Quem tem um cãozinho de estimação sabe que é preciso estar sempre atento(a) a possíveis problemas de saúde do bichinho.
Assim como os seres humanos, os pets também estão expostos a agentes causadores de infecções, como bactérias e fungos que podem desencadear doenças.
Entre elas, está a conjuntivite, uma inflamação na região ocular.
Continue lendo e saiba mais sobre o problema!
A conjuntivite canina é uma inflamação que ocorre na região dos olhos de cães, mais especificamente na mucosa que recobre as pálpebras e a parte branca do olho, chamada conjuntiva.
Essa parte do corpo tem como função proteger os olhos e, quando afetada, pode prejudicar a visão do animal, além de provocar grande desconforto.
Em geral, o problema pode ter diversas causas como, principalmente o ressecamento ocular, causado pela poluição do ar ou irritação dos olhos pela presença de corpos estranhos, como sujeiras.
Vale ressaltar que, apesar de humanos também terem problemas com conjuntivite, são doenças diferentes e não há a possibilidade de transmissão do pet para o(a) dono(a) e vice-versa.
Independente da origem, caso não seja tratada de forma adequada, a conjuntivite pode até mesmo causar a cegueira no bichinho e, por isso, é importante estar atento(a) com os sintomas.
Apesar de geralmente ser caracterizada apenas como conjuntivite canina, a doença tem algumas subcategorias, nomeadas de acordo com a causa e forma do problema.
Entre as principais existentes, estão:
A conjuntivite alérgica é aquela que tem como origem a reação do organismo ao contato com substâncias ou produtos que possam ser irritativas ao pet.
Em geral, a alergia pode ser provocada por:
Como resposta a alergia, o organismo do cão pode estimular o desenvolvimento da conjuntivite.
Como o próprio nome já diz, a conjuntivite bacteriana ou fúngica é provocada por bactérias ou fungos.
Ela geralmente é manifestada por conta da proliferação desses organismos na região do olho, causada pelo contato com objetos contaminados, ou o próprio contato entre cães.
A conjuntivite virótica é aquela originária da infecção gerada por alguns vírus. Em geral, ela é a manifestação secundária de outras doenças virais, como a cinomose — doença que afeta o sistema respiratório e ocular de cães.
Dessa forma, geralmente está entre os sintomas de outras doenças.
Também chamada de síndrome do olho seco, a Ceratoconjuntivite é causada pela inflamação das glândulas lacrimais e outras partes da estrutura ocular.
Quando isso ocorre, geralmente provoca a deficiência na produção lacrimal, o que pode causar o ressecamento ocular do animal.
Com a condição de olho seco, há a possibilidade de manifestação da ceratoconjuntivite, ou seja, conjuntivite causada pelo ressecamento da estrutura ocular.
A conjuntivite neonatal é aquela que ocorre logo nos primeiros dias de vida do animal.
Ela pode se manifestar tanto antes quanto depois do bichinho abrir as pálpebras pela primeira vez e geralmente está associada à infecção por bactérias ou vírus.
A conjuntivite folicular é aquela que ocorre quando há a inflamação de células internas dos olhos, chamadas de linfoides.
Nesses casos, há o inchaço e vermelhidão da região, podendo alterar a textura de dentro da pálpebra.
Existem diferentes maneiras do cachorro contrair conjuntivite, desde causas simples como o contato direto com sujeiras, até as originárias de microrganismos, como bactérias.
Nos animais, ao contrário da conjuntivite que ocorre nos seres humanos, não é comum que o contágio seja feito de um animal para o outro.
De maneira geral, as principais causas e formas de infecção dos bichinhos, são:
O contato do pet com algum corpo estranho ao olho, como objetos, poeiras e sujeiras, por exemplo, pode provocar a irritação do globo ocular.
A própria ação de ficar com a cabeça para fora do carro em um passeio, por exemplo, pode ser a causa da manifestação do problema de conjuntivite no bichinho.
Isso, pois o vento e a poluição do ar podem provocar lesões e irritação na região.
Esse quadro pode evoluir e estimular uma inflamação ou alergia nos olhos, resultando na manifestação da conjuntivite.
Microrganismos como bactérias e fungos também são responsáveis pelo aparecimento do problema.
A proliferação deles muitas vezes ocorre com o contato direto com outros cães ou até objetos contaminados, como caminhas ou brinquedos. Dessa forma, agentes infecciosos podem acometer os olhos e desencadear a conjuntivite.
O ressecamento ocular é uma condição que afeta as glândulas lacrimais, a conjuntiva e a córnea do olho do animal.
Essas estruturas são as responsáveis pela produção de lágrimas, revestimento do olho e pela passagem de luz na visão.
Quando afetadas, a produção de lágrimas pode ser alterada e há a possibilidade de desencadear o ressecamento ocular, deixando a região sensível, o que pode levar à uma inflamação como a conjuntivite.
Se o pet sofreu algum trauma que afetou a região ocular, como batidas ou quedas, é possível que tenha ocorrido alguma lesão nas estruturas internas do olho.
Machucados na região, mesmo que superficiais, podem provocar uma inflamação e evoluir para um quadro de conjuntivite.
Alguns cães têm uma predisposição genética para doenças autoimunes, ou seja, aquelas em que o organismo do bichinho ataca suas próprias células.
Em geral, quando entram em contato com agentes externos como poeira, por exemplo, alguns problemas podem ser desencadeados e, entre eles, está a conjuntivite.
Diferente da conjuntivite alérgica, que pode afetar qualquer bichinho, a do tipo autoimune tem relação com uma doença preexistente.
A presença de doenças secundárias é uma das maneiras de o cão contrair o problema.
Patologias como a Cinomose — doença viral que provoca problemas respiratórios e óticos — e a Hepatite — doença viral que ataca o fígado dos cachorros — podem ser a origem da manifestação da conjuntivite.
Isso, pois algumas doenças que afetam os pets têm entre os possíveis sintomas e efeitos o aparecimento da conjuntivite.
Assim como outras doenças, a conjuntivite apresenta alguns sinais que indicam o aparecimento do problema.
Em geral, os principais sintomas são:
O tratamento da conjuntivite canina costuma ser simples, consistindo na aplicação de colírios ou antibióticos e na higienização adequada dos olhos do bichinho, com soro fisiológico, por exemplo.
De maneira geral, o recurso terapêutico varia de acordo com o quadro clínico do pet e apenas poderá ser indicado por um(a) médico(a) veterinário(a).
Por isso, vale levar o animal à uma consulta e sempre seguir as orientações do(a) profissional.
Os colírios são utilizados nos casos mais leves de conjuntivite canina, geralmente quando a inflamação não está avançada.
Em geral, o produto serve para lubrificar, hidratar, diminuir a irritação e remover secreções da região dos olhos do bichinho.
Deve ser aplicado diretamente nos olhos, geralmente de 2 a 3 vezes ao dia. A frequência de uso pode variar de acordo com o porte do cachorro e também do quadro clínico.
Existem diferentes tipos de colírio e apenas um(a) profissional capacitado(a) poderá determinar qual o melhor para seu bichinho.
Algumas opções de colírio que podem ser indicadas são:
Vale ressaltar que o uso deve ser feito apenas sob orientação veterinária, para que não haja a piora do quadro e efeitos indesejáveis.
Os antibióticos são geralmente empregados nos casos mais graves do problema, quando a inflamação já está avançada.
Eles tem como objetivo diminuir a inflamação da conjuntiva e são geralmente em forma de pomada.
Sua administração deve ser feita apenas sob orientação de um(a) profissional capacitado(a).
Entre as opções que podem ser recomendadas para o tratamento está:
É comum ouvir falar sobre a relação entre a conjuntivite e cinomose. Isso, pois apesar de serem doenças diferentes, a cinomose pode provocar o quadro de conjuntivite.
Dessa forma, a conjuntivite se manifesta como um sinal secundário da cinomose.
Em geral, essa doença é uma patologia grave causada por vírus da família paramixovirirdae. Ela desencadeia alguns sintomas como:
Por provocar alterações na estrutura ocular, a cinomose pode estimular o aparecimento da conjuntivite.
Caso seu pet apresente algum dos sintomas da conjuntivite, como a dificuldade em abrir os olhos ou o lacrimejamento excessivo, é essencial levá-lo à consulta veterinária, para que possa ser feito o diagnóstico correto.
Em geral, o(a) profissional avaliará o bichinho e, caso seja preciso, solicitará a realização de alguns testes para identificar de maneira mais exata quais as causas do problema.
Algum dos exames que podem ser feitos para a confirmação, são:
O teste de Schirmer, também conhecido como teste de lágrimas, é um dos métodos utilizados para o diagnóstico da conjuntivite.
A técnica consiste em avaliar se a quantidade de lágrimas produzidas pelo animal está adequada ou se há alguma alteração.
Para isso, o(a) profissional coloca uma tira de papel nas pálpebras inferiores do bichinho por 5 minutos.
Após esse tempo, as tiras são retiradas e é medido qual o nível de produção das lágrimas, de acordo com a parte do papel que ficou úmida.
A biomicroscopia ocular consiste em fazer o exame do olho do animal com a ajuda de um biomicroscópio, também conhecido como lâmpada de fenda.
Esse aparelho permite analisar tanto o segmento anterior — córnea, íris, corpo ciliar, humor aquoso e cristalino — quanto posterior — humor vítreo, retina e coróide — dos olhos.
Sim. Em geral, a prevenção da conjuntivite canina pode ser feita com práticas básicas de limpeza, tanto do animal quanto do(a) dono(a).
As principais formas de evitar o problema geralmente são:
O cuidado e higiene da área dos olhos é fator essencial na prevenção da conjuntivite.
É importante manter os olhos do pet sempre limpos para que não haja a proliferação de bactérias na região, por exemplo.
Além disso, para intensificar ainda mais a higiene e diminuir os riscos de infecção, toda vez que for tocar próximo ao rosto do animal, as mãos do(a) tutor(a) devem estar adequadamente limpas com água e sabão.
Caso o cachorro apresente muitos pelos próximos aos olhos, vale aparar os fios nesta região.
Isso, pois os pelos podem reter sujeiras e bactérias que, caso entrem em contato com os olhos, podem provocar infecções como a conjuntivite.
Realizar visitas no mínimo 1 vez ao ano no veterinário ou veterinária também é relevante para manter a saúde do pet em dia.
Dessa forma, o(a) profissional poderá avaliar possíveis riscos de manifestação da conjuntivite, além de avaliar a saúde do bichinho de forma geral.
A ideia de ter um bichinho de estimação pode ser animadora, já que diversas pessoas buscam nos animais companheiros para compartilhar a vida.
Porém, não apenas de brincadeiras e diversão a relação entre tutor(a) e pet é formada.
Assim como os seres humanos, animais também podem ficar doentes e necessitar de cuidados de seus(uas) donos(as).
É o caso de cachorros que são afetados pela conjuntivite canina e precisam de tratamento para melhorarem seu quadro.
Apesar de ser um problema bastante incômodo, com o acompanhamento profissional e carinho necessários o pet costuma se recuperar bem.
Quer saber mais sobre problemas que podem afetar seu pet? O Minuto Saudável tem outros conteúdos completos para você! Leia mais e continue informado(a) sobre seu bichinho!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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