O câncer de mama é uma patologia que atinge milhares de mulheres todos os anos no Brasil. São frequentes as campanhas de incentivo ao autoexame e ao acompanhamento médico para check-ups anuais.
São diversas as opções de tratamento para essa doença, tais como o uso de medicamentos ou terapias hormonais. Dentre as opções, há remédios como o Faslodex.
Confira quais as indicações da bula, como o medicamento age e outras informações:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Faslodex é um dos nomes comerciais do remédio cujo princípio ativo (fármaco) é o Fulvestranto. Trata-se de um medicamento de referência do laboratório Astrazeneca e está disponível em versão injetável (para aplicação via intramuscular).
Essa medicação é utilizada no tratamento de alguns tipos de câncer de mama e atua inibindo o crescimento do tumor sensível ao hormônio estrogênio (responsável por grande parte dos casos). O que é possível devido à ação da substância Fulvestranto — pertencente à classe dos antiestrogênicos.
Nos próximos tópicos, veja as indicações do medicamento e a ação do princípio ativo.
De acordo com as indicações da bula, o medicamento Faslodex deve ser utilizado para o tratamento de câncer de mama em mulheres em qualquer idade, que estejam na pós-menopausa.
As condições são que o tumor esteja localmente avançado ou metastático (quando se espalha para outras partes do corpo), previamente tratado com um antiestrógeno — independente se a pós-menopausa ocorreu de forma natural ou foi induzida artificialmente.
Além disso, essa medicação também pode ser usada em associação com Palbociclibe. Nesse caso, o tratamento é indicado para mulheres nas mesmas condições anteriores, mas que tenham câncer de mama positivo para o receptor hormonal (RH) e negativo para o receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER-2).
Também é necessário que, neste caso, tenham realizado tratamento anterior com terapia endócrina (hormonal).
O princípio ativo Fulvestranto atua como uma substância competitiva, ou seja, liga-se ao receptor de estrogênio e inibe o crescimento do tumor, em casos de câncer de mama.
Ele impede a produção do estrogênio, nome genérico dos hormônios responsáveis pela ovulação e desenvolvimento de “características femininas”. Isso pois esse é um dos maiores responsáveis pela ocorrência do câncer de mama.
Dessa forma, a substância faz com que o estrogênio seja temporariamente eliminado do corpo e, assim, com que o tumor pare de se desenvolver.
Sim. Conforme mencionado no tópico anterior, o Fulvestranto (princípio ativo do Faslodex) atua inibindo/bloqueando os efeitos do hormônio estrogênio no organismo.
Dessa forma, o Faslodex pode ser classificado como hormonioterapia — pois a categoria engloba medicações que agem bloqueando ou interferindo na produção hormonal.
O Faslodex é uma medicação injetável, de aplicação via intramuscular (diretamente dentro do músculo). A bula indica que a injeção seja preparada e aplicada por um(a) profissional da saúde, com supervisão médica e em ambiente adequado.
Além disso, a aplicação deve ser realizada na região da nádega e feita lentamente — também é necessário cuidado por parte do(a) profissional devido à proximidade com o nervo ciático.
Há, ainda, indicações de que o Faslodex pode ser administrado em conjunto com o Palbociclibe (substância medicamentosa). Entretanto, nesse caso, é necessário que as pacientes sejam tratadas de forma prévia com agonistas de LHRH (hormônio liberador de gonadotrofina).
Vale destacar que, quando usados em combinação, é preciso atentar-se para as recomendações da bula de ambos — considerando que podem ter divergências, inclusive na dose. O que deve ser sempre avaliado por um(a) médico(a).
Quanto à posologia em casos de monoterapia, a bula recomenda que sejam administrados 500mg por via intramuscular em 2 injeções de 5mL (uma em cada nádega).
Deve-se respeitar o intervalo de 1 mês e é necessário uma dose adicional de 500mg após 2 semanas da dose inicial.
Assim como qualquer medicamento, o Faslodex pode causar efeitos colaterais às pessoas que realizam o seu uso. É preciso lembrar que é um fator relativo, pois algumas pacientes podem não apresentar enquanto outras podem, inclusive, ter mais de uma reação.
De acordo com a bula, as reações adversas muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes) são:
Há, ainda, as reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes):
Para saber mais informações sobre reações incomuns/raras, é ideal procurar auxílio médico e ler a bula do medicamento.
Não há na bula do medicamento Faslodex indicação do aumento de peso como um possível efeito colateral. Dessa forma, não há comprovações de que o tratamento com essa medicação possa engordar.
Entretanto, algumas possíveis reações adversas do medicamento podem alterar a alimentação, tais como vômito ou náuseas. Então é preciso estar atento(a) quanto a qualquer mudança.
Caso você note alterações em seu peso sem alguma razão aparente, deve informar o(a) médico(a) responsável pelo seu caso. Ele(a) poderá investigar a causa da alteração de peso e relacionar, ou não, esse fator com a medicação.
Sim. O Faslodex está registrado na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sob o número 116180114 e é classificado como um medicamento antineoplásico.
Sendo assim, é comercializado como uma medicação segura e com eficácia comprovada a partir de testes específicos.
O preço* do medicamento Faslodex pode variar conforme a disponibilidade e também de acordo com a sua região. Há duas formas de comercialização do remédio:
Vale destacar que essa medicação só é vendida para hospitais.
*Preços consultados em fevereiro de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Sim. O medicamento Faslodex tem versões genéricas e similares disponíveis, são elas:
Vale lembrar que nenhum medicamento deve ser substituído, ou utilizado simultaneamente, sem a prescrição do(a) médico(a) responsável pelo caso.
Não. O medicamento Faslodex (cujo princípio ativo é o Fulvestranto) não consta na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) de 2020 — assim como seu princípio ativo.
Além disso, o remédio também não é classificado como uma medicação de dispensa excepcional. Por isso, atualmente não é disponibilizado pelo SUS.
Em casos de não disponibilidade via Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes com laudo médico podem fazer requerimento judicial para receber o tratamento custeado pelo Governo Federal ou até mesmo através do Plano de Saúde – se for o caso.
Para isso, é preciso abrir um processo de acordo com as requisições estipuladas. Entre elas está a entrega de documentos que incluem: laudo médico, exames, requerimento padrão e orçamento de 3 farmácias.
Considerando a grande gama de redes de comercialização, é possível contar com o auxílio da assessoria em cotações judiciais para aquisição de medicamentos para realizar o orçamento de forma facilitada.
Ao acessar o link, basta realizar o seu cadastro informando alguns dados pessoais e o medicamento necessário. Por fim, clique em “solicitar cotações” e aguarde o retorno em breve.
O tratamento com hormonioterapia é apenas um dos possíveis para o caso de câncer de mama. Também é comum que as pessoas portadoras da doença precisem realizar tratamentos mais invasivos, como radioterapia ou cirurgia.
Porém, caso as precauções sejam tomadas de maneira devida (autoexame e acompanhamento médico para exames anuais, tais como mamografia) há como descobrir a doença de forma mais precoce.
Com isso, muitas vezes é possível realizar tratamentos não invasivos, por exemplo, o uso de medicações como o Faslodex.
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Dra. Francielle Mathias
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