As crianças e adolescentes que nasceram em um mundo repleto de aparelhos tecnológicos e redes de internet sem fio cresceram com o costume de carregar consigo smartphones e tablets, inclusive em horários de descanso.
Apesar disso, um estudo realizado recentemente na Noruega, por pesquisadores da Uni Research Health, chegou à conclusão que esse hábito pode ser extremamente prejudicial aos adolescentes.
Foram observados jovens entre 16 e 19 anos que tinham o costume de passar mais de duas horas com os aparelhos eletrônicos. Como resultado, comprovou-se que o uso prolongado afetou as noites de sono, e consequentemente, reduziu o rendimento escolar.
Aparentemente o problema também pode afetar os leitores de versões digitais de livros. Um estudo feito pela Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, comprovou que a leitura de tablets antes de dormir afeta consideravelmente as noites de sono.
Trocar os livros comuns pelas versões digitalizadas pode não ser a melhor opção, principalmente durante a noite. A luz dos aparelhos pode interferir no relógio biológico, que é guiado naturalmente pela incidência de luminosidade (dia e noite).
A explicação é simples, o tempo de exposição à luz artificial dos aparelhos tecnológicos (tablets, smartphones e televisões de LED) pode afetar a produção de melatonina, hormônio responsável por regular as noites de sono.
Antes de dormir, é preferível que os tablets e smartphones sejam deixados de lado. Sempre que possível, troque a versão digital pelo livro impresso. Procure leituras relaxantes e que não prendam muito a atenção (histórias que exigem demais do raciocínio também podem interferir no sono). Além disso, evite assistir programas ou filmes muito agitados.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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