Para nós os cães são eternos filhotes, mas assim como o ser humano, eles também se tornam idosos. Esse ciclo é marcado por diversas mudanças que podem exigir alterações na rotina ou, até mesmo, cuidados especiais.
Entende-se por envelhecimento um conjunto de alterações fisiológicas que ocorrem naturalmente com o passar do tempo. Essas alterações naturais comprometem o funcionamento de algumas partes do corpo do cãozinho que pode passar a apresentar diminuição na visão e dificuldade de locomoção, por exemplo.
O envelhecimento é marcado por alterações na aparência, redução na memória e no desempenho de função de órgãos e sistemas. Portanto, esse processo resulta numa maior susceptibilidade a desenvolver certas doenças e a mudanças comportamentais. A velocidade com que esse processo acontece está relacionada a diversos fatores como genética, alimentação e estilo de vida.
É fato que os pets vivem menos que os humanos e que envelhecem mais rápido. Como forma de tentar entender melhor as alterações que os nossos companheiros passam, muita gente tenta fazer uma equivalência de anos humanos e anos caninos.
É muito comum ouvir que um 1 ano de vida dos cães equivalem a 7 anos de vida de humanos, mas isso não é um mito! O cálculo exato ainda é um mistério, pois a velocidade de envelhecimento está relacionada a vários fatores, como o porte do animal.
O que se sabe é que um cão de 1 ano já é considerado um cão adulto e que, quanto maior o porte, mais rápido é o processo de envelhecimento.
Dessa forma, a idade para considerar um cão como idoso também varia de acordo com o porte, mas por volta dos 7 anos os cães já são considerados idosos.
Como dito anteriormente, isso vai depender muito de diversos fatores, mas o mais comum é se basear no porte do animal. Sendo assim, cães de grande porte (entre 26kg e 45kg) são considerados idosos a partir dos 5 anos, enquanto que cães de pequeno porte (até 10kg), só a partir dos 9 anos.
Apenas o (a) veterinário (a) é capaz de determinar quando, de fato, o seu cãozinho passou a ser considerado um adulto ou idoso.
Assim como acontece com os seres humanos, o envelhecimento dos cães também é marcado pelo aparecimento de alguns sinais estéticos. Mas além desse tipo de alteração, também existem outros sinais característicos. São eles:
Inicialmente aparecem pelos brancos ao redor dos olhos e do focinho e, com o passar dos anos, esses pelos brancos vão aparecendo por todo o corpo. Além disso, o aparecimento de calos na patinha também pode ser notado.
Há aumento ou perda de peso, dependo do estilo de vida do animal e da alimentação. Alguns animais idosos podem apresentar dificuldade de se alimentar por conta de problemas dentários, causando uma perda significativa de peso.
Aparecimento de caroços ou aumento de volume de uma região, podendo ser benigno ou maligno.
É comum o aparecimento de tártaro em animais idosos. Caso haja gengivite ou dor ao se alimentar, pode ser que o animal apresente perda de peso.
Animais idosos podem apresentar problemas urinários que podem ter como principal sinal urinar fora do local correto e de costume.
Alteração no olfato é comum nessa fase da vida e pode levar a uma diminuição no interesse em alimentos.
Assim como com a audição, é comum que haja redução gradativa da visão. Nesse caso, é importante que haja avaliação do veterinário especialista e que sejam feitas adaptações na rotina do animal para evitar que ele se machuque.
É normal que animais idosos apresentem menos disposição para brincar e se cansem com mais facilidade.
Durante essa fase da vida do animal, há maior propensão para o aparecimento de doenças que afetem os membros e a locomoção, como artrose e osteoporose, resultando na dificuldade para realizar movimentos que antes ele realizava sem problemas.
Tirando o espessamento dos coxins (almofadinhas das patas) e o aparecimento de pelos brancos, é ideal que se leve o animalzinho ao veterinário ao notar qualquer uma dessas alterações.
Apesar de naturais, esses sintomas e sinais podem ter um impacto na qualidade de vida, devendo ser avaliadas pelo (a) veterinário (a), que pode fazer sugestões de alterações na rotina ou tratamentos no caso de doenças.
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Durante essa fase da vida do cãozinho, ele se torna mais vulnerável a desenvolver doenças. Algumas das mais comuns são:
As consultas regulares com o (a) médico (a) veterinário (a) são fundamentais para diagnosticar precocemente essas doenças e outras caso haja.
As visitas periódicas ao veterinário são essenciais para manter o seu animalzinho saudável durante toda a vida dele, mas nesse momento elas se tornam ainda mais importantes.
Assim como em qualquer outra fase da vida do animal, as consultas veterinárias são cruciais para avaliar o estado de saúde do animal e conseguir diagnosticar precocemente possíveis doenças que podem se desenvolver. Esse diagnóstico precoce pode impactar diretamente na qualidade de vida e, até mesmo, na expectativa de vida do seu amiguinho.
Como essa fase da vida é marcada por diversas alterações fisiológicas, comportamentais e por uma maior susceptibilidade a doenças, a necessidade dessas visitas aumenta e tendem a ser mais frequentes.
A recomendação é que cães idosos devem ir ao veterinário para consultas de rotina a cada 6 meses. Nessas consultas, o (a) profissional deve realizar exames físicos para avaliar o estado geral do animal, como a visão, locomoção, presença de dor e estado da boca e dentes, fazer perguntas para o (a) tutor (a) que podem indicar qualquer tipo de alteração significante e solicitar exames laboratoriais que julgar necessário.
Esse intervalo entre as visitas pode ser alterado pelo (a) profissional de acordo com o estado de saúde do animal e do que ele julgar necessário, podendo ser ainda mais curto que 6 meses.
Com tantas mudanças acontecendo, é importante que os cuidados também sejam alterados para que haja melhor adaptação a essa nova fase. Confira a seguir algumas dicas de como cuidar do seu idosinho em casa:
Durante a velhice, a digestão fica mais lenta e a absorção dos nutrientes se torna mais difícil, logo é importante que se ofereça uma alimentação adequada, como rações específicas para cães idosos e até suplementação caso haja necessidade e recomendação do (a) veterinário (a).
Quanto à higiene, os banhos devem ser mantidos com a mesma frequência e, de preferência, realizados em dias mais quentes. É importante que se mantenha a higiene bucal do seu amiguinho também, pois durante essa fase é comum o aparecimento de tártaros e doenças dentárias.
O protocolo vacinal precisa estar em dia, com a aplicação das vacinas anuais como já era feito durante a fase adulta.
É importante salientar que por mais que o animal idoso apresente menos disposição e se movimente com mais lentidão, isso não significa que ele não deva se exercitar ou passear. O ideal é realizar caminhadas leves diariamente, por volta de 30 minutos, lembrando sempre de respeitar a velocidade do seu amiguinho e de optar por horários mais frescos.
É extremamente importante que o animal idoso mantenha vínculos, portanto, é importante que você continue dando atenção, carinho e brincando. A socialização com outros animais também é muito importante.
No caso de animais com necessidades especiais ou doenças crônicas, esses cuidados podem ser ainda maiores. Animais cegos, por exemplo, podem utilizar dispositivos que evitem que eles batam nas coisas e se machuquem.
A implantação de faixas antiderrapantes ou tapetes para os cães idosos com problemas articulares facilitam a locomoção e evitam que estes escorreguem e caiam.
Vale lembrar que a avaliação e determinação dos cuidados necessários e sugestão de possíveis adaptações para cães idosos devem ser feitas pelo (a) médico (a) veterinário (a) após avaliar o estado de saúde do animal.
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Esp. Kenny Cardoso
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