O assunto é delicado, mas o fato é mais presente do que imaginamos: o abortamento é bastante comum, inclusive os abortos espontâneos, ou seja, aqueles que não são induzidos e que ocorrem nos primeiros meses de gravidez, causando perda da gestação.
Diferente da morte fetal, que acontece quando o bebê está mais desenvolvido, o aborto está ligado ao início da gestação, embora isso também seja uma discussão polêmica na comunidade médico-científica.
A maioria dos casos de abortamento tem causas genéticas, o que dificulta falar sobre prevenção. Independente disso, no entanto, é preciso falar sobre os cuidados com a pessoa gestante, que variam de acordo com o tipo de abortamento.
Enquanto alguns casos trazem poucas consequências, outros podem demandar tratamentos medicamentosos e até mesmo cirurgia. Leia o artigo completo para conhecer os diferentes tipos de abortamento, sintomas e mais.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
De modo geral, o abortamento é identificado por algum sangramento, vermelho vivo ou escuro, que pode ser acompanhado de dores semelhantes a cólicas. Nem todo sangramento na gestação é aborto, mas é sempre bom recorrer a um centro de saúde com urgência para descartar a possibilidade.
Em casos mais graves, o aborto é mais evidente, com a presença de muco e coágulos no sangue expelido. Além disso, o processo pode ser bastante doloroso no casos em que as cólicas são intensas ao ponto de expelir feto e placenta.
É muito importante lembrar que o abortamento pode ter diferentes características, dependendo do caso. Após o evento, a pessoa gestante precisa de acompanhamento médico e psicológico, o que de forma alguma dispensa o acolhimento de familiares, amigos, cônjuges e demais pessoas próximas.
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Nem sempre o processo de abortamento resulta na morte do feto. Se detectado a tempo, há possibilidade de salvar a criança, o que também irá depender do estágio da gravidez.
A teoria médica contemporânea entende que, quando há sangramento com colo fechado e feto vivo, ocorre um caso de ameaça de abortamento.
Se os sintomas incluírem perda de líquido intrauterino, contrações (geralmente acompanhadas de cólicas) e modificações na anatomia padrão do colo, o evento passa a ser classificado como abortamento inevitável.
É chamado assim o processo em que o abortamento ocorre, mas não há eliminação de qualquer material intrauterino, incluindo o feto, por pelo menos oito semanas. Nesses casos, a interrupção da gestação costuma ser identificada pelo exame de ultrassonografia.
Este pode ser de dois tipos. Nos casos em que o abortamento é incompleto e se verifica que o colo do útero está aberto, é possível observar expulsão de parte do material intrauterino, incluindo partes do tecido placentário e fetal.
Quando o colo está fechado, também pode haver expulsão parcial dos tecidos embrionários, mas será necessário um exame de ultrassom para investigar a saúde do útero. Por meio do exame, pode ser revelada a presença de material que ainda não foi expelido.
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É definido assim o aborto que é seguido pela expulsão completa dos tecidos e demais materiais gestacionais. Nesses casos, a(o) paciente pode apresentar pouco ou nenhum sangramento vaginal e o colo do útero deve estar fechado.
No processo de aborto, pode haver o surgimento e desenvolvimento de algum tipo de infecção. A chamada sepse, no entanto, é a complicação mais preocupante, podendo ser identificada em qualquer estágio do abortamento.
Mesmo sem um embrião, é possível que o corpo desenvolva o processo gestacional, que pode, posteriormente, ser interrompido por um processo de abortamento. Nesses casos, é preciso verificar a expulsão dos tecidos e saúde uterina, mesmo sem a presença de um feto.
As causas do aborto são diversas e, algumas vezes, o motivo pode não ser identificado. Ainda assim, estudos apontam alguns hábitos e condições como fatores de risco que aumentam a probabilidade de abortamento.
A idade pode ser um fator de risco, porque a pessoa com útero nasce também com os gametas, que envelhecem com o corpo ao longo das décadas de vida. Nesse sentido, pode ser um fator de risco a gestação iniciada após os 35 anos.
Outros fatores de risco incluem:
Evitar os hábitos considerados como fatores de risco e manter o acompanhamento do pré-natal em dia são as melhores formas de reduzir as possibilidades de aborto. Falar de prevenção em algo que tem tantas causas, pode ser complexo, principalmente pelo fato de que muitos abortos não podem ser evitados.
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O abortamento pode ser de diversos tipos, podendo trazer ou não consequências para a saúde do útero e da pessoa gestante. Caso note qualquer sinal suspeito, procure uma opinião médica para descartar a possibilidade de morte do feto ou realizar os exames necessários, caso seja confirmado o diagnóstico de abortamento.
Lembre-se que esse é um processo complexo física e psicologicamente. Além disso, a pessoa que passa por essa experiência precisa de acompanhamento médico especializado e do apoio de pessoas de sua confiança.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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