Alterações, mesmo que sejam pequenas, são capazes de evoluir e provocar irregularidades que afetam o funcionamento de diferentes estruturas do corpo. Um desses casos é o cisto, que embora não seja perigoso à primeira vista, pode desequilibrar o organismo e causar desconforto a longo prazo.
Por isso, descubra quais são os tipos de cistos mais comuns, como eles se formam e a maneira correta de tratá-los.
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o cisto é caracterizado como um nódulo benigno que pode surgir em qualquer região do corpo, no entanto, são mais comuns no rosto e pescoço, em virtude da presença das glândulas sebáceas. Devido a região, são chamados de cistos epidérmicos.
De modo geral, é como uma pequena bolsa de tecido inchada, devido ao acúmulo de líquidos, substâncias sólidas ou gasosas (ar, sangue, gordura, água, etc) dentro dela.
Não há formas de prevenir um cisto, visto que ele pode ser causado por diferentes fatores e é uma condição que todos têm chances de apresentar.
No entanto, realizar consultas de rotina ajuda na identificação precoce e, por consequência, o monitoramento pelo médico, diminuindo as chances de complicações decorrentes do cisto.
A principal diferença entre um cisto e um nódulo é o que está preenchendo o interior de cada um. Enquanto um cisto costuma a ser oco por dentro, ou estar cheio de fluidos, como água e sangue, o nódulo, por sua vez, não tem nenhum líquido o preenchendo, sendo maior (cerca de 1cm de diâmetro) e mais sólido.
Um nódulo pode se formar em decorrência de um cisto, sendo assim, é possível considerar um estágio evolutivo do cisto. Mesmo não sendo nocivo, a princípio, é importante ir ao médico para que ele possa examiná-lo, já que o nódulo pode ser maligno e cancerígeno.
Um cisto se forma em qualquer região do corpo, em virtude de uma alguma infecção no local, um agente considerado estranho (parasitas, vermes, bactérias), glândulas sebáceas entupidas, alterações hormonais ou anormalidades no processo de desenvolvimento.
Um cisto, em geral, cresce lentamente e não causa dor, sendo quase praticamente imperceptível sem um exame médico. Por isso, quem tem o hábito de realizar check-ups em períodos adequados, tem mais chances de identificá-lo precocemente.
Um cisto pode se formar em qualquer região do corpo, sendo assim, há diferentes tipos que recebem determinado nome de acordo com a área afetada. Os exemplos mais comuns são:
Esse tipo acomete o tecido cartilaginoso, visto que o líquido sinovial que está presente nessa área (usado para lubrificar e nutrir as articulações) acaba não fluindo corretamente, acumulando-se e formando o cisto. É possível localiza-lo em regiões como punhos, tornozelos, joelhos e pés.
Normalmente, surgem devido às pequenas lesões ou irregularidades estruturais, como torções, movimentos com muito esforço ou repetidos exaustivamente e defeitos nas articulações.
Embora não seja considerado grave, esse tipo de cisto (se for além do tamanho normal) pode causar dor e incômodo ao realizar atividades do dia a dia, sendo necessário iniciar um tratamento com anti-inflamatórios e aspiração do líquido que preenche, fazendo com que ele seja eliminado de maneira rápida.
Os cistos podem se formar em diferentes partes do útero, dessa forma, existem os cistos endometriais, que aparecem no endométrio, (camada de revestimento interno do útero) e cistos miometriais que acometem o miométrio (camada muscular do útero).
Ambos, em geral, não apresentam risco a mulher e podem ser localizados por meio de uma ultrassonografia
Um exemplo de cisto uterino , é o cisto de Naboth, que tende a surgir no colo do útero quando existe um excesso na liberação de muco pelas glândulas de Naboth, levando ao acúmulo dessa secreção nos ductos que ficam obstruídos.
Cistos sebáceos são os mais frequentes e podem ser identificados com maior facilidade, já que aparecem sob a pele em virtude do acúmulo de células mortas, substâncias (queratina, sebo) na região.
Sendo assim, tem consistência fibroelástica e pode ter aparência da cor da pele ou amarelada.
Esse tipo de cisto é tido como simples, não sendo necessário, na maioria dos casos, tratamentos medicamentosos, pois surgem normalmente devido a pequenas desordens nos folículos pilosos e glândulas presentes na camada interna da pele.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os sintomas que acompanham o cisto sebáceo são dor, irritação, coceira, sensação quente na área afetada e saída de secreção (pus) em alguns casos.
A presença de um cisto no ovário geralmente não é considerada prejudicial à mulher, pois surge em virtude de desequilíbrios que ocorrem durante as fases do processo hormonal feminino (ciclo menstrual, gravidez, menopausa) e também devido ao uso de alguns medicamentos.
No entanto, é indicado buscar o(a) ginecologista para garantir que o cisto não irá evoluir para um estágio maligno e para que sintomas como inchaço e dor abdominal (que algumas mulheres podem ter) sejam amenizados.
Os cistos que se localizam na região da cabeça, em geral, acomete o feto durante o desenvolvimento gestacional ou após o nascimento. Esse tipo de cisto é tido como benigno e não oferece grandes riscos à criança, no entanto, é preciso estar atento aos sintomas que podem acompanhar o cisto (indicando o aumento de tamanho ou que o cisto está afetando a área cerebral).
O diagnóstico de um cisto na cabeça é feito por meio de uma ultrassom (durante o desenvolvimento do feto) tomografia computadorizada ou ressonância magnética, após o nascimento. Normalmente, existem três formas de classificação para um cisto nessa região, são eles:
As causas que podem levar ao desenvolvimento de um cisto podem ser muito diferentes umas das outras, por isso os cistos podem surgir em qualquer tecido do corpo.
De modo geral, as causas são: infecções, defeitos no desenvolvimento do bebê, fatores genéticos, tumores, defeitos nas células, doenças inflamatórias, lesões ou traumatismos nos tecidos afetados, bloqueio de glândulas, alterações hormonais e gravidez.
Um cisto, na maioria dos casos, não é considerado perigoso e costuma desaparecer naturalmente ou após o uso de medicamentos anti-inflamatórios. No entanto, em certas situações isso não ocorre, ou seja, o cisto não desaparece depois de algumas semanas (nem com o uso de remédios).
Ademais, ele começa a aumentar de tamanho, virando um nódulo. Nesse caso, é indicado ir ao médico o quanto antes para realizar um exame e confirmar que o cisto não surgiu em decorrência de complicações de saúde mais graves.
Tratando-se de cistos interiores, em que a pessoa não consegue perceber, é importante prestar atenção nos sintomas, e também ir ao médico para maiores esclarecimentos sobre a origem e evolução do cisto.
Não há ligação direta entre a presença de um cisto e a existência de câncer no organismo, visto que a maioria dos cistos são benignos, porém, em situações em que o cisto evolui com o tempo, transformando-se em um nódulo duro, é preciso visitar um profissional de saúde, principalmente se a região afetada for as mamas.
Em geral, o cisto em fase inicial é caracterizado por ser assintomático, ou seja, não provoca sintomas, o que dificulta a identificação pela pessoa (a não ser que seja externo, como o sebáceo, que por estar na pele, é mais fácil detectá-lo). Sendo assim, é comum que um cisto surja e desapareça, sem ser notado.
Porém, dependendo da área em que ele esteja localizado e o tamanho que ele apresenta, alguns sintomas podem vir a causar desconfortos para a pessoa, como dores, coceira, falta de força no membro atingido e formigamento. Quando o cisto é interno, os sintomas podem ser alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, enjoo, náuseas, entre outros.
A forma de diagnosticar um cisto, irá depender da região afetada, pois para cada área há um tipo específico de testes e exames que pode ser feito para identificar a presença dele. Dessa forma, somente um médico saberá qual exame deve ser indicado para a situação.
Além disso, em alguns casos em que há suspeitas de um quadro mais grave, pode ser necessário uma biópsia (retirada de uma amostra da pele que reveste o cisto para uma análise em laboratório).
O tratamento para cistos varia conforme a região afetada e também de acordo com os sintomas provocados. Dessa forma, somente após uma consulta médica é possível definir o tratamento mais adequado para o cisto.
Em geral, pode ser tratado com medicamentos que amenizam a dor e reduzem a inflamação ou por meio de uma intervenção cirúrgica que realiza a drenagem das substâncias presentes dentro do cisto, o eliminando.
Um cisto no ovário deve ser operado quando ele apresenta características consideradas de risco como por exemplo: ser maior que 10 cm e ter em seu interior fluidos líquidos junto a compostos sólidos.
Para ter certeza de que o cisto não oferece riscos à saúde da mulher ou não surgiu em virtude de um câncer ou tumor, pode ser indicado pelo médico a realização de um biópsia em que é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada de um pedaço do tecido do cisto para análise laboratorial.
Em geral, a cirurgia para a retirada de um cisto do ovário é realizada por meio da técnica de videolaparoscopia que funciona da seguinte forma: pequenas incisões de 1 a 1,5 cm são feitas em pontos estratégicos (como a região umbilical e de fossas ilíacas) no abdômen, para que o laparoscópico seja inserido e permita a visibilidade dos órgãos internos, facilitando o uso de instrumentos cirúrgicos e a remoção do cisto no ovário.
Antes de inserir o laparoscópico, um tubo que libera dióxido de carbono é introduzido para alongar as cavidades abdominais e propiciar uma visão nítida das estruturas internas pelo laparoscópico.
O pós-operatório costuma ser rápido, visto que a técnica é tida como minimamente invasiva, sendo assim, a paciente tende a permanecer apenas um ou dois dias no hospital.
Vale ressaltar que a retirada não é garantia de que eles não surja novamente, pois enquanto a mulher estiver em seu período fertil, (em que há diversas alterações hormonais) existem chances do aparecimento na região.
Diagnosticar infecções, doenças ou qualquer tipo de alteração precocemente no organismo, ajuda a evitar complicações maiores a longo prazo. Por isso, realizar consultas de rotina é fundamental para garantir saúde e bem-estar.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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