O cisto sebáceo ou cisto epidérmico, é um nódulo indolor que surge sob a pele, podendo aparecer em qualquer região do corpo. Possui um formato arredondado e, quando pressionado, pode se movimentar por baixo da pele.
Apesar de assustar, trata-se de uma condição benigna (não cancerosa) que não traz muitas complicações. O cisto, em si, é composto por substâncias presentes na pele, como queratina, células mortas e sebo, que quando se acumulam formam uma cápsula, e portanto não conseguem ser reabsorvidas pelo organismo.
Na maioria das vezes, o cisto causa apenas um desconforto estético e não necessita tratamento. Contudo, é preciso manter-se atento para ver se o nódulo apresenta sintomas como dor, vermelhidão, liberação de secreção, entre outros, que podem indicar um processo inflamatório e, às vezes, até infeccioso, que demandam maior cuidado.
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
Algumas características básicas dos cistos sebáceos são:
Na camada mais superficial da pele, existem células protetoras que, com o tempo, ficam velhas, morrem e “caem”, por assim dizer. O problema é que, no caso do cisto, as células se desprendem da superfície da pele, mas ficam “presas” dentro do cisto e isso cria um bloqueio para a reabsorção dessas substâncias. Com isso, tem origem essa protuberância benigna por baixo da pele. Em geral, pode acontecer devido a:
O folículo piloso é uma estrutura que dá origem aos pelos do corpo. Todo pelo possui seu próprio folículo. Quando alguma coisa, por exemplo, uma lesão, danifica um desses folículos, as substâncias da pele podem se acumular ali e bloquear a passagem normal que tinha, dando origem a um cisto.
As glândulas que produzem o sebo são chamadas de glândulas sebáceas e, muitas vezes, podem estar envolvidas no aparecimento de um cisto epidérmico. Isso porque quando há alguma lesão ou ruptura em alguma dessas glândulas, pode haver um acúmulo de sebo (ou sebum) e outras substâncias, levando ao desenvolvimento de um cisto.
Vale lembrar que a acne é um grande fator de risco para a ruptura de uma glândula sebácea. Por isso, quem sofre com essa condição deve ficar atento ao aparecimento de nódulos indolores e maiores que espinhas.
Os cistos podem, também, ser congênitos, ou seja, ter ligação com o desenvolvimento do bebê durante a gestação.
Isso quer dizer que em algum momento durante o desenvolvimento, pode ter havido um deslocamento da camada superficial da pele para uma camada mais abaixo de que deveria ser, levando à formação de um cisto epidérmico.
Existem diversas doenças inflamatórias da pele que podem levar ao aparecimento de cistos por conta dos danos que elas provocam nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas.
Os cistos podem aparecer nas mais diversas áreas do corpo, mas é mais comum de aparecer:
Muito embora os cistos possam aparecer em qualquer idade, não são muito comuns em crianças. Assim, suas manifestações ocorrem, em sua maioria, depois da puberdade.
Existem alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de um cisto. Sendo que a mais comum é a lesão na pele, seja uma ferida aberta ou um esmagamento, que pode danificar a pele e contribuir para o aparecimento de cistos.
Definitivamente não, pois isso pode inclusive piorar a condição! O cisto é um nódulo, que se encontra mais profundamente na pele e é coberto por uma cápsula que não estoura facilmente. Sendo assim, uma tentativa de estourá-lo só traria frustração. Além de não se romper, poderia provocar uma inflamação e aumentar as chances de infeccionar o local.
Alguns cistos que apresentam o cravo no centro da lesão, quando apertados secretam um conteúdo fétido e amarelado. Porém, como a cápsula não é retirada pela espremedura, o cisto voltará a se formar e o risco de inflamação e/ou infecção aumenta com a manipulação.
Geralmente, o diagnóstico do cisto sebáceo não requer exames complexos. De fato, um (a) dermatologista será capaz de diagnosticar a condição apenas ao olhar para o nódulo, em um simples exame físico.
Caso tenha dúvidas a respeito da natureza do cisto, o (a) profissional pode também solicitar exames complementares, como a ultrassonografia (para visualizar o interior do cisto) e a biópsia (em casos muito específicos para confirmar se o nódulo é benigno ou maligno).
Se tiver qualquer dúvida sobre o cisto ou se você não tem certeza de que realmente se trata de um cisto epidérmico, o (a) médico (a) deverá ser consultado (a) para esclarecer as dúvidas e fazer o diagnóstico.
Vale lembrar que um cisto é considerado sinal de perigo quando seu diâmetro é maior que 6cm, quando sua recorrência se dá rapidamente após sua remoção ou quando há sinais de infecção, como vermelhidão, dor e pus.
Além disso, se você já sabe que se trata de um cisto epidérmico, mas:
Então, você também precisa de atendimento médico.
Quando inflamado, o cisto provoca dores e até mesmo coceira. São diversos sintomas desagradáveis que podem atrapalhar a rotina do (a) paciente. Nesses casos, o (a) dermatologia poderá definir o tratamento adequado para o seu caso.
É possível que ele (a) indique medicamentos anti-inflamatórios e proponha uma remoção cirúrgica. Caso ele (a) perceba algo fora do comum, poderá pedir outros exames para poder prosseguir com o tratamento.
Sim, o cisto sebáceo pode ser curado. Existem diversas técnicas para auxiliar a reabsorção do cisto pelo organismo, assim como há a possibilidade de remoção, no caso dos cistos maiores.
Contudo, vale lembrar que os cistos podem voltar, especialmente caso a cápsula que o abriga no organismo não seja inteiramente removida.
Como não costuma ter complicações para a saúde, nem sempre o cisto sebáceo precisa de tratamento. Mesmo assim, como costuma causar grande desconforto estético, é comum que as pessoas desejem removê-lo. Para isso, há algumas alternativas, que devem ser conversadas com o (a) dermatologista, como:
Trata-se de um procedimento simples e rápido, em que é feita uma incisão (corte) no cisto para drenar seu conteúdo. Embora a pessoa fique livre do cisto por algum tempo, ele tende a voltar, uma vez que a cápsula do cisto não é inteiramente removida e pode ser facilmente preenchida novamente. Por isso, essa técnica só é feita para os cistos infeccionados. Não é uma cirurgia para remoção do cisto, é um procedimento cirúrgico para tratar os cistos infectados.
Por outro lado, o risco de recorrência na excisão total é muito menor, pois o cisto é inteiramente removido, incluindo sua cápsula. Contudo, não costuma ser realizada quando há uma inflamação ou infecção.
Sendo assim, dependendo do estado do cisto, o médico pode receitar uma injeção de corticosteroides local para reduzir os sintomas de inflamação. Depois de cerca de algumas semanas, ele irá realizar a excisão total, removendo todo o cisto.
Vale lembrar que a excisão total requer pontos (suturas) e, por isso, será necessário que o paciente volte após 1 a 2 semanas para a retirada dos pontos.
Como não tem evidências científicas, não há tratamentos caseiros que sejam adequados para o tratamento do cisto sebáceo. Sendo que, passar produtos na região pode acabar piorando o quadro com alguma reação adversa.
Não existem medicamentos específicos para o tratamento de cisto sebáceo. Alguns medicamentos melhoram a inflamação, outros tentam diminuir a produção de sebo, o que muitas vezes reduz o tamanho dos cistos. No entanto, somente um (a) médico (a) pode orientar também sobre qual o remédio indicado para seu caso.
Por mais que o cisto sebáceo seja um nódulo benigno, existem algumas complicações que, raramente, podem ocorrer. São elas:
A inflamação é uma reação natural do corpo em relação a qualquer coisa que o organismo acredite estar fora do normal. Ela provoca sintomas como dor, vermelhidão, coceira, inchaço e calor local.
Caso o cisto continue crescendo ou aumente de tamanho de forma acelerada, pode acabar se rompendo. Com isso, abre-se uma brecha para que microrganismos consigam entrar e infeccionar o local, o que leva à formação de um abscesso.
Quando o cisto é removido, dependendo da técnica utilizada, pode ficar uma cicatriz na região. Por isso, evitar espremer o local também é uma boa recomendação.
Para muitas pessoas, o cisto sebáceo não é uma visão agradável. Dependendo de onde ele surge, o nódulo pode prejudicar muito a maneira que uma pessoa vê a si mesma, levando a problemas de autoestima por conta do desconforto estético.
Não existe uma maneira específica de prevenir o aparecimento do cisto sebáceo, visto que são nódulos causados pelo acúmulo de substâncias naturais do corpo.
Embora os cistos sebáceos sejam inofensivos em sua maioria, muitas pessoas não gostam da ideia de ter um nódulo em alguma parte do corpo. Por isso, consultar um (a) dermatologista é imprescindível para um tratamento adequado e remoção, quando for o caso!
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Dra. Carolina Milanez
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