Saúde

Febre do Mayaro: sintomas e diferença entre dengue, Zika e Chikungunya

Publicado em: 13/05/2023Última atualização: 13/05/2023
Publicado em: 13/05/2023Última atualização: 13/05/2023
Mosquito consumindo sangue de um mamífero.Ainda pouco comum entre humanos, a Febre do Mayaro já preocupa cientistas em meio ao aumento nos números de arboviroses.
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Febre do Mayaro é uma doença transmitida por mosquitos e que causa sintomas semelhantes a outras viroses. Mais especificamente, trata-se de uma arbovirose, ou seja, uma infecção causada por vírus que infectam vertebrados por meio de vetores artrópodes, como insetos e aracnídeos, que se alimentam de sangue (hematófagos).

As chamadas arboviroses estão espalhadas pelo mundo, sendo muito mais comuns em áreas de clima tropical e subtropical, como o Brasil, onde a doença já tem uma história significativa. 

O vírus Mayaro (MAYV) foi identificado pela primeira vez em 1954, no país caribenho Trinidad e Tobago. No ano seguinte, Belém do Pará já anunciava uma epidemia.

Pesquisas epidemiológicas apontaram que, de 1960 a 2010, o Brasil foi o país com mais casos e, agora, os números voltam a causar preocupação em diversas regiões do país, gerando um alerta para o que pode se tornar um problema de saúde pública.

Para saber mais sobre os sintomas causados pelo MAYV e como os diferenciar daqueles causados por outras viroses, continue a leitura do artigo.

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

  1. O que causa a febre do Mayaro?
  2. Transmissão
  3. Qual a diferença entre Mayaro, Zika, Chikungunya e dengue?
  4. Sintomas
  5. Como é feito o diagnóstico?
  6. Tratamento para febre Mayaro
  7. Como prevenir?

O que causa a febre do Mayaro?

Embora tenha a ver com mosquitos, a doença é causada pelo vírus Mayaro, que, quando afeta humanos, pode iniciar surtos caracterizados por pacientes com queixas de:

  • Febre sem causa aparente;
  • Dor nas articulações (artralgia).

A predominância desses sintomas é o motivo pelo qual muitas pessoas, inclusive profissionais de saúde, confundem a febre do Mayaro com casos de dengue ou chikungunya, por exemplo.

Leia também: Virose da mosca: saiba os sintomas e como prevenir 

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Transmissão

Até o momento, o MAYV é apenas uma ameaça para os humanos e uma preocupação para epidemiologistas. Isso porque esse vírus ainda é predominantemente selvagem, sendo transmitido entre primatas com a ajuda de mosquitos silvestres.

Esses mosquitos, que se alimentam de sangue, são os vetores responsáveis por ajudar o vírus a se espalhar. Eventualmente, algum humano pode ser picado, tornando-se um “hospedeiro acidental”, uma vez que a doença ainda não é comum entre a espécie humana, estando raramente associada a ambientes urbanos.

Grosso modo, mosquitos e animais silvestres vivem o ciclo de infecção, contaminando e sendo contaminados, com o mosquito surgindo como principal responsável pela “distribuição” do causador da doença.

Quando um mosquito contaminado pica um humano ao acaso, este pode ser infectado, iniciando um novo ciclo que pode se espalhar entre a espécie. A partir disso, o vírus pode sofrer novas mudações, adaptando-se cada vez mais ao organismo humano e causando diferentes sintomas.

Atualmente, diversas espécies de mosquito podem estar envolvidas na transmissão do MAYV, sobretudo os do gênero Haemagogus. Para além disso, já foram detectadas cepas em amostras de insetos dos gêneros Culex, Sabethes, Psorophora, Coquillettidia e Aedes (incluindo o aegypti, transmissor da dengue).

Mosquito consumindo sangue de um mamífero.
Por enquanto, o vírus circula principalmente entre a fauna silvestre, mas preocupa a possibilidade de mutações adaptadas ao ambiente urbano.
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Qual a diferença entre Mayaro, Zika, Chikungunya e dengue?

Basicamente, a principal diferença é o próprio vírus, uma vez que todas essas arboviroses são doenças com sintomas semelhantes. 

Febredor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e dor nas articulações são comuns nas quatro viroses. Confira o que é considerado como diferencial de cada uma delas: 

  • Dengue: mal-estar, falta de apetite, dores nos olhos e nos ossos;
  • Chikungunya: coceira e olhos vermelhos;
  • Zika: dor nos ossos, olhos vermelhos e febre baixa (na demais viroses, a temperatura pode ultrapassar os 38ºC);
  • Mayaro: inchaço nas articulações e dor muscular.

Embora os sintomas sejam indicativos, ainda assim é necessário um exame laboratorial para definir com exatidão o vírus que está infectando um(a) paciente.

Sintomas

Os principais sintomas da febre Mayaro incluem:

  • Febre (acima de 37,5ºC);
  • Calafrios;
  • Tontura;
  • Coceira;
  • Dor muscular e/ou nos olhos;
  • Dor e inchaço nas articulações;
  • Alterações gastrointestinais.

Os efeitos do MAYV podem ser sentidos por três ou quatro semanas em pacientes saudáveis e imunocompetentes, não trazendo maiores riscos à saúde. Quando há complicação do quadro, no entanto, o(a) paciente pode desenvolver febre hemorrágica ou miocardite.

Se você apresenta alguns dos sintomas listados acima, busque ajuda médica quanto antes!

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Como é feito o diagnóstico?

Assim como acontece com outras viroses, o diagnóstico é realizado com base na análise clinica dos sintomas, informação que pode ser somada a dados sobre período ou região endêmica da doença.

No entanto, quando se faz necessária a definição exata do tipo de virose, o(a) médico(a) poderá solicitar uma análise laboratorial das secreções, como o material recolhido do nariz ou da boca.

Tratamento para febre Mayaro

Uma das maiores preocupações com a possibilidade de uma epidemia de febre Mayaro é justamente a falta de tratamento. Atualmente, não existem vacinas, antivirais e tratamentos profiláticos contra MAYV que sejam eficientes e aprovados para uso em humanos. 

O tratamento, portanto, visa controlar ou diminuir os sintomas com o uso de anti-inflamatóriosantitérmicos e analgésicos.

Como prevenir?

Ainda não foram definidos os métodos de prevenção eficazes para evitar a disseminação do MAYV. Mesmo assim, podemos prever que alguns hábitos são bastante úteis, como o uso de bons repelentes em áreas silvestres.


Ainda pouco comum entre humanos, a febre do Mayaro preocupa pesquisadores pela possibilidade de surgir uma epidemia, cenário que fica mais grave diante da ausência de vacina ou tratamento específicos.

Para saber mais sobre saúde, doenças e seus tratamentos, continue acompanhando os artigos do Minuto Saudável e siga nossos perfis nas redes sociais.


Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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