O pâncreas é o órgão responsável por produzir hormônios e enzimas, sendo mais conhecido por produzir a insulina. Por não ter sintomas, o câncer de pâncreas na fase inicial é de difícil detecção, o que aumenta a taxa de mortalidade da doença e a torna tão preocupante
Para entender melhor sobre o assunto, como prevenir e tratar o câncer de pâncreas, leia este artigo!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
O câncer de pâncreas é um dos mais agressivos e de difícil detecção, pois quando os sintomas aparecem, geralmente a doença já está em um estágio avançado.
O principal grupo de risco se concentra em homens a partir dos 60 anos, mas a doença pode acontecer em pessoas jovens e sem muitos problemas de saúde também. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mesmo não estando entre os tipos mais comuns, o câncer de pâncreas é um dos mais letais para homens e mulheres. Os dados de 2020 no Brasil, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, é de 11.893 mortes, sendo 5.882 homens e 6.011 mulheres.
Apesar de 10 a 15% dos casos serem causados por fatores hereditários, que não podem ser prevenidos, a grande maioria das causas pode ser prevenida com hábitos de vida mais saudáveis. Por isso, entenda um pouco mais sobre os fatores de risco para a condição.
Entre os fatores hereditários, é possível destacar algumas síndromes de predisposição genética associadas ao câncer de pâncreas, que são:
É uma doença rara, causada por mutação genética e pode ser hereditária. Ela causa pólipos no estômago, intestino, cólon e causa lesões na pele. Essas lesões cutâneas são de cor escura e surgem no rosto, lábios, gengivas, mãos e pés.
A pancreatite crônica hereditária é uma doença autossômica dominante rara, ou seja, é herdada por uma cópia do gene defeituoso de cada um dos pais. A doença afeta a produção enzimática no pâncreas em quadros recorrentes de inflamação no órgão. A doença pode causar dano permanente e perda de função relevante do pâncreas.
Pessoas com doenças como essas ou outras condições que afetam a saúde do pâncreas devem fazer acompanhamento médico regular, tratamento adequado e exames regulares para identificar possíveis complicações ou até o câncer de pâncreas em seu estágio inicial.
Cerca de 85 a 100% dos casos de câncer de pâncreas e em outros órgão são causados por fatores que podem ser mudados, pois referem-se em sua maioria ao estilo de vida adotado. Por exemplo:
Cerca de 25% dos casos de câncer de pâncreas tem origem no tabagismo. Portanto, o risco de desenvolver a doença é menor quando o fumante para de fazer o uso do tabaco, segundo o Inca.
Vale frisar que produtos derivados do tabaco, mesmo os sem fumaça, que estão em alta, fazem tão mal quanto o cigarro normal.
Existem também os fatores como exposição a solventes e agrotóxicos que apresentam risco de desenvolvimento do câncer de pâncreas. Por isso, agricultores, trabalhadores da indústria, setor petroquímico e manutenção predial são grupos de maior exposição às substâncias e precisam ter maior atenção e cuidado com a saúde.
A atividade física regular aliada à alimentação adequada também é fundamental para uma vida mais saudável e a prevenção de doenças como o câncer de pâncreas.
O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura e de um tratamento menos agressivo, por isso, é importante manter os exames e consultas médicas em dia. Os exames solicitados são de sangue, urina, tomografia, ressonância biliar e ultrassonografia. Mas a confirmação é realizada por biópsia de tecido do pâncreas.
Assim, é confirmado o câncer e seu estágio.
Muitas pessoas ao receberem o diagnóstico de uma doença como o câncer de pâncreas, buscam a informação de quanto tempo ainda têm de vida e se deparam com dados gerais sobre expectativa de vida.
Mas é importante explicar que a taxa de sobrevida de um paciente diagnosticado com câncer de pâncreas não é uma previsão de quanto tempo a pessoa ainda tem de vida e não é possível prever o que ocorrerá individualmente com cada paciente.
As estatísticas podem gerar questionamentos e dúvidas e por isso é importante o acompanhamento médico para esclarecer tudo sobre o tratamento e o seu caso específico. Somente ele (a) é o profissional capacitado para sanar todas as questões.
Um dos principais fatores avaliados é o estágio em que o câncer se encontra. Há diferentes classificações, do estágio inicial (0) ao 4, quando a doença está mais avançada, tendo também variações de letras sobre questões específicas.
Por exemplo, o TNM é um estadiamento utilizado para o câncer de pâncreas e utiliza três critérios como base para avaliar o estágio da doença.
TNM é uma abreviatura que significa: tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M), criado pelo American Joint Committee on Cancer.
Há também o sistema AJCC, o mais recente que está em uso desde 2018, é utilizado para o estadiamento da maioria dos cânceres de pâncreas. Ele utiliza o sistema patológico a partir da análise da biópsia, também conhecido como estadiamento cirúrgico.
Em casos em que o exame físico e de imagem detecta o tumor e ele é muito grande ou se espalhou e não pode ser removido mediante cirurgia, é iniciado o tratamento com radioterapia e/ou quimioterapia.
O grau do tumor é classificado em relação ao órgão em condições normais, visto pelo microscópio. São eles:
Um ponto importante para pacientes que realizam a cirurgia é a extensão da ressecção. Classificados como R0, R1 E R2, têm as seguintes diferenças:
Entre os tipos de câncer de pâncreas, há os que são ressecáveis e os irressecáveis.
Ressecável é quando o tumor atinge apenas o pâncreas ou próximo dele, é nomeado como operável.
No entanto, é preciso ressaltar que os tumores podem apresentar características para ser ressecável e na hora da cirurgia, descobrir que não. Nesse caso é retirada uma amostra do tumor para realizar exames e confirmar o diagnóstico.
Margem ressecável significa que alguns tipos de câncer podem atingir vasos sanguíneos próximos, porém, é elegível para a remoção completa através da cirurgia.
Já o irressecável é aquele que não pode ser totalmente removido através da cirurgia, por estar muito avançado. Se o tumor não se espalhou, mas não há possibilidade e condições para ser removido completamente, ele é nomeado como localmente avançado.
Geralmente os tumores são irressecáveis por terem aumentado de tamanho ou ao seu redor ter muitos vasos sanguíneos.
É quando o tumor se espalha para outros órgãos e não pode ser completamente retirado em cirurgia. Sendo esse o estágio mais avançado da doença e que põe o paciente em maior risco.
Após detectar o estágio do câncer de pâncreas, o médico (a) avalia as possibilidades de tratamento e conversa com o (a) paciente levando em conta também possíveis efeitos colaterais e os impactos na qualidade de vida da pessoa.
Geralmente, nos estágios I ou II, quando o tumor está instalado apenas no pâncreas, o tratamento indicado é a cirurgia aliada à quimioterapia e/ou radioterapia. Em casos não operáveis, o tratamento indicado é a quimioterapia com ou sem associação à radioterapia.
De acordo com o estágio do tumor, as opções de tratamento podem ser: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, controle da dor entre outros, e eles podem ser combinados entre si. Tudo vai variar de acordo com o quadro clínico e a resposta do (a) paciente ao tratamento.
A equipe que cuida do paciente com câncer de pâncreas geralmente é composta por especialistas como: cirurgião, gastroenterologista, radioterapeuta e oncologista. Além disso, nutricionista, psicólogo, assistente social, entre outros profissionais podem fazer parte da equipe para dar total apoio ao paciente.
Este artigo não substitui uma consulta médica, busque sempre atendimento médico.
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Hábitos saudáveis colaboram para a prevenção de diversas doenças, inclusive o câncer de pâncreas. Ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos, não fumar, tudo isso faz com que a probabilidade de contrair ou desenvolver doenças diminua consideravelmente.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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