A realização de testes para identificação de pessoas infectadas pelo novo Coronavírus é importante, pois ajudam a caracterizar a real situação de um país perante a doença, além de fornecer dados que permitem isolar pacientes afetados(as).
Atualmente, existem alguns testes aprovados no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Continue lendo e saiba mais sobre eles!
Atualmente, existem dois tipos principais de teste aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para detectar a infecção pelo novo Coronavírus: os Testes rápidos e o Exame molecular (RT-PCR).
Eles são:
O exame molecular é atualmente o mais assertivo e o indicado pela Anvisa como a melhor opção para realizar o diagnóstico da doença.
Ele é feito por meio de amostras retiradas do nariz ou boca e permite identificar se o vírus está presente no organismo do(a) paciente no momento da realização do exame.
Os testes rápidos são aqueles também conhecidos como “de farmácia” e são feitos por meio de uma amostra de sangue.
Recebem esse nome, pois a realização e o resultado do exame ficam prontos de maneira ágil, em um período dentre 15 a 20 minutos.
Esse tipo de teste permite identificar se o(a) paciente já foi infectado pelo vírus e seu corpo desenvolveu anticorpos. Dessa forma, ele não revela se a pessoa está com o vírus ativo, demonstra apenas se ela já foi contaminada em algum momento.
Os testes feitos por meio do exame molecular e do teste rápido apresentam diferenças em entre si em relação à realização.
De maneira específica, as formas de aplicação são:
No Exame Molecular (RT-PCR), o teste é realizado por meio de amostras do nariz ou boca. A coleta é feita com um material semelhante a um cotonete (swab) e, em seguida, enviada para análise no laboratório.
O resultado, em geral, fica pronto dentro de aproximadamente 8 a 12 horas. Entretanto, com a grande procura devido ao Covid-19, alguns laboratórios podem demorar mais para apresentação dos resultados.
Caso a resposta seja positiva, significa que a pessoa está infectada pelo vírus e as medidas necessárias devem ser tomadas, como isolar totalmente o(a) paciente.
Nos testes rápidos, o exame é feito por meio de uma pequena amostra de sangue. A coleta é realizada por meio de uma picada no dedo e, logo em seguida, a gota de sangue é colocada em um aparelho de teste.
Após um período de geralmente 15 a 20 minutos, o resultado é apresentado.
Se a resposta for positivo, significa que o(a) paciente já teve contato com o vírus e seu organismo desenvolveu anticorpos para combatê-lo.
Vale ressaltar que esse teste deve ser feito apenas após o sétimo dia do surgimento dos sintomas da doença. Isso, pois o exame é feito com base na presença de anticorpos no organismo.
Dessa forma, o período entre 7 a 10 dias é o tempo necessário para que o corpo tenha produzido essas células de defesa, permitindo que elas apareçam no teste.
Apesar disso, em geral, a Anvisa indica que os testes rápidos não devem ser utilizados como meio isolado de avaliação da presença da doença.
Segundo a agência, eles são apenas parte das informações necessárias para o diagnóstico ou descarte da patologia. Assim, esse exame deve ser feito apenas por um(a) profissional qualificado, que avaliará os resultados juntamente com informações do quadro clínico e histórico do(a) paciente.
O mecanismo de funcionamento e apresentação de resultado dos testes varia de acordo com o tipo de exame realizado.
Em geral, eles são:
O Exame molecular RT-PCR é feito por meio de coletas do sangue, para que seja feita a análise em laboratório.
Durante o estudo, a amostragem do(a) paciente passa por uma série de etapas para a identificação da doença, por meio do material genético presente na amostra.
Esse material corresponde às informações que caracterizam um indivíduo. Elas podem ser o DNA — ácido desoxirribonucleico — ou o RNA — ácido ribonucleico.
No caso do coronavírus, seu material é o RNA. Isso significa que, caso o(a) paciente esteja com a doença, o RNA do vírus estará presente no organismo, juntamente com as células humanas. O exame consiste em identificar isso.
Primeiro, é adicionada à amostra do paciente uma enzima, chamada Transcriptase Reversa.
Essa enzima será ativada e, caso haja o RNA do vírus na amostra do(a) paciente, ela o transformará em DNA.
A partir desse momento, a célula de DNA é ampliada e os(as) profissionais fazem a verificação se há algum gene — responsável pelas características herdadas de um organismo — que corresponda ao gene do vírus.
De forma simplificada, os passos são:
Caso o resultado seja positivo, a confirmação está feita e a pessoa está contaminada.
Em geral, nesse momento, medidas de prevenção são tomadas, como isolar totalmente o(a) paciente e até mesmo a internação, variando de acordo com o quadro clínico.
Os testes rápidos são feitos por meio da sorologia, ou seja, a identificação de anticorpos — elemento de defesa do organismo — no corpo, por meio de amostras de sangue.
A metodologia utilizada para a realização desse exame é chamada imunocromatografia.
Esse recurso permite tornar visível a presença dos anticorpos no organismo, além de, caso o resultado seja positivo, indicar se o contato do(a) paciente foi recente ou não.
Isso é feito por meio de uma reação química entre antígeno (substância estranha ao corpo) e anticorpo.
Após a reação, é gerada uma coloração sob a superfície em que o teste foi realizado, a qual indica o resultado, como num teste de gravidez.
No caso da Covid-19, os resultados obtidos são de dois tipos: IgM e IgG. Ambos são células de defesas do organismo à agentes externos.
O IgM é um marcador da fase aguda da doença, ou seja, demonstra que os anticorpos começaram a ser produzidos recentemente, após 5 ou 7 dias da infecção.
Já o IgG indica os anticorpos que permanecem circulando no corpo mesmo após a fase aguda, o que indica que o(a) paciente está, teoricamente, protegido contra novas infecções — porém, destaca-se que ainda há poucas informações sobre a imunização do coronavírus. Ou seja, nada garante que quem já pegou a doença não possa ser infectado(a) novamente.
As possíveis respostas ao teste podem ser:
IgM | IgG | Resultado |
- | - | Não houve contato com o novo Coronavírus. |
+ | - | Identificada infecção recente pelo novo Coronavírus. |
- | + | Identificada infecção antiga pelo novo Coronavírus, com a presença de anticorpos para combater a doença. |
+ | + | Identificada infecção recente com início de produção de anticorpos. |
Para resultados positivos de infecção recente, o indicado é realizar novamente o teste após um período de 14 dias, além de seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.
De maneira ideal, todas as pessoas que apresentam sintomas para a doença deveriam ser testadas.
Porém, até então, os testes estavam sendo realizados preferencialmente em pacientes internados(as) e em profissionais da área da saúde. Além disso, era necessário indicação médica para realizar o teste.
Isso, por conta da limitação no número de kits de testagens disponíveis no Brasil.
Porém, na última quarta-feira (6), o Ministério da Saúde divulgou uma nova estratégia para realização de testes no país.
É o programa chamado “Diagnosticar para Cuidar” e tem como objetivo realizar testes em grande escala. Ele é dividido em duas frentes, “Confirma COVID-19” e “Testa Brasil”.
A primeira, Confirma COVID-19, consiste em aplicar testes do tipo RT-PCR em pessoas com sintomas leves, moderados ou graves e será feito em até 7 dias após o início dos sinais da doença.
Já a segunda, Testa Brasil, será feito por meio de testes rápidos, aplicados a partir do oitavo dia de início dos sintomas, em pessoas que apresentem sinais da doença.
As pessoas assintomáticas, ou seja, que não apresentam nenhum sintoma, deverão participar de pesquisas por meio de entrevistas, como as realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em geral, o objetivo é que as pessoas que participem da pesquisa, além de fornecerem dados sobre o vírus no país, também sejam testadas por meio de testes rápidos.
No último dia 28, a Anvisa liberou a realização de testes, de forma temporária, em algumas farmácias brasileiras. Os exames feitos são os chamados testes rápidos.
Em geral, eles não são completamente seguros, por isso, não devem ser utilizados como única forma de diagnóstico da doença.
Isso, por conta da possibilidade de haver falsos negativos, ou seja, erros no resultado.
Os testes rápidos têm como objetivo identificar a presença de anticorpos contra a Covid-19 no organismo do(a) paciente.
Em geral, quando alguma patologia se instala no corpo humano, há o período de “janela imunológica”, ou seja, o tempo que o organismo demora para produzir essas células de defesa.
No caso do novo Coronavírus, se esses testes forem realizados no início da infecção, ou seja, dentro desse período de janela imunológica, ainda não houve tempo suficiente para que o corpo reaja e desenvolva anticorpos.
Dessa forma, o resultado pode ser negativo, mesmo que a pessoa esteja com o vírus.
Por isso, os testes devem ser realizados apenas por profissionais qualificados(as), e a interpretação do resultado feita de acordo com o quadro clínico do(a) paciente, levando em consideração seu histórico e sintomas.
Para a realização de testes rápidos, a aplicação pode ser feita a partir do sétimo dia de início dos sintomas.
Entretanto, o ideal é que seja realizada a partir do décimo dia, para que o resultado seja mais preciso. Isso, para evitar que o exame seja feito dentro da janela imunológica e hajam falhas no resultado, como falsos negativos.
A realização de testes para a Covid-19, tanto em pessoas que apresentem sintomas quanto em assintomáticas, é importante para fornecer dados e ajudar no controle da disseminação do vírus.
Dessa forma, vale entender o funcionamento de cada tipo de teste que está sendo ou será aplicado na população, para que não haja dúvidas.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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