A tricologia é a ciência que estuda os cabelos, os pelos e o couro cabeludo, com o objetivo de resolver problemas voltados a eles. Surgida na Inglaterra, é uma área estudada até hoje para tratar principalmente de condições como a queda de cabelo, caspa, calvície, entre outras.
Para entender melhor sobre o assunto, o Minuto Saudável preparou um conteúdo completo com todas as informações importantes.
Como foi dito, a tricologia estuda o cabelo, as causas da queda dos fios e os problemas associados ao couro cabeludo. E o especialista, conhecido como tricologista, realiza a avaliação para definir a causa do problema e o melhor tratamento para cada caso.
A palavra “tricologia” vem do grego (Trikhos), que significa cabelo. É uma área que fica entre a dermatologia, a cosmetologia e a biomedicina estética. Esse ramo é bastante antigo: estima-se que teve início no começo de 1900.
Porém, a tricologia tal como a conhecemos hoje é uma ciência relativamente nova. Só para se ter uma ideia, até o momento foram realizados apenas 11 congressos internacionais de tricologia. O último ocorreu no ano de 2019, em Barcelona, na Espanha.
O (a) tricologista é, na maioria das vezes, um médico especialista em dermatologia. Mas, há cursos técnicos na área e por essa razão existem esteticistas, biomédicos, farmacêuticos, terapeutas capilares, cabeleireiros e barbeiros especialistas na área.
O especialista em tricologia analisa o couro cabeludo e os fios de forma minuciosa para chegar a um tratamento efetivo. Há diversos problemas que surgem na estrutura dos fios, além de infecções e outras doenças que atingem o couro cabeludo.
O tricologista analisa tudo o que envolve os cabelos, pelos e couro cabeludo. Por isso, ele pode ser consultado sempre que surgirem problemas nesses locais.
A pessoa que sente irritações, coceiras, inflamações no couro cabeludo ou ainda queda de cabelo excessiva, afinamento dos fios ou alguma lesão deve procurar um (a) tricologista para uma avaliação.
Vale destacar que a função de um (a) tricologista é bastante diferente de um cabeleireiro. Isso porque o tricologista é um terapeuta capilar que conhece profundamente a estrutura do cabelo e do couro cabeludo, assim como seu ciclo biológico, as principais doenças, a quantidade de fios e a densidade capilar. Já o cabeleireiro é o profissional capacitado para cuidar do visual e embelezamento dos fios.
Embora já existam profissionais da beleza preparados para identificar os distúrbios capilares, somente um médico pode realizar exames, procedimentos cirúrgicos e prescrição de medicamentos.
O médico tricologista consegue fazer vários exames específicos para examinar os cabelos e o couro cabeludo. Esse especialista entende como funciona a estrutura capilar – a formação do fio de cabelo e todas as suas partes: medula, córtex, cutícula e cimento intercelular. E assim, identifica os danos e indica os tratamentos mais adequados.
Pessoas que tenham algum histórico familiar de problemas capilares de origem genética devem ficar ainda mais atentas aos primeiros sinais. Dessa forma, é possível detectar precocemente o problema e iniciar o tratamento quanto antes.
É normal perder cerca de 50 a 100 fios por dia. Mas, quando a queda é excessiva é importante averiguar se há algum problema de saúde relacionado.
Os fios de cabelo caem quando a raiz do cabelo é menos irrigada por nutrientes e sangue.
O problema costuma ocorrer devido a doenças, uso de medicamentos, hábitos inadequados, situações estressantes, ansiedade em excesso, problemas hormonais ou carência nutricional.
Conhecido cientificamente como alopecia androgenética, a calvície pode ser definida como a queda excessiva dos cabelos. Em alguns casos, pode levar à perda total ou parcial dos fios. Pode afetar tanto homens quanto as mulheres, mas o problema ainda é mais comum no sexo masculino.
A calvície pode ocorrer por questões genéticas ou hormonais. Nas mulheres é comum que aconteça por excesso de hormônios masculinos.
Há diversas formas de tratamento como medicamentos tópicos, orais e também laser. Mas é importante buscar um especialista para identificar as causas da calvície.
Trata-se de uma doença autoimune que afeta a pele, é crônica e não contagiosa. Os sintomas podem ser cíclicos, ou seja, desaparecem e reaparecem periodicamente.
Pode atingir várias partes do corpo, inclusive o couro cabeludo. Nesses casos, pode ser parecido com a caspa. Mas aparecem placas maiores e mais grossas, semelhantes a escamas que são mais aparentes e esbranquiçadas. Essas placas podem sangrar, causar dor, queimação, ardência e coceira.
O principal fator de risco é a predisposição genética. O tratamento pode variar de acordo com a intensidade dos sintomas. Um especialista costuma indicar shampoos específicos que devem ser aplicados diretamente no couro cabeludo.
Conhecida popularmente como caspa ou seborreia, trata-se de uma inflamação na pele que ocasiona descamação e vermelhidão em algumas áreas do corpo como o couro cabeludo. Essa descamação pode soltar e cair em pequenos fragmentos brancos que causam bastante constrangimento nas pessoas.
O problema de saúde é crônico, ou seja, pode ter momentos de melhora e piora dos sintomas. Essa inflamação ocorre devido às questões genéticas, estresse excessivo, uso de alguns medicamentos e excesso de oleosidade, além de acontecer por causa de fungos.
Ainda não há tratamento definitivo da seborreia, mas existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo que conseguem amenizar os sintomas.
O problema de saúde é uma infecção causada por fungos e recebe o nome científico de Tínea capitis. Causa sintomas como coceira intensa e, em casos mais graves, a queda de cabelo.
Ela pode ser transmitida facilmente por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como pentes, toalhas, chapéus ou qualquer item usado diretamente na cabeça.
Geralmente, o tratamento é realizado com medicamentos antifúngicos orais e também shampoos. Também é necessário manter a higienização frequente dos fios e couro cabeludo.
O cabelo pode ficar mais fino e ralo devido a uma série de fatores como: alterações hormonais e hábitos de rotina. No entanto, é normal que o cabelo altere a espessura ao longo da vida.
Após os 50 anos, os cabelos podem ficar mais finos, por causa de um enfraquecimento do folículo piloso, que é a estrutura formada pelo fio de cabelo e outros elementos como o bulbo e a glândula sebácea.
Além disso, o excesso de química como tinturas e progressivas deixam o cabelo mais fino. Outros hábitos como demorar muitos dias para lavar o cabelo, esfregar com força os fios na toalha para secar, usar chapinha e secador em excesso tendem a piorar o problema.
Ao passar por uma consulta com um (a) tricologista, o (a) especialista identifica o problema e indica qual é o melhor tratamento – que varia conforme a doença detectada.
O especialista em tricologia busca a saúde capilar, atua na desintoxicação, gera o aumento da oxigenação e favorece a distribuição de nutrientes nos fios.
Geralmente, o primeiro passo é realizar uma avaliação do couro cabeludo e dos fios com uma videodermatoscopia por meio de um scanner ou através de uma tricoscopia.
A biópsia capilar e os exames sanguíneos também podem ser solicitados para descartar a presença de doenças autoimunes, carência nutricional ou desequilíbrios hormonais.
Após a investigação e o diagnóstico, o (a) tricologista pode indicar tratamentos que visam ajudar na distribuição de nutrientes pela circulação sanguínea e também possuem ações bactericidas e fungicidas, além de desobstruir os bulbos capilares.
Veja detalhes abaixo de alguns tratamentos indicados por tricologistas.
É muito importante seguir as indicações do (a) tricologista para ter um resultado positivo no tratamento. Após conseguir controlar os sintomas, muitas vezes, é necessário manter visitas regulares para manutenção dos benefícios e controle das patologias.
Os valores da consulta podem variar de acordo com a região do especialista: geralmente é o preço de uma consulta médica.
Além disso, o valor da técnica escolhida pelo (a) tricologista também pode variar - alguns aparelhos usam alta tecnologia e podem custar cerca de R$300 por sessão. Já nas técnicas manuais, o valor pode variar de R$80 a 100.
Vale destacar que o (a) tricologista pode solicitar que o tratamento seja realizado tanto com aparelhos quanto técnicas manuais, além de produtos ou remédios para usar em casa.
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Dr. Lucas Fustinoni
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