Saúde

Superdotação (altas habilidades): o que causa, tipos e diagnóstico

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 24/03/2023Última atualização: 24/03/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 24/03/2023Última atualização: 24/03/2023
Criança brinca com dois ábacos em mesa de centro na sala.Criança brinca com dois ábacos em mesa de centro na sala.
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As altas habilidades (AH), também conhecida como superdotação (SD), é caracterizada pelo alto desempenho em uma ou mais áreas de conhecimento comparado(a) a alunos(as) da mesma idade. As crianças apresentam capacidade intelectual na vida acadêmica, criatividade, liderança, talento para artes e psicomotoras.

Quando identificada a AH/SD, é necessária a adoção de estratégias que contemplem o desenvolvimento dessas crianças e que correspondam com a idade cognitiva superior e progressão rápida em relação aos demais. Contudo, muitas vezes, a maturidade emocional não acompanha esses progressos cognitivos.

No Brasil, até o ano de 2020, haviam cerca de 24.132 alunos com altas habilidades/superdotação, mas ainda há dificuldades na identificação dessas crianças.

Portanto, é fundamental, que sejam disseminados conhecimentos sobre, principalmente para professores(as), para serem promovidas práticas educacionais que contribuam para o desenvolvimento acadêmico, mantendo o interesse, motivação e criatividade.

Para saber mais sobre superdotação, o que causa, características de uma pessoa com superdotação e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa a superdotação?
  2. Tipos de superdotação
  3. Altas habilidades, autismo e TDAH: qual a relação?
  4. Quais as características de uma pessoa com superdotação?
  5. Como é conduzido o diagnóstico?
  6. Acompanhamento e convívio

O que causa a superdotação?

A superdotação tem influência na personalidade da criança e na herança genética, além de fatores ambientais, seja na família ou a escola, que podem contribuir para que estes traços sejam desenvolvidos ou depreciados.

Leia mais: Autismo em adultos: níveis, como identificar e tratar 

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Tipos de superdotação

Existem 6 tipos de superdotação considerando o tipo de habilidade e facilidade do(a) aluno(a). Confira sobre cada uma delas a seguir:

Intelectual

Este(a) aluno apresenta flexibilidade e fluência no pensamento, assim como capacidade de desenvolver o pensamento abstrato, com rapidez, além de elaborar o pensamento crítico precocemente. É independente, demonstra compreensão sobre diversos assuntos, boa capacidade de memorizar, de resolver problemas e de solucioná-los.

Acadêmico

Possui capacidade de se manter atento e concentrado durante as atividades, além de conseguir aprender rapidamente, pois tem boa memória e demonstra entusiasmo e interesse durante o processo de aprendizado nas matérias. Além disso, possui capacidade de avaliar, sintetizar e organizar seus conhecimentos.

Criativo

Costuma ter pensamentos originais, é imaginativo e, durante a resolução de problemas, adere soluções diferentes e inovadoras e é sensível a questões ambientais. Tem facilidade de autocompreensão e se sente desafiado quando há desordem de fatos.

Social

Nesses casos, há forte capacidade de liderança, de demonstrar sensibilidade interpessoal com atitude cooperativa, é expressivo e tem habilidade com diversas pessoas e grupos, apresenta boa percepção das situações vivenciadas, e resolve situações complexas com facilidade. Além disso, é uma pessoa com poder de persuasão e de influência.

Talento especial

Se destaca nas áreas de artes plásticas, musicais e dramáticas, literárias ou técnicas e geralmente tem alto desempenho nessas atividades.

Psicomotor

Apresentam habilidades e desenvolvem atividades psicomotoras, com desempenho acima do comum. Agilidade, força, controle, coordenação e resistência são algumas de suas características.

Duas crianças montam blocos sobre mesa de centro da sala.
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Altas habilidades, autismo e TDAH: qual a relação?

No contexto escolar, são observados comportamentos expressos por alunos (as) que podem ser confundidos com TDAH e superdotação ou TDAH e autismo.

TDAH e superdotação

Os alunos com AH/SD podem apresentar habilidades acima da média, motivação nas tarefas e envolvimento acentuado, assim como apresentam maior atenção naquilo que estão desenvolvendo e boa capacidade de comunicação.

Por outro lado, pacientes com TDAH podem expressar habilidade acima da média, inquietação nas pernas e braços ou se levantar da cadeira com frequência. Contudo, são desatentos, falam de maneira constante e possuem dificuldades com a autoimagem. 

É comum que alunos(as) com AH/SD fiquem entediados quando já conseguiram aprender ou desenvolveram habilidades, demonstram comportamentos de inquietude e irritação, sendo facilmente confundidos com TDAH.

Autismo e superdotação

Podem ser encontrados comportamentos semelhantes em crianças com AH/SD e com autismo, confira abaixo:

  • Altas habilidades;
  • Dificuldade com mudanças na rotina;
  • Hiperfoco;
  • Alguns podem apresentar comportamentos motores desajeitados;
  • Dificuldade de socialização;
  • E dificuldade de comunicação.

Quais as características de uma pessoa com superdotação?

As características que envolvem pessoas com superdotação não são apenas positivas, pois devido à facilidade que estas crianças apresentam em diversas áreas de conhecimento, podem ter déficits sociais ou emocionais. Confira alguns deles abaixo:

  • Aptidão acadêmica específica;
  • Pensamento criativo;
  • Pensamento produtivo;
  • Capacidade de liderar;
  • Talento especial para artes;
  • Capacidade psicomotora;
  • Capacidade intelectual (aprende e evolui rapidamente);
  • Isolamento social;
  • Se sente diferente;
  • Insegurança;
  • Perfeccionismo;
  • Raiva por não ser perfeito(a) nas atividades;
  • Não consegue se adaptar no contexto social que está inserido(a);
  • Baixa autoestima;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Irritabilidade;
  • Impulsividade;
  • Comportamento hostil ou agressivo.
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Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico de superdotação (altas habilidades) deve ser realizado por um(a) médico(a) neurologista, e é necessário que a criança tenha menos de 12 anos.

Através da solicitação de avaliação neuropsicológica, um(a) psicólogo(a) ou um(a) neuropsicólogo(a) realizarão testes de inteligência, criatividade, habilidades e talentos. Além disso, serão levantados dados escolares e de convívio social com outras crianças, com o apoio de escalas para mensurar comportamentos de superdotação.

Após a realização dessa bateria de testes e estudos, o(a) paciente será encaminhado(a) novamente para o(a) neurologista para concluir o diagnóstico através dos resultados encontrados com a testagem.

Acompanhamento e convívio

O acompanhamento dessas crianças envolve a possibilidade de adequar os ambientes que proporcionam estímulos que façam com que essas elas desenvolvam diversos potenciais.

Além disso, também será necessário criar habilidades para enfrentarem as dificuldades emocionais que muitas vezes é predominante nesses(as) alunos(as).

Durante esse processo, o envolvimento da família, entendimento e aprendizado sobre habilidades auxiliam no desenvolvimento da criança, proporcionando melhor desempenho e acolhimento, para que esses(as) pacientes não se sintam diferentes e excluídos dos demais.

Com base nisso, o acompanhamento com neurologista é necessário enquanto o(a) médico(a) solicitar. Além disso, acompanhamento psiquiátrico em casos de condições psiquiátricas envolvidas, como depressão e ansiedade, são extremamente necessários.

Por fim, a psicoterapia pode auxiliar no entendimento de si mesmo(a), qualidades, potencialidades e entendimento da superdotação. A abordagem visa melhorar a autoestima, entendimento do ser “diferente” que, muitas vezes, aparece na escola, e promove desenvolvimento emocional para acompanhar as demais potencialidades.


As altas habilidades/superdotação é caracterizada pelo alto desempenho em uma ou mais áreas de conhecimento, correspondendo a capacidade intelectual, criatividade, liderança, talento para atividades artísticas e psicomotoras.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda neurológica, psiquiátrica ou psicológica!

Para mais conteúdos sobre saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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