A melancolia foi descrita por Aristóteles como um um fenômeno caracterizado por acontecimentos somáticos e que seriam determinantes para a vida psíquica do indivíduo. Contudo, Sigmund Freud a define como um acontecimento psíquico que influencia no corpo.
Por um lado, Aristóteles a define como Problema XXX e usa como exemplo homens geniais que apresentam doenças causadas pela bílis negra, ou seja, a melancolia. Além disso, o filósofo afirma que é preciso conhecer a causa da melancolia e a sua essência, mas que o melancólico não é um doente.
Contudo, para o psicanalista Freud, a condição se dá pela falha de identificação e de sentido de vida, principalmente quando se tenta corresponder às expectativas de outros.
Dentro da visão da psicanálise Freudiana, Christopher Lasch se refere à maneira de socialização doente e narcisista, diante da produção de situações da vida real, por coisas que lhe dão satisfação imediata.
Para Lacan, a melancolia aconteceria pelo castigo ou culpabilidade dada a si mesmo quando não há a força e energia para alcançar objetivos pessoais.
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Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
A melancolia é causada pela dificuldade de se guiar para alcançar seus próprios desejos. Isso ocorre, possivelmente, pela falha em entender e superar sentimentos diante de uma perda efetiva e significativa durante o desenvolvimento.
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Os principais sintomas da melancolia são:
Na depressão, a pessoa se desinteressa pelo mundo externo por conta de um acontecimento real, traumático, luto, dificuldades profissionais e, até mesmo, separação.
Além disso, a depressão se caracteriza como uma falha na simbolização da ausência, como por exemplo, uma criança que teve os cuidados de uma mãe presente, que sempre supriu suas necessidades e nunca faltou, faz com que essa pessoa tenha dificuldades em faltas e ausências.
Já na melancolia, há a perda de si mesmo, não extra. Isso se dá a partir da formação de si mesmo e através do que os outros esperam ou querem, causando falha na construção da imagem de si, em comportamentos ou sentimentos autodestrutivos.
Por fim, a tristeza, diferente da melancolia e da depressão, é uma emoção que surge diante de situações. Essa emoção expressa dentro da depressão e da melancolia, sendo manifestada pelo choro, afastamento ou silêncio, sendo uma das emoções com maior durabilidade e ter outras emoções associadas, como angústia e desesperança.
A melancolia pode ser diagnosticada por um(a) psicólogo (a) ou, até mesmo, por um (a) psiquiatra. Primeiramente, é avaliada a história de vida do (a) paciente, assim como é feita a análise do discurso, que dentro de um setor da psicologia se baseia nas falas dos pacientes sobre si mesmos e as expectativas dos outros que ele tenta suprir.
Dentro da terapia, existe a possibilidade do (a) paciente desenvolver habilidades que se voltem para identificar dentro de si qualidades, a influência delas no mundo exterior, no quanto o seu modo de ser pode ser benéfico e quebrar com os pensamentos e ideias divergentes sobre si.
O tratamento para a melancolia se baseia na psicoterapia, contudo, outro fator que pode ser apoio para a evolução do (a) paciente é o envolvimento e compreensão da família.
Em casos graves, o (a) psiquiatra deverá ser consultado, pois alguns casos poderão demandar o uso de medicamentos, como é o caso dos antidepressivos.
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A melancolia é caracterizada pela perda de si mesmo, onde o (a) pessoa busca realizar o que os outros esperam ou querem, atrapalhando na construção da imagem de si mesmo e resulta em sentimentos autodestrutivos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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