O aspartame é uma substância amplamente utilizada na indústria alimentícia como um substituto do açúcar. Descoberto em 1965, já passou e ainda passa por inúmeras pesquisas, e divide opiniões quanto à sua segurança.
Ele é um adoçante artificial com fórmula simples, constituída pelos aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico. Sua estrutura química é resistente a diferentes tipos de processamentos e não provoca mudanças de sabor em bebidas ou alimentos, possibilitando um amplo uso.
Porém, seu principal benefício é a redução do número de calorias e a possibilidade da redução ou eliminação total do açúcar nas composições em que é utilizado.
Mas será que ele é realmente seguro para a saúde? Continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre essa substância e entender o que já se sabe sobre ela.
Índice
O aspartame é um tipo de edulcorante, sendo esse um grupo de aditivos que têm a função de adoçar composições alimentícias sem a necessidade de adicionar açúcar.
Essa substância em especial possui um alto poder adoçante, sendo até 200 vezes mais doce que o açúcar. Seu uso permite reduzir o valor calórico da preparação em que ele é adicionado, se comparado com os valores que seriam alcançados se o açúcar fosse utilizado.
As calorias de ambos os ingredientes são semelhantes, a diferença está na quantidade necessária, já que, por ter um potencial adoçante muito maior, o aspartame é usado em menor quantidade.
Assim, ele é muito comum em alimentos industrializados que oferecem valor calórico reduzido, baixos níveis de açúcar ou mesmo nenhum, estando eles caracterizados como “diet”, “light” ou “zero”.
O principal benefício do aspartame é a possibilidade de substituir o açúcar em alimentos e oferecer um valor calórico baixo, além de poder ser utilizado em diferentes tipos de composições alimentares.
O aspartame tem um potencial adoçante 150 a 200 vezes maior que o açúcar. Esse número varia de acordo com a utilização, pois sua estrutura química pode sofrer alterações por conta do processamento. Em refrigerantes, por exemplo, ele é cerca de 180 vezes mais doce que o açúcar.
A substância também é uma opção para preparos destinados a diabéticos, já que estes precisam reduzir a ingestão de açúcar, e nos testes já feitos, o aspartame não provocou alterações no índice glicêmico dos pacientes analisados.
O aspartame está presente principalmente em alimentos processados e ultraprocessados que oferecem baixa caloria ou baixos níveis de açúcar, geralmente classificados como “zero”, “diet” ou “light”. Entre eles, se destacam:
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Não há indícios de que o aspartame por si só faz mal, desde que sejam respeitados os níveis de IDA (Ingestão Diária Aceitável). A quantidade máxima definida é de 40mg/kg.
Na literatura científica, há alguns estudos que apontam a relação entre o aspartame com distúrbios no sistema digestório por conta da ação da fenilalanina, aminoácido que forma o adoçante.
Também existem pesquisas que destacam os perigos da ingestão do aspartame em quantidades elevadas, que incluem problemas renais em alguns grupos vulneráveis.
Mesmo sem dados concretos que indiquem riscos à saúde, é importante lembrar que o aspartame é um aditivo alimentar, e como qualquer outro, não tem valor nutritivo.
A maior parte dos alimentos que o contém são ultraprocessados e não devem ser a base da alimentação. Quando há indicação de um(a) nutricionista, eles podem ser utilizados como uma alternativa que se encaixe no plano alimentar, mas não substituem as opções naturais.
Especialistas vêm investigando o potencial cancerígeno do aspartame, especialmente por conta do metanol presente em sua estrutura. Por enquanto, não há dados concretos para afirmar essa suposição.
Estudos feitos em uma cultura de células (sendo células que são mantidas vivas fora do organismo, em um ambiente controlado, para análises laboratoriais) indicam que o aspartame pode estimular o desenvolvimento de células-tronco cancerosas, além da invasão e migração de outros tipos celulares, também com características cancerosas.
Mesmo assim, muitos estudos ainda são necessários para chegar a uma conclusão exata. Até o momento, órgãos regulamentadores e centros de pesquisa em diversos países apontam que o uso de aspartame em alimentos é seguro, desde que dentro da quantidade indicada.
A única contraindicação com relação ao aspartame é o grupo de pessoas portadoras da doença fenilcetonúria (ou PKU). Com esse distúrbio, o organismo não é capaz de processar a fenilalanina, que é uma das substâncias que formam esse adoçante.
O consumo do aspartame por pacientes com essa doença em específico oferece o risco de problemas neurológicos graves, pois a fenilalanina pode se acumular no cérebro.
Por isso, todos os produtos que contêm aspartame e, por consequência, a fenilalanina, precisam incluir no rótulo um alerta indicando sua presença.
Apesar do aspartame ser, até então, seguro para o consumo, se usado em níveis adequados, é importante salientar que essa substância é utilizada principalmente em produtos ultraprocessados.
Alimentos e bebidas desse grupo podem oferecer praticidade, porém muitas vezes possuem altos níveis de gordura, sódio, além de outros aditivos, como corantes e conservantes.
Portanto, a forma mais simples de evitar o aspartame e outras substâncias semelhantes é ter uma rotina alimentar que prioriza alimentos e bebidas em sua forma natural ou o mais próximo disso, com o mínimo de processamento.
O aspartame é geralmente encontrado em alimentos como refrigerantes e guloseimas que oferecem baixos níveis de açúcar. Eles podem ser substituídos, por exemplo, por sucos naturais e frutas.
Quando usado em casa para adoçar os preparos alimentares diretamente, uma forma de evitar o aspartame é substituí-lo por açúcares com maior valor nutricional, como o mascavo, ou então eliminá-lo de vez.
Esse processo deve ser acompanhado por um(a) nutricionista, já que é importante que o plano alimentar seja estruturado conforme as necessidades e a realidade de cada pessoa.
Por fim, pessoas que não podem ingerir o aspartame devem ficar atentas aos rótulos dos produtos e a lista de ingredientes, pois ele deve ser indicado caso esteja na fórmula.
O aspartame rende muitas discussões e ainda há muito o que estudar e descobrir sobre ele. Independente das conclusões, é necessário destacar que uma alimentação saudável não se resume na redução de açúcar e calorias, mas no consumo daquilo que supre as necessidades do organismo e não o colocam em desequilíbrio.
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Esp. Angela Federau
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