covid-19, a chamada Deltacron. Essa nova cepa foi amplamente divulgada como uma junção das variantes Delta e Ômicron, as mais transmissíveis registradas até agora.
Contudo, apesar da mídia de todo o mundo ter noticiado esse novo achado como uma variante, muitos cientistas e, inclusive, artigos publicados na revista Nature questionam se, realmente, se trata de uma nova super variante.
A seguir, você confere um pouco mais sobre a questão e porque a possível nova variante pode não ser, na verdade, uma variante.
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
A chamada Deltacron foi comunicada por cientistas do Chipre, em janeiro de 2022. A possível nova variante foi batizada com esse nome pela imprensa, já que os pesquisadores que a identificaram afirmaram que a nova cepa continha elementos genômicos tanto da Ômicron, quanto da Delta.
Logo após essa divulgação, cientistas de todo o mundo se manifestaram sobre o possível achado e afirmaram que ele era, provavelmente, fruto de uma contaminação de laboratório e que havia muitas inconsistências no processo de análise genômica.
Em resposta a um artigo publicado na Nature, uma das revistas científicas mais importantes e conceituadas do mundo, o cientista responsável pela identificação da possível nova cepa diz não ter, em momento algum, mencionado se tratar de um híbrido de ambas as cepas.
Apesar disso, informações sobre essa possível nova variante estão circulando na imprensa de todo o mundo sem que ao menos haja um consenso sobre ela no mundo científico.
No mesmo artigo, a revista e cientistas entrevistados chamam a atenção, inclusive, para a disseminação de informações falsas sobre a questão e o quanto isso é sensível, sobretudo, em uma situação de pandemia.
Leia também: Variante Ômicron: o que se sabe sobre, sintomas e como prevenir
Diversas variantes circulam entre nós, mas apenas algumas são identificadas, pois, para isso, é necessário fazer análises genômicas em laboratório. Contudo, as mais transmissíveis e expressivas acabam sendo as mais conhecidas e, desde o começo da pandemia, volta e meia a gente escuta o anúncio de uma nova descoberta.
As variantes consideradas de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são nomeadas de acordo com o alfabeto grego, para tornar a identificação mais popular e evitar usar nomes dos locais de origem. As com maior expressividade em todo o mundo até agora foram:
As variantes se tornam frequentes em locais com baixa adesão à vacinação contra a Covid-19, especialmente entre os não vacinados, e sem medidas de restrição, como uso de máscaras e distanciamento.
Portanto, a melhor forma de prevenir uma nova variante, que pode ser de preocupação ou não, é vacinando o maior número possível de pessoas e, enquanto grande parte da população não estiver com esquema vacinal completo, continuar usando máscara e fazendo o distanciamento.
Sendo ou não uma nova variante, é preciso ficar atento (a) aos cuidados que já conhecemos para, justamente, prevenir o surgimento delas. Portanto, continue usando máscara, higienizando as mãos e mantendo o distanciamento tanto em locais abertos, quanto fechados.
A equipe do Minuto Saudável continuará atenta e, assim que novas informações surgirem, trará conteúdos completos e de confiança sobre.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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