Chamados também de neurolépticos, antiesquizofrênicos ou tranquilizantes maiores, os antipsicóticos são utilizados principalmente no tratamento de psicoses e esquizofrenia. Podem ser indicados com outros fins terapêuticos e são substâncias de uso controlado, principalmente devido aos seus efeitos colaterais.
Com exceção da clozapina, todos os antipsicóticos agem na via nigroestriatal, uma das áreas responsáveis pelo controle da musculatura esquelética, especificamente pelos movimentos voluntários. Os sintomas da Doença de Parkinson, por exemplo, são consequência direta de lesões nessa via.
Tipo recente de droga, foi só em 1952 que a clorpromazina teve seus benefícios descobertos quase que por acaso. Por seu efeito sedativo, era utilizada no processo de anestesia e, depois, estudos confirmaram o que alguns cirurgiões já haviam notado na prática: a substância poderia ser utilizada no tratamento de psicoses.
Continue a leitura para saber mais sobre esses fármacos, suas funções e outras informações importantes.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
Como vimos acima, esses medicamentos costumam ser utilizados no controle dos sintomas de todos os tipos psicose, inclusive nos quadros induzidos por drogas ou outras condições.
O tratamento de pacientes com transtornos psicóticos, no entanto, necessita de abordagens psicossociais paralelas. Isso ocorre porque os fármacos têm apenas ação paliativa e não curativa, o que significa dizer que os remédios são incapazes de curar a psicose.
A neuropsicóloga Thayna Rose explica que o acompanhamento psicológico “é importante e necessário para que os pacientes consigam controlar sintomas, evitar surtos, assim como voltar a ter convívio social com amigos e familiares.”
Ela esclarece, ainda, que “o(a) psicólogo(a) tem a função de auxiliar no entendimento de normas, leis e valores da sociedade, para que, assim, esse(a) paciente seja afastado de estigmas e segregação.”
Além disso, antipsicóticos também podem ser utilizados nos seguintes casos:
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No geral, um antipsicótico é considerado eficaz quando apresenta um antagonismo dopaminérgico em pelo menos 60% e no máximo 80% dos receptores D2, o que significa dizer que o princípio ativo tem interação direta com os neurônios, bloqueando os receptores de dopamina.
Esta, por sua vez, é um neurotransmissor produzido por neurônios especializados e é diretamente responsável por partes importantes da mente, estando envolvida no controle do humor, das emoções e do comportamento dos indivíduos.
A dopamina também interfere no controle do estresse e das funções motoras, além de interferir na memória, no raciocínio e em diversas outras funções mentais.
Os antipsicóticos têm ação lenta e os pacientes precisam de acompanhamento constante para que sejam observados os efeitos da substância no organismo e no controle dos sintomas.
Os antipsicóticos são classificados basicamente em dois grupos, de 1ª e de 2ª geração, que dizem respeito à sua ação no organismo.
Mais especificamente, esses medicamentos são distinguidos pelos sintomas extrapiramidais, efeitos secundários causados por substâncias que agem diretamente no bloqueio de dopamina.
São classificados como de 1ª geração os medicamentos que atuam bloqueando o receptor de dopamina. Uma das suas principais características é também um dos seus pontos negativos, pois são fármacos que apresentam uma tendência em agravar os efeitos extrapiramidais.
Os chamados antipsicóticos de 2ª geração têm reduzidos efeitos extrapiramidais mínimos e pouco efeito sedativo, considerados melhores por esses motivos.
Pesquisas mais recentes, no entanto, colocam em xeque algumas das vantagens desses medicamentos, que não são ideais, mas são as únicas opções disponíveis para o tratamento de algumas condições até o momento.
Com diversas apresentações, os antipsicóticos podem ser de uso oral, como no caso dos comprimidos, ou injetados via intramuscular. A aplicação direto na veia (endovenosa) é possível, mas não é recomendada, devido aos efeitos colaterais, que são intensificados com o método.
Cada condição e situação requer um tratamento diferente e caberá aos profissionais de saúde envolvidos a decisão acerca desses detalhes. A automedicação é contraindicada, portanto, não use antipsicóticos sem prescrição e acompanhamento médico.
Atualmente, as drogas de 2ª geração são preteridas nos casos em que pacientes desenvolvem sintomas extrapiramidais com substâncias convencionais. Ainda assim, os de 1ª geração continuam sendo mais utilizados devido ao baixo custo, mesmo que não sejam os mais adequados.
Os efeitos colaterais variam bastante, de acordo com o princípio ativo, dosagem, formas de administração e condição do(a) paciente. De modo geral, são comuns os efeitos sedativos, que podem incluir salivação intensa, dor de cabeça (cefaleia), tremor, tontura e parkinsonismo.
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Os antipsicóticos ainda são remédios que estão sendo estudados pela psiquiatria, mas que já são empregados no tratamento de psicoses, transtorno bipolar, esquizofrenia e outras condições, além de ser amplamente usado em situações ambulatoriais por seu efeito sedativo.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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