Claustrofobia: o que causa, sintomas e tratamento

O que causa claustrofobia?

As principais causas da claustrofobia têm origem genética, comportamental, cognitiva e social. Isso porque, quando exposto a uma situação que provoca ansiedade, medo ou aversão, o cérebro acaba associando o local onde ocorreu o acidente com a causa de angústia, tornando-o um gatilho.
Portanto, se uma pessoa apresentar forte crise de ansiedade em um acidente de trânsito, pode haver uma associação entre dirigir e acidentar-se, tornando o hábito de dirigir em um evento fóbico.

Um estudo genético mostrou que pacientes com claustrofobia possuem alterações nas torções no gene 15. Essas alterações geram 3 cópias de genes ao invés de 2, quantidade considerada padrão.

Além disso, essas mesmas alterações foram encontradas nas células cerebrais e em síndromes que causam hipermobilidade, e são apontadas como causadoras da doença do pânico e da ansiedade.

Sintomas de claustrofobia

O que difere a claustrofobia das outras fobias é o evento traumático. Nesse caso, os gatilhos da condição são desencadeados por medo de situações, ambientes fechados, tumultuados ou com pouca circulação de ar, por exemplo.

Porém, os sintomas das fobias são muito semelhantes. Entre os mais característicos estão:
 

• Taquicardia (coração acelerado);
• Sudorese (suor);
• Tremores;
• Falta de ar ou sufocamento;
• Sensação de perigo ou morte eminente;
• Dor ou desconforto torácico;
• Vertigem ou desmaio;
• Parestesia;
• Medo de perder o controle;
• Esquiva do evento fóbico.

Caso você tenha se identificado com algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda médica e psiquiátrica!
 

Leia mais: Terapia para ansiedade: descubra como ter mais saúde mental 

Diagnóstico

O diagnóstico da claustrofobia é feito por um (a) psiquiatra, profissional mais qualificado (a) para identificar a condição e sugerir tratamentos. O diagnóstico é fechado considerando os sintomas que precisam de, no mínimo, 6 meses de duração para se enquadrarem na condição.

Tratamento para claustrofobia

Para amenizar os sintomas causados pela claustrofobia, o (a) psiquiatra pode prescrever medicamentos antidepressivos, pois eles atuam diretamente na serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de medo, angústia e perigo.

Além do tratamento medicamentoso, também é recomendado acompanhamento psicológico para que haja percepção sobre o medo excessivo e desenvolvimento de habilidades para lidar com os gatilhos.

Vale ressaltar que o envolvimento da família no processo terapêutico é essencial, pois, além de se desprender de preconceitos, a compreensão da condição também  auxilia no entendimento do que o (a) paciente está sentindo.

Claustrofobia tem cura?

Sim, a claustrofobia tem cura, mas é preciso seguir à risca o tratamento sugerido pelo (a)  psiquiatra. Portanto, além do uso da medicação, as sessões terapêuticas também são efetivas para a melhora do quadro fóbico.

Convivendo

Os sintomas causados pela claustrofobia não somem rapidamente e o tratamento exige paciência e persistência. O acompanhamento terapêutico é essencial para que esse processo de cura seja alcançado, pois há a possibilidade de aprendizado sobre si mesmo, sobre as crises e as maneiras de contê-las.
 

Como vimos no tópico de tratamento, o envolvimento da família também é importante, pois ajuda na melhora dos resultados acerca dos sintomas.

Como agir em uma crise de claustrofobia?

As crises de ansiedade desencadeadas pela claustrofobia são muito parecidas com  crises de pânico, portanto, é muito importante focar na respiração! A seguir, você confere o passo a passo de um exercício de respiração simples, mas recomendado para esse tipo de situação:

1. Solte todo o ar; 
2. Inspire profundamente pelo nariz por 3 segundos ou até sentir uma breve tontura; 
3. Segure o ar por 5 segundos;
4. Solte o ar devagar pela boca;
5. Repita este exercício de 6 a 10 vezes.

Vale ressaltar que é importante identificar os pensamentos e sentimentos que surgem nesse momento para que sejam trabalhados em terapia.

A claustrofobia é uma fobia que se caracteriza por medo ou ansiedade excessiva de algumas situações ou por entrar em ambientes fechados ou de pouca ventilação.
Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação parecida, procure ajuda médica!

Para mais informações sobre saúde e saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!

Referências

• A Ansiedade dos Pacientes que Sofrem de Claustrofobia e Misofonia na Realização de Exames de Ressonância Magnética - Base Institucional Acadêmica do Instituto Federal do Piauí;
• Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 - American Psychiatric Association;
• Manual Prático de Terapia Cognitivo Comportamental - Casapsi Livraria e Editora Ltda;
• 183 O implacável gene causador da ansiedade e do pânico - Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental.