A pediculose, popularmente conhecida como infestações de piolhos, é uma doença parasitária contagiosa que pode surgir na cabeça, corpo, cílios, sobrancelhas ou na região dos pêlos pubianos.
Como ectoparasitas, os piolhos vivem no exterior do hospedeiro, utilizando do sangue humano como sua fonte de nutrição, o que pode causar sensação de coceira e formigamento na região afetada.
O piolho é pequeno e sem asas, pode ser visto a olho nu e a sua infestação ocorre do contato direto com o cabelo de uma pessoa infectada ou através de objetos compartilhados. Nos últimos trinta anos observou-se um aumento significativo na incidência de casos devido a multiplicação rápida do parasita, que, ao longo de sua curta vida de trinta a quarenta dias, é capaz de depositar mais de duzentos ovos.
Crianças em idade escolar são as mais atingidas pelo tipo capilar, com maior incidência em meninas, mas podem abranger qualquer sexo e idade, inclusive os adultos.
Parasitando os seres humanos, existem basicamente três tipos de piolhos:
Popularmente conhecidos como “chatos”, os piolhos pubianos são causados pelos Pthirus pubis e atingem tanto homens quanto mulheres a partir da puberdade, agarrando-se aos pêlos da região genital o que faz com que a doença seja considerada uma DST. O parasita pode viver também nos pelos das coxas, nádegas e parte inferior do abdômen.
Piolhos corporais são causados pelos Pediculus humanus humanus e frequentes em casos que os hábitos de higiene são precários, onde se agarram nas roupas do corpo e de cama, infectando o hospedeiro a partir do tecido.
Causados pelos Pediculus humanus capitis, os piolhos capilares são os mais comum entre os tipos de piolho e vivem agarrados aos cabelos e atacam o couro cabeludo, especialmente atrás das orelhas. Em crianças pequenas podem, às vezes, se desenvolver nas sobrancelhas e cílios.
Os piolhos são parasitas adquiridos através do contato próximo de objetos ou pessoas contaminadas, independente de sexo, idade, raça ou classe social. Em casos de piolhos corporais, a higiene precária é uma causa essencial.
As lêndeas consistem nos ovos do piolho depositados pelas fêmeas próximo ao couro cabeludo. Sua cor é semelhante a minúsculos pontos amarelos e brancos, visualmente parecida com caspa capilar, porém mais agregadas aos cabelos. São depositadas cerca de dez por dia, com o tempo médio de oito dias para o nascimento de um novo piolho. Após a eclosão, a casca permanece presa ao couro cabeludo.
Os piolhos adultos vivem cerca de três a quatro semanas, enquanto as ninfas se tornam adultas em cerca de uma a duas semanas após saírem do ovo. Os piolhos são pequenos, do tamanho de uma semente de gergelim, possuem a cor acastanhada ou preta e gostam de se reproduzir em áreas quentes, podendo sobreviver em até dois dias fora do cabelo até mover-se a um novo hospedeiro.
Os piolhos são mais comuns em ambientes aglomerados e se espalham facilmente. A transmissão ocorre de maneira semelhante às causas, como:
Quanto a transmissão de piolhos, é importante salientar:
As crianças entre 3 a 12 anos que vão para creche, pré-escola e escola primária são as principais preocupações, principalmente por parte de seus pais. Crianças desta idade costumam brincar muito perto e ter mais contatos capilares, como através da divisão de objetos entre os amigos.
Ambientes escolares tendem a ficar em alerta em épocas mais quentes, estação que costuma ter mais indícios de infestações. Adultos que convivem com estas crianças também possuem maiores chances de serem infestados com piolhos.
Em geral, os piolhos causam cócegas, pela sensação de algo se movendo acima da pele, e coceiras intensas, reação da saliva liberada quando o parasita se alimenta do hospedeiro. Casos intensos geram dificuldade para dormir e manchas vermelhas provenientes dessas coceiras.
É possível a contaminação de piolhos não acompanhada de sintomas, como em crianças que não reportam queixas de coceira.
Com o uso de um pente fino e boa iluminação é possível detectar a existência de piolhos, devendo estar alerta mesmo com uma única lêndea encontrada. O diagnóstico de uma infestação de piolhos deverá ser confirmado após encontrar uma ninfa ou piolho adulto vivo, caso contrário, provavelmente a infestação não está mais ativa e não precisará ser tratada.
Se você não tem certeza quanto a infestação de piolhos, deverá efetuar o diagnóstico com o médico especializado, que recolherá informações dos sintomas e do ambiente de convivência que o paciente está incluído. Os especialistas podem variar de acordo com o tipo da doença:
Pelo clínico geral, pediatra ou dermatologista será indicado shampoos a serem utilizados para tratar a infestação.
Os médicos a serem procurados para tratar os piolhos pubianos são o ginecologista ou urologista, que irão indicar a utilização de remédios antiparasitários.
O tratamento para piolho pode ser feito a partir de shampoos, cremes e loções inseticidas, em maioria adquiridos direto na farmácia. Métodos caseiros também são indicados, principalmente a crianças, por não serem tóxicos. Caso o problema persista ou seja mais grave, consulte um médico para ser receitado o uso de algum antibiótico oral.
Independente do método de tratamento escolhido, deve-se seguir as seguintes orientações:
Algumas substâncias usadas incluem:
Para usar o shampoo medicinal, enxague e seque o cabelo antes de aplicar o medicamento no couro cabeludo. Deixe o produto em torno de 10 minutos agindo e, em seguida, enxágue-o.
Deve-se verificar se há piolhos ou lêndeas em torno de 8 a 12 horas. Se encontrar piolhos vivos, deve repetir a aplicação após uma semana de uso. Se o problema ainda persistir, converse com seu médico para indicar outro tratamento.
Em grávidas, lactantes e crianças com menos de dois anos não é indicado o uso de substâncias com inseticida. Nestes casos, indica-se extrair os piolhos com um pente fino molhado. O processo é demorado e o vinagre ou azeite podem ser utilizados para ajudar na remoção.
Aqueça o vinagre ou azeite até ficar morno e misture-o com o condicionador ou água, aplique e abafe com uma touca de plástico. O processo irá dissolver a camada que envolve as lêndeas, impedindo a fixação no fio do cabelo. Este método não matará os parasitas, somente irá facilitar a retirada deles com o pente fino.
O chá de arruda elimina os piolhos e ajuda acalmar a coceira no couro cabeludo.
Modo de preparo e uso:
O aroma intenso do spray de citronela afasta os insetos, incluindo os piolhos.
Modo de preparo e uso:
Aplique um dos seguintes óleos em proporções iguais em todo o couro cabeludo e deixe-o agir durante a noite:
Pela manhã, lave o cabelo com um shampoo para cabelos oleosos.
Borrife o álcool canforado em todo o cabelo para evitar infestações de piolhos.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.Durante o período de infestação de piolho, deve-se lavar roupas e outros pertences pessoais do infectado separadamente. Pentes, escovas, presilhas e outros acessórios de cabelo devem ser mergulhados em água com a temperatura de 60 ºC com sabão durante 10 minutos.
Enquanto estiver sob tratamento dos piolhos capilares, deve-se evitar secar os fios com secador de cabelos. O indivíduo infectado deve ser afastado da escola e/ou ambiente escolar, para evitar espalhar o problema. Pessoas em seu convívio próximo devem ficar atentas se não possuem indícios da existência do piolho.
Aos piolhos pubianos, deve-se evitar relações sexuais, a fim de proteger seu parceiro, pois preservativos não impedem o contato dos pelos pubianos.
Coçar freneticamente as mordidas provocadas pelos piolhos pode levar a abertura de feridas e infecções, tal como a pioderma, causada quando a bactéria estafilococos, que vive em nossa pele, contamina a ferida aberta.
A infestação de piolhos não será resolvida sem o devido tratamento, pois o ciclo de vida do parasita se repete em torno de cada três semanas.
Caso não elimine também a origem do problema, como tratar outras pessoas que tiveram contato com o infectado, os parasitas podem voltar.
Piolhos capilares são difíceis de prevenir por se tratar de transmissão por aglomeração e não por higiene e derivados, mas seguem as adequações que podem ser feitas para evitar a infestação:
Para a prevenção dos demais piolhos também é aconselhado:
Fique alerta a qualquer sinal de coceira e examine com frequência a cabeça das crianças. A infestação de piolhos é algo comum, tal como o tratamento é simples e ao alcance de todos.
Para garantir sua saúde e a de seus familiares, compartilhe este artigo para que todos estejam cientes dos danos que este parasita pode causar.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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