Remédios

Antipsicóticos: para que servem, tipos e efeitos colaterais

Publicado em: 13/04/2023Última atualização: 13/04/2023
Publicado em: 13/04/2023Última atualização: 13/04/2023
Foto mostra detalhe de uma mão com comprimido branco e um copo de água ao fundo.Foto mostra detalhe de uma mão com comprimido branco e um copo de água ao fundo.
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Chamados também de neurolépticos, antiesquizofrênicos ou tranquilizantes maiores, os antipsicóticos são utilizados principalmente no tratamento de psicosesesquizofrenia. Podem ser indicados com outros fins terapêuticos e são substâncias de uso controlado, principalmente devido aos seus efeitos colaterais.

Com exceção da clozapina, todos os antipsicóticos agem na via nigroestriatal, uma das áreas responsáveis pelo controle da musculatura esquelética, especificamente pelos movimentos voluntários. Os sintomas da Doença de Parkinson, por exemplo, são consequência direta de lesões nessa via.

Tipo recente de droga, foi só em 1952 que a clorpromazina teve seus benefícios descobertos quase que por acaso. Por seu efeito sedativo, era utilizada no processo de anestesia e, depois, estudos confirmaram o que alguns cirurgiões já haviam notado na prática: a substância poderia ser utilizada no tratamento de psicoses.

Continue a leitura para saber mais sobre esses fármacos, suas funções e outras informações importantes.

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

  1. Para que servem e quando os antipsicóticos são indicados?
  2. Como agem?
  3. Tipos de antipsicóticos
  4. Como tomar?
  5. Efeitos colaterais
  6. Preços e onde comprar

Para que servem e quando os antipsicóticos são indicados?

Como vimos acima, esses medicamentos costumam ser utilizados no controle dos sintomas de todos os tipos psicose, inclusive nos quadros induzidos por drogas ou outras condições.

O tratamento de pacientes com transtornos psicóticos, no entanto, necessita de abordagens psicossociais paralelas. Isso ocorre porque os fármacos têm apenas ação paliativa e não curativa, o que significa dizer que os remédios são incapazes de curar a psicose.

A neuropsicóloga Thayna Rose explica que o acompanhamento psicológico “é importante e necessário para que os pacientes consigam controlar sintomas, evitar surtos, assim como voltar a ter convívio social com amigos e familiares.”

Ela esclarece, ainda, que “o(a) psicólogo(a) tem a função de auxiliar no entendimento de normas, leis e valores da sociedade, para que, assim, esse(a) paciente seja afastado de estigmas e segregação.”

Além disso, antipsicóticos também podem ser utilizados nos seguintes casos:

Leia também: Psicose: tem cura? Veja tipos, causas, sintomas, tratamentos

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Como agem?

Foto mãos de paciente recebendo frasco de medicamento das mãos de um médico.
Converse com algum profissional de saúde antes de aderir a qualquer tratamento medicamentoso.

No geral, um antipsicótico é considerado eficaz quando apresenta um antagonismo dopaminérgico em pelo menos 60% e no máximo 80% dos receptores D2, o que significa dizer que o princípio ativo tem interação direta com os neurônios, bloqueando os receptores de dopamina.

Esta, por sua vez, é um neurotransmissor produzido por neurônios especializados e é diretamente responsável por partes importantes da mente, estando envolvida no controle do humor, das emoções e do comportamento dos indivíduos.

A dopamina também interfere no controle do estresse e das funções motoras, além de interferir na memória, no raciocínio e em diversas outras funções mentais.

Os antipsicóticos têm ação lenta e os pacientes precisam de acompanhamento constante para que sejam observados os efeitos da substância no organismo e no controle dos sintomas.

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Tipos de antipsicóticos

Os antipsicóticos são classificados basicamente em dois grupos, de 1ª e de 2ª geração, que dizem respeito à sua ação no organismo.

Mais especificamente, esses medicamentos são distinguidos pelos sintomas extrapiramidais, efeitos secundários causados por substâncias que agem diretamente no bloqueio de dopamina.

De primeira geração, tradicionais, convencionais ou típicos

São classificados como de 1ª geração os medicamentos que atuam bloqueando o receptor de dopamina. Uma das suas principais características é também um dos seus pontos negativos, pois são fármacos que apresentam uma tendência em agravar os efeitos extrapiramidais.

De segunda geração, nova geração ou atípicos

Os chamados antipsicóticos de 2ª geração têm reduzidos efeitos extrapiramidais mínimos e pouco efeito sedativo, considerados melhores por esses motivos.

Pesquisas mais recentes, no entanto, colocam em xeque algumas das vantagens desses medicamentos, que não são ideais, mas são as únicas opções disponíveis para o tratamento de algumas condições até o momento.

Como tomar?

Com diversas apresentações, os antipsicóticos podem ser de uso oral, como no caso dos comprimidos, ou injetados via intramuscular. A aplicação direto na veia (endovenosa) é possível, mas não é recomendada, devido aos efeitos colaterais, que são intensificados com o método.

Cada condição e situação requer um tratamento diferente e caberá aos profissionais de saúde envolvidos a decisão acerca desses detalhes. A automedicação é contraindicada, portanto, não use antipsicóticos sem prescrição e acompanhamento médico.

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Efeitos colaterais

Atualmente, as drogas de 2ª geração são preteridas nos casos em que pacientes desenvolvem sintomas extrapiramidais com substâncias convencionais. Ainda assim, os de 1ª geração continuam sendo mais utilizados devido ao baixo custo, mesmo que não sejam os mais adequados.

Os efeitos colaterais variam bastante, de acordo com o princípio ativo, dosagem, formas de administração e condição do(a) paciente. De modo geral, são comuns os efeitos sedativos, que podem incluir salivação intensa, dor de cabeça (cefaleia), tremor, tontura e parkinsonismo.

Preços e onde comprar

Consulta Remédios é um marketplace que reúne diversas farmácias e onde você pode comparar preços e economizar, além de conferir informações importantes sobre cada produto. Conheça alguns dos antipsicóticos mais recentes (2ª geração):


Os antipsicóticos ainda são remédios que estão sendo estudados pela psiquiatria, mas que já são empregados no tratamento de psicoses, transtorno bipolar, esquizofrenia e outras condições, além de ser amplamente usado em situações ambulatoriais por seu efeito sedativo.

Para saber mais sobre saúderemédios, continue acompanhando o portal do Minuto Saudável e siga nossos perfis nas redes sociais.


Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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