O oxiúrus (Enterobius vermicularis) é um verme branco, achatado e pequeno, causador da oxiurose, também conhecida como enterobiose. A coceira é o principal fator de queixa dos pacientes, particularmente no período noturno, pois é o momento em que a fêmea do verme vai até a região perianal para colocar seus ovos.
A doença acomete o aparelho digestivo do ser humano, em especial os intestinos, e pode ser transmitida por meio de contato em superfície contaminada, inalação dos ovos que estão no ar e pela ingestão de alimentos contaminados.
Veja a seguir quais os principais sintomas, como é feito o diagnóstico, quais os tratamentos disponíveis e tudo que precisa saber sobre o oxiúrus.
Como citado acima, a oxiurose é causada pelo verme oxiúrus, podendo afetar pessoas de todas as idades, em especial crianças em idade escolar. São mais comuns em ambientes com higienização precária e falta de saneamento básico, que contribuem para a proliferação desses parasitas.
O verme vive no intestino humano e, após o acasalamento, o macho é eliminado pelas fezes. A fêmea grávida continua no corpo do hospedeiro e, durante o sono, se move para a região anal para implantar seus ovos, gerando o desconforto noturno típico da doença.
Cada fêmea pode colocar até 10 mil ovos por ciclo. Após o depósito no ânus, a fêmea tenta voltar ao intestino, porém, nem todas conseguem e em alguns casos são eliminadas através das fezes.
Dentre as principais causas da contaminação com oxiúros podemos citar:
A doença geralmente tem três possibilidades diferentes de infecção, sendo elas a autoinfecção, a retroinfecção e a heteroinfecção. Conheça cada uma delas a seguir:
Se o paciente coçar a região contaminada pelos vermes, infectar suas mãos e unhas, e levar à boca, ele provoca a autoinfecção, pois os ovos vão até o intestino e eclodem, dando origem a outro ciclo de Enterobius vermicularis.
Ocorre quando os ovos eclodem na região perianal, seguem pelo ânus e vão até o ceco, região do intestino grosso responsável por receber conteúdo intestino delgado.
Mãos, objetos, roupas, toalhas, entre outros, quando contaminados podem transmitir a doença para quem encostar.
O poder de infecção dos ovos perde a força após um ou dois dias em condições climáticas quentes e secas, porém, pode sobreviver por 15 dias em ambientes frescos ou úmidos, em roupas e toalhas, por exemplo.
Os sintomas mais comuns são coceira na região anal e/ou vaginal, insônia, irritabilidade e agitação principalmente durante a noite, dor abdominal intermitente, náusea e cólica.
Em casos mais graves, em que o paciente esteja com uma quantidade muito grande de vermes, pode ocorrer sintomas como perda de peso, vômito e enjoos persistentes.
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O oxiúrus pode ser diagnosticado pelo médico clínico geral, pediatra ou gastroenterologista, de acordo com a avaliação dos sintomas da região afetada pela coceira. Em alguns casos é possível ver os vermes a olho nu na região anal.
O exame mais conhecido para identificar o oxiúrus é o Método de Graham, ou método da fita, que consiste em colar uma fita adesiva na região perianal do(a) paciente, que será observada posteriormente no microscópio.
Após a confirmação da verminose, o (a) médico (a) pode receitar o uso de medicamentos para vermes como por exemplo o Mebendazol e o Albendazol. Eles são utilizados em dose única e podem ser receitados novamente após 15 dias do tratamento inicial, para combater um novo ciclo parasitário.
Como já citado, quem está contaminado com o verme pode ter seus objetos pessoais, roupas de cama, roupas e toalhas, por exemplo, contaminados também e passar para outras pessoas.
Por isso, é importante o cuidado com a higiene, para que não contamine outras pessoas do mesmo ambiente. Além disso, é recomendado que a família faça o tratamento junto, para que não exista a proliferação da verminose, mesmo quando não houver sintoma da doença.
Acima de tudo, é importante ressaltar que o diagnóstico médico é imprescindível para realizar o tratamento adequado e que os métodos caseiros de medicação ou o popular banho de assento não são recomendados.
Da mesma forma, a automedicação não é indicada e os medicamentos citados devem ser adquiridos somente com prescrição médica.
Em mulheres, a condição pode progredir, avançando para uma vaginite e, se não for tratada, causar infertilidade, caso a doença chegue até as trompas. Em casos graves, o (a) paciente pode ter redução de peso, enjoo, náusea e dor abdominal.
Após todos os moradores da casa fazerem o tratamento, é importante manter uma rotina de cuidados com a higiene. Roupas, lençóis, toalhas e demais itens pessoais devem ser lavados, passados e trocados com frequência.
Além disso, é importante higienizar o assento sanitário com produtos de limpeza desinfetantes, lavar as mãos várias vezes durante o dia e, principalmente, após ir ao banheiro.
É importante seguir todos os passos de higiene para que não haja autoinfecção, retroinfecção e heteroinfecção, como citado anteriormente. Manter as unhas cortadas e limpas, consumir apenas água filtrada e lavar bem os alimentos também é fundamental.
O oxiúrus é uma doença comum, principalmente em crianças em idade escolar, mas ocorre em todas as idades e seu controle requer higienização e medicação adequada.
É de extrema importância procurar atendimento médico para realizar o tratamento específico e eficaz para curar a doença de forma rápida, sem complicações e desconfortos.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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