Síndrome das pernas inquietas: o que causa, sintomas e tratamento

O que causa síndrome das pernas inquietas?

Existem dois tipos de SPI, primária e secundária, que são diferenciadas pelas causas:

SPI primária

Nesse caso, a condição está relacionada com o histórico familiar, correspondendo a 40% dos (as) pacientes que têm a idade entre 30 a 35 anos, e geralmente estão ligados a baixos níveis de ferro.

Os sintomas são lentos e progressivos no começo, levando de 15 a 25 anos para se tornarem sintomáticos à noite. Além disso, é comum que esses (as) pacientes procurem ajuda médica após os 50 anos.

SPI secundária

As principais causas estão relacionadas a condições médicas, como diabetes, uremia, deficiência de ferro, uso de alguns medicamentos  condições como:

• Artrite reumatóide;
• Fibromialgia;
• Insuficiência vascular periférica;
• Neuropatia periférica;
• Esclerose múltipla;
• Doença de Parkinson;
• Pacientes em diálise.

Alguns medicamentos também podem gerar a síndrome também, tais como:

• Anti-histamínicos sedativos;
• Antidepressivos;
• Lítio;
• Estrogénios;
• Abuso de cafeína.

Nessa condição, o início se dá a partir das condições de saúde associadas.

Síndrome das pernas inquietas na gestação

Durante a gravidez, cerca de 19% das gestantes apresentam a síndrome das pernas inquietas e, no terceiro trimestre, cerca de 23% das gestantes apresentam os sintomas.

Isso ocorre pelas mudanças hormonais, ou seja, pela concentração sérica de estrogênio no organismo, além de haver possibilidade de predisposição genética.

Sintomas

Os principais sintomas da síndrome das pernas inquietas são:

• Desejo de movimentar os membros;
• Sentimento de inquietude motora;
• Piora sintomática no final do dia ou à noite.

Se você se identifica com algum dos sintomas listados acima, procure ajuda médica o quanto antes!

Leia mais: Hipersonia: o que causa, sintomas e tratamento 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado por um (a) neurologista e leva em consideração a história clínica do (a) paciente. Contudo, também podem ser usados testes que auxiliam no diagnóstico e exames para mensurar os níveis da síndrome.

Os exames neurológicos e eletroneuromiografia podem apontar alterações que auxiliam, além de ser considerada a história familiar, pois os fatores genéticos influenciam nessa condição.

Tratamento para síndrome das pernas inquietas

O tratamento pode incluir medicamentos e medidas não farmacológicas para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade do sono.

Tratamento não medicamentoso

O tratamento não medicamentoso inclui a higiene do sono, onde também é importante evitar cafeína, álcool e outros estimulantes e prática de exercícios físicos.

Retirar medicamentos que causam os sintomas, como antidepressivos, anti-histamínicos e bloqueadores dopaminérgicos, também fazem parte do processo.

Tratamento medicamentoso

O tratamento é prescrito por um (a) médico (a) psiquiatra e pode envolver opióides, anticonvulsivantes e benzodiazepínicos. 

A síndrome das pernas inquietas tem cura?

A síndrome de pernas inquietas não tem cura. Contudo, há tratamento para as causas da SPI, visando a diminuição sintomática da condição.

Como aliviar a síndrome das pernas inquietas?

Além de seguir o tratamento proposto pelo (a) médico (a) responsável à risca, a prática de atividade física também pode aliviar os sintomas de pernas inquietas.

A síndrome das pernas inquietas (SPI) é caracterizada como um distúrbio que causa desconforto nos membros que é intensificado no período noturno, causando perturbação no sono.

Se você ou alguém que você conhece apresenta um desses sintomas, procure ajuda médica!

Para mais informações sobre saúde, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!

Referência

• Síndrome das Pernas Inquietas — Revista Neurociências;
• Síndrome das Pernas Inquietas — Revista Neurociências;
• Síndrome das Pernas Inquietas: Revisão e Atualização — Revista Neurociências;
• Síndrome das Pernas Inquietas na Gestação — Research Gate.