Se você já sofreu alguma vez com uma queimação no peito, que parecia subir até a garganta, muito provavelmente você teve um quadro de azia.
O nome é muito recorrente entre as pessoas, mas poucas sabem efetivamente o que ela representa.
Estudos apontam que 7% da população mundial sofre com ela diariamente, 15% semanalmente e 50% apresenta intervalos mensais.
Já no Brasil, a incidência da azia na população varia de 7% a 10%.
Confira abaixo informações sobre esse mal, bem como seus sintomas, as causas, fatores de risco e tratamentos.
Índice – neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
A azia é uma sensação de queimação ou dor, um pouco acima do estômago e até à garganta, causada pelo refluxo de ácidos estomacais.
Geralmente, ela é um quadro ocasional, decorrente de exageros alimentares ou refeições pesadas. Isso porque o estômago contém o suco gástrico para digerir os alimentos.
Quando um refluxo ocorre, esse conteúdo estomacal entra em contato com o esôfago, que não tem capacidade de lidar com a acidez normal do suco digestivo.
Por isso, aquela sensação de queimação pode ser forte. Ela é decorrente da agressão que os tecidos sofrem.
Em geral, um tratamento pontual, com uso de medicamentos antiácidos, pode aliviar o quadro.
Mas, em alguns casos, essa sensação permanece por diversos dias seguidos, podendo estar associada à Doença por Refluxo Gastresofágico (DRGE). Então o tratamento deve ser mais direcionado.
A sensação de queimação característica da azia ocorre quando o suco gástrico produzido no estômago retorna até o esôfago. Isso acontece por conta de uma falha de um músculo que liga um órgão ao outro, o esfíncter.
Em sua funcionalidade normal, esse músculo se abre apenas para permitir a passagem de um alimento ou líquido, fechando-se logo em seguida.
Porém, quando ele se relaxa ou não se fecha por completo, o ácido produzido pelo estômago para realizar a digestão pode voltar.
Alguns fatores são considerados fatores facilitadores, pois podem desencadear o aumento de produção do suco gástrico e, consequentemente, causar a azia.
Entre eles, a alimentação, hábitos de beber e fumar, além de doenças antecedentes.
Uma série de fatores pode interferir na digestão e no correto acionamento do esfíncter. Entre eles:
Alguns pesquisadores acreditam que a azia é causada pela má alimentação ou pelo consumo excessivo de determinados alimentos ou bebidas. Confira abaixo quais são:
Além disso, comer refeições muito pesadas, gordurosas ou exagerar na ingestão podem ser fatores associados ao refluxo.
Algumas doenças podem estar direta ou indiretamente associadas ao funcionamento gástrico. Isso pode favorecer casos de refluxo:
Alguns remédios podem afetar as ações gástricas, reduzindo a produção de sucos digestivos ou favorecendo o relaxamento do esfíncter.
Alguns também podem irritar a mucosa estomacal e provocar mais refluxo. Entre eles:
Remédios para depressão, osteoporose ou alterações de pressão também estão associados ao quadro.
Além da queimação no peitoral, como já mencionamos, outros sintomas podem aparecer quando a pessoa está com azia. É importante saber que nem todos os pacientes apresentam todos os sintomas de uma só vez, podendo variar entre:
Esses sintomas são mais intensos logo após as refeições e durante à noite. Já as dores torácicas são mais comuns quando a pessoa está deitada ou se abaixa.
Mulheres grávidas têm grandes chances de ter azia pois, a placenta produz um hormônio chamado progesterona, que relaxa os músculos do útero e também a válvula que separa o esôfago do estômago.
Além disso, conforme o crescimento do bebê, o estômago é comprimido, o que facilita o refluxo do suco gástrico para o esôfago.
Se esse for o seu caso, é importante saber que talvez você não elimine de vez a azia, mas pode ajudar a reduzir os sintomas causados por ela. Confira as dicas:
Os sintomas de azia na gravidez são bastante semelhantes à condição em mulheres não gestantes. Sensação de queimação, dor na região torácica (próximo às costelas), ardência estomacal e gosto amargo na boca.
O quadro é bastante comum nessa fase, mas é preciso estar atenta a outros sintomas, como:
O diagnóstico é feito por um(a) gastroentereologista ou clínico geral. Geralmente, basta o relato do paciente e o exame clínico (físico), apontando a frequência dos sintomas.
Entre os pontos observados pelo(a) profissional estão:
Na maioria dos casos, o médico diagnostica a azia apenas pelo exame clínico. Porém, quando há a suspeita de que a doença é derivada de uma outra mais grave, ele pode prescrever alguns exames:
O tratamento para a azia visa reduzir ou controlar a quantidade de suco gástrico que é produzida no estômago. Para isso, algumas categorias de medicamentos são indicadas:
Dentre os medicamentos comercializados, os mais comuns de serem usados no tratamento da azia são:
Lembre-se que a automedicação não é apropriada em caso algum. Consulte um médico de sua confiança antes de qualquer decisão.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Algumas plantas medicinas possuem funções que ajudam a controlar os sintomas da azia:
Se os sintomas da doença forem frequentes e também interferirem na rotina da pessoa, o problema já não é mais azia e sim Doença do Refluxo Gastresofágico.
Assim, o paciente pode sofrer com dores e perder a qualidade de vida. A condição pode afetar na alimentação, favorecendo quadros de nutrição desregulada.
Para se prevenir desse mal, você deverá mudar alguns dos seus hábitos de vida. Confira algumas dicas a seguir:
Mais ou menos. A azia pode ocorrer durante a gravidez. Aliás, é uma condição bem comum devido aos hormônios e ao crescimento da barriga.
Porém, ela não é um sintoma da gravidez.
Depende. A azia é, muitas vezes, comum durante a gestação. Geralmente, não representa nenhum risco para a mãe ou o bebê. No entanto, é importante que todo sintoma seja informado à equipe médica que acompanha a mãe.
Quando a dor é intensa ou muito forte, é preciso investigar o quadro para que o tratamento correto seja iniciado.
A azia na gravidez é semelhante aos demais episódios ao longo da vida. Mas é preciso levar em consideração que cada organismo reage de um jeito, por isso, a intensidade e os sintomas podem ter variações.
Em geral, é possível que a gestante sinta queimação no peito e garganta, além de arrotos devido ao refluxo.
Se você sofre, ou já sofreu desse mal, aposte nas diversas dicas que demos ao longo do texto.
Confira mais dicas de saúde, bem-estar e alimentação no Minuto Saudável.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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