Um dos grandes desafios da medicina é replicar ou substituir órgãos comprometidos por doenças ou traumas. Entre os procedimentos do tipo há a faloplastia, cirurgia plástica peniana que visa a reconstrução do órgão íntimo masculino. 

As pressões estéticas e as desinformações propagadas sobre procedimentos para aumento peniano levam muitos pacientes a crer que a cirurgia tem essa finalidade, mas não é bem assim. 

Este artigo serve como um guia para sanar as maiores dúvidas a respeito do procedimento, quando é indicado e como funciona. Confira!

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que é e para que serve o procedimento de faloplastia?
  2. Para quem é recomendada a faloplastia?
  3. Como funciona o procedimento de faloplastia?
  4. Quais profissionais podem realizar a faloplastia?
  5. Contraindicações
  6. Riscos da faloplastia

O que é e para que serve o procedimento de faloplastia?

A faloplastia, também conhecida como “plástica peniana”, é um procedimento cirúrgico de reconstrução do pênis em casos de trauma ou de condições congênitas. A cirurgia tem como objetivo melhorar a capacidade funcional do órgão e é considerada de alta complexidade pois envolve, na maioria das vezes, mais de um procedimento. 

Além disso, é importante ressaltar que a cirurgia é realizada apenas quando há uma razão fisiológica (que diz respeito ao funcionamento do órgão) que necessita de reparos. 

Para quem é recomendada a faloplastia?

O procedimento cirúrgico da faloplastia é indicado, principalmente, para correção de condições congênitas (presente desde o nascimento) que causam deformações no órgão, além de casos onde houve a perda parcial ou total do pênis por conta de traumas. Ademais, o procedimento também pode ser realizado no caso de cirurgia de redesignação sexual. 

Entre as condições para as quais a faloplastia é recomendada estão:


  • Traumas causados por queimaduras, acidentes, complicações cirúrgicas e mutilações, por exemplo; 
  • Má-formação peniana;
  • Câncer de pênis;
  • Amputações por motivos médicos;
  • Afalia (condição congênita na qual o indivíduo nasce com a ausência do falo);
  • Epispádia (condição de caráter congênito na qual a urina sai pelo local errado);
  • Hipospádia (malformação congênita na qual a abertura do pênis se encontra em local inadequado);
  • Genitália ambígua (condição que é caracterizada por órgãos sexuais malformados ou não claramente masculinos ou femininos). 

Leia também: Amputação de pênis: o que causa e como prevenir? 

Como funciona o procedimento de faloplastia?

A cirurgia é feita por meio da transferência de tecidos de outras partes do corpo (transferência tecidual) para o órgão. Os locais mais comuns para a retirada do tecido são o antebraço (retalho antebraquial), as coxas (retalho anterolateral da coxa) e as costas (retalho miocutâneo de grande dorsal). 

Além disso, a cirurgia tem o objetivo de preservar todas as funções do órgão, permitindo que o paciente urine normalmente e mantenha relações sexuais. 

A cirurgia é feita por meio da transferência de tecidos.

Quais profissionais podem realizar a faloplastia?

Os profissionais da saúde que estão aptos a realizar a faloplastia são os (as) urologistas em conjunto com os (as) cirurgiões plásticos. Além disso, o procedimento deve ser feito em ambiente hospitalar. 

Contraindicações

A Sociedade Brasileira de Urologia se posiciona contra a realização da cirurgia por estética e reforça para os (as) profissionais que a orientação ética e honesta é não operar os pacientes que os (as) procuram por este motivo. 

Além disso, a entidade reforça que a operação para aumento do pênis ainda tem caráter experimental e investigacional e, não há evidências de sua efetividade e segurança. 

Portanto, o procedimento não é indicado por motivos estéticos como o aumento peniano, visto que não há estudos que confirmem sua eficácia.  

Riscos da faloplastia

Assim como todo procedimento cirúrgico, a faloplastia pode ter riscos. Entre eles estão:

  • Infecção;
  • Estenose da uretra (condição na qual a uretra se encontra parcialmente ou totalmente obstruída);
  • Fístula urinária (condição onde o trato urinário tem uma conexão anormal com outro órgão);
  • Perda fálica parcial. 

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O procedimento da faloplastia é de alta complexidade e só é recomendado quando há necessidade fisiológica. Caso surjam maiores dúvidas entre em contato com um (a) médico (a). 

É importante ressaltar que não há um procedimento, cirúrgico ou não, para aumento do pênis com 100% de efetividade. 

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Referências


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