Criado em 2016, pelo Ministério da Saúde, Janeiro Roxo é o nome dado à campanha de prevenção e conscientização sobre a hanseníase. A data tem como objetivo esclarecer as principais dúvidas da população e eliminar qualquer tipo de preconceito e estigma sobre a doença.

Crônica, porém curável, a hanseníase é causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. O microrganismo acomete a pele, os nervos periféricos e também pode causar lesões neurológicas.

A doença é transmitida pelo toque, pela saliva ou por secreções nasais de pessoas infectadas que não fazem tratamento. Portanto, diferente do que muitos pensam, pacientes que fazem acompanhamento médico e que são medicados (as) adequadamente não transmitem a hanseníase.

Entre as classificações da condição estão a hanseníase indeterminada, tuberculoide, diforma e virchowiana, sendo as duas últimas suas formas mais avançadas.

Para saber como identificar a doença, quais tratamentos estão disponíveis e como colaborar com a campanha do Janeiro Roxo, continue acompanhando o artigo!

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. Quais são os sintomas da hanseníase?
  2. Como tratar e prevenir a hanseníase?
  3. Como colaborar com a campanha de Janeiro Roxo?

Quais são os sintomas da hanseníase?

O período de incubação da Mycobacterium leprae é de 2 a 7 anos, ou seja, a pessoa pode não manifestar sintomas ou desenvolver alguns sintomas muito leves nessa fase. Contudo, com o passar desse período, os sintomas tendem a ficar acentuados. 

Entre os principais sinais de uma infecção pela bactéria transmissora da hanseníase estão:


  • Manchas de cor branca, marrom ou avermelhada pelo corpo;
  • Perda ou alteração da sensibilidade da dor;
  • Áreas com perda de pelo e com pouca produção de suor;
  • Dores, sensação como a de choque, formigamentos e fisgadas nos nervos tanto das pernas, quanto dos braços;
  • Pés e mãos inchadas;
  • Perda da força muscular;
  • Úlceras nos pés e pernas;
  • Nódulos que podem ser doloridos e avermelhados pelo corpo;
  • Febre;
  • Dor nas articulações;
  • Olhos ressecados;
  • Formação de feridas, obstrução e sangramentos no nariz.

Vale lembrar que os sintomas variam de acordo com o tipo de hanseníase. Em estados avançados, sem intervenção médica e tratamento medicamentoso, o (a) paciente com hanseníase pode sofrer com a perda de ossos nas extremidades, deformando assim algumas regiões do corpo, como mãos, nariz e pés, por exemplo.

Se você possui algum dos sintomas citados acima, procure imediatamente um (a) médico (a). Quanto mais cedo a hanseníase for detectada e tratada, maiores as chances do tratamento ser eficaz e menores serão os danos e sequelas.

Leia mais: Hanseníase: tem cura? Veja sintomas, tratamento e prevenção

O Janeiro Roxo é o mês da conscientização sobre a hanseníase, doença que se tratada, não oferece riscos.

Como tratar e prevenir a hanseníase?

O tratamento para a doença consiste, basicamente, no uso de medicamentos antibióticos específicos para a condição por um período que varia entre 6 e 12 meses. Contudo, ele pode variar de acordo com o tipo de hanseníase diagnosticado no (a) paciente e quadro atual. Pode ser feito de forma gratuita no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

É importante ressaltar que sem tratamento e em estado avançado, de diagnóstico de hanseníase Diforma ou Vichowiana, as complicações tendem a se agravar cada vez mais e a chance de letalidade é maior. Nesse caso, as chances de cura diminuem e o tratamento pode não ter boa resposta, pois o sistema imunológico está comprometido.

Portanto, a melhor forma de prevenir a hanseníase é visitando o (a) médico (a) regularmente, especialmente quando há manifestação de sintomas adversos, como os relatados acima. Além disso, o acompanhamento das pessoas próximas a quem está com suspeita da doença também é uma forma de prevenção.

Como colaborar com o Janeiro Roxo?

Compartilhar informações com embasamento científico e de qualidade são algumas das formas de contribuir com o Janeiro Roxo. Converse com as pessoas próximas sobre, compartilhe nas suas redes sociais materiais da campanha e fique atento (a) a possíveis sintomas da doença.

Quanto mais informação de qualidade for compartilhada sobre a hanseníase, mais conscientização e menos casos teremos.

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A conscientização que a campanha do Janeiro Roxo propõe tem como objetivo mostrar que portadores de hanseníase podem sim conviver em sociedade e não oferecem risco à saúde pública quando recebem tratamento.

Além disso, ela visa reforçar os cuidados e quais sintomas devem acender o sinal de alerta. Portanto, caso tenha se identificado com os sintomas relatados ou tenha ficado com alguma dúvida, procure um (a) médico (a).

Para mais informações sobre doenças e seus tratamentos, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável.

Referências


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