Um novo medicamento foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de pessoas diagnosticadas com câncer, segundo alerta emitido.
Registrado pelo nome Mvasi, o remédio conta com o princípio ativo bevacizumabe e é classificado como biossimilar, isto é, altamente semelhante ao medicamento de referência.
Isso significa que o medicamento foi desenvolvido a partir do momento em que a patente do produto biológico expirou, o que representa uma oportunidade para novas empresas desenvolverem versões semelhantes.
Por ser um processo mais elaborado e com vários testes, a produção dos remédios biossimilares — como o Mvasi — acaba sendo mais cara do que as dos sintéticos. Por isso, existem poucos biossimilares aprovados.
Nessa fase de testes, o remédio foi comparado com o Avastin, um outro medicamento que tem o mesmo princípio ativo.
Esse procedimento é conhecido pelas autoridades de saúde como testes de comparabilidade, que servem para verificar o desempenho dos medicamentos e para ajudar na decisão de ser aprovado ou não pela agência.
Com a liberação, segundo a Anvisa, o remédio deve ser indicado para o tratamento de pacientes com diferentes tipos de câncer, tais como o colorretal, de pulmão, de mama, no rim, do útero e de ovário.
O medicamento também só deve ser utilizado seguindo uma prescrição médica, pois depende de uma avaliação clínica prévia.
A inclusão e aprovação do remédio também é importante para os médicos, que podem prescrevê-lo com maior segurança para os pacientes.
O que são os remédios biológicos?
Os medicamento biológicos são chamados assim por serem extraídos de seres vivos através de processos tecnológicos. Geralmente são proteínas ou moléculas com o tamanho maior do que as produzidas em laboratório (sintéticas).
Aliás, o que difere um medicamento biológico para um sintético é a maneira como ele é produzido. Por exemplo, os sintéticos são fabricados através de uma manipulação química, processo feito em laboratório.
Os biológicos, por outro lado, são feitos a partir de células vivas, presentes em plantas e diversos microrganismos.
Esses medicamentos considerados inovadores têm um papel importante na área da saúde, favorecendo a qualidade de vida dos pacientes e o trabalho dos profissionais da área.
Fonte: Anvisa