A estimulação magnética transcraniana (EMT) é a uma técnica descrita inicialmente no ano de 1985 pelo médico inglês Anthony Baker.
Usada atualmente por neurocientistas, médicos e fisioterapeutas, o procedimento emite pulsos eletromagnéticos precisos que estimulam ou inibem o funcionamento de áreas específicas do cérebro. A partir disso, proporciona melhora dos sintomas de algumas condições.
No ano de 2006, foi autorizada a prática desse método no Brasil. Contudo, somente em 2012 o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou, com ressalvas, que o tratamento deveria ser aplicado em casos específicos, como depressão e alucinações auditivas, sintoma presente na esquizofrenia.
Para saber mais sobre a estimulação magnética transcraniana, para que serve, quando é indicada e seus efeitos colaterais, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo você encontrará:
O procedimento é utilizado no tratamento de condições prejudiciais à qualidade de vida do(a) paciente após a tentativa de outros tratamentos, como farmacológicos e terapêuticos, não serem suficientes para reduzir os sintomas considerados graves, e comprometem o bem-estar do(a) paciente.
A estimulação magnética transcraniana é indicada como terapia para condições como:
A depressão é responsável por causar desequilíbrio entre os hemisférios cerebrais. Isso quer dizer que um dos lados do cérebro fica mais ativo enquanto o outro fica com a atividade reduzida. O primeiro médico a aplicar essa terapia na condição foi o médico Mark George.
Na sessão, ele usou pulsos eletromagnéticos (curto pulso de energia eletromagnética) com o intuito de exercitar uma região específica do cérebro e, consequentemente, aumentar a estabilidade entre os dois lados do cérebro.
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Doença crônica e progressiva que apresenta diminuição das reações do organismo (metabolismo) em determinadas regiões do cérebro.
Assim, a EMT direciona os pulsos elétricos para estimular a produção dopamina, neurotransmissor conhecido como responsável pela sensação de felicidade, nas áreas acometidas pela doença e auxiliar na obtenção de melhores resultados durante o tratamento.
O método terapêutico em baixa frequência é indicado em pacientes diagnosticados(as) com esquizofrenia. Dessa forma, ele auxilia na redução de alucinações auditivas (sons e falas irreais), resultado de grande atividade cerebral em áreas específicas do cérebro.
A condição é caracterizada por causar zumbidos no ouvido. Em alguns casos, os(as) pacientes não conseguem ter uma vida “normal”, atrapalhando significativamente em sua rotina.
Com isso, a TMS é usada para inibir ou diminuir a atividade das células responsáveis pela percepção dos zumbidos.
No AVC, o procedimento pode ser utilizado de dois modos: a partir da estimulação da área lesionada ou na diminuição da atividade do hemisfério cerebral saudável.
Com base nisso, pessoas diagnosticadas com déficits motores (dificuldade de movimento em alguns membros), afasias (dificuldade em falar ou entender a fala) e heminegligencia (sintoma quando há lesão de um hemisfério) são muito beneficiados.
A duração das sessões varia de 20 a 50 minutos. No início, elas são diárias e, com a evolução da melhora dos sintomas,, as sessões se tornam mais espaçadas.
Basicamente, o(a) paciente se senta em uma cadeira e, em seguida, tem uma touca chamada de Startim colocada na cabeça, que possuí diversos eletrodos, possibilitando a aplicação da estimulação. Por fim, a bobina, responsável por gerar os pulsos elétricos, é colocada na cabeça do(a) paciente.
Feito isso, os pulsos eletromagnéticos (excitatórios ou inibitórios) são regulados conforme os sintomas, gravidade e a reposta da melhora dos sintomas do(a) paciente, e gerados em áreas específicas no cérebro.
Importante! Durante as sessões, o uso de aparelhos eletrônicos é proibido.
Os efeitos colaterais são menores se comparados com abordagens farmacológicas, mas podem ocorrer os seguintes sintomas:
O procedimento é contraindicado em pacientes com marcapasso cardíaco, aparelho eletrônico ou metálico intracraniano, como o clip colocado em aneurisma cerebral, e com falhas ósseas na cabeça.
A estimulação magnética transcraniana é realizada por médicos psiquiatras ou neurologistas especializados nesse tipo de abordagem.
O preço da sessão varia, podendo chegar a custar no mínimo R$ 300,00. Porém, como citado acima, a quantidade de sessões e o tempo de tratamento varia conforme as necessidades e diagnósticos de cada paciente.
A Estimulação Transcraniana Magnética é uma técnica usada por médicos(as) psiquiatras e neurologistas para tratar condições que são resistentes ao tratamento por medicamentos.
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Esp. Thayna Rose
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