Saúde

Analgesia congênita: saiba o porquê essa condição é perigosa!

Publicado em: 28/09/2021Última atualização: 07/02/2022
Publicado em: 28/09/2021Última atualização: 07/02/2022
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Você já desejou não sentir nenhum tipo de dor na sua vida? Para muitas pessoas isso seria uma imensa sorte, visto que em certas ocasiões a dor impossibilita realizar atividades comuns do dia a dia. 

Entretanto, a verdade é que a manifestação da dor é algo benéfico, sendo um sinal de alerta do nosso corpo para irregularidades no organismo. Por isso, pessoas que apresentam insensibilidade à dor (estado chamado de analgesia congênita) podem ter problemas graves de saúde. Para saber porque isso acontece, leia o texto na sequência!  

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. Porque algumas pessoas não sentem dor?
  2. Sinais de analgesia congênita 
  3. A importância da dor
  4. A analgesia congênita tem tratamento?

Porque algumas pessoas não sentem dor?

Médica pediatra examinando menina.

A explicação pode estar em uma mutação genética na criança.

A ausência da sensação de dor é uma condição considerada rara que afeta o indivíduo desde o seu nascimento, fazendo com que ele (a) seja incapaz de notar manifestações que ardem ou latejam, por exemplo. 

Isso acaba sendo um fator de risco para a saúde, pois já que nenhuma dor é sentida a pessoa pode passar por situações como queimaduras, cortes, lesões, entre outras, e seguir como se nada tivesse acontecido. 

Apesar de não haver razões determinadas do que causa essa alteração, a motivação mais assimilada por pesquisadores é que ocorre uma mutação genética que acomete o sistema nervoso central, especificamente o Nav1.7 (um tipo de canal eletroquímico responsável por unir os nervos periféricos ao sistema nervoso central e assim encaminhar os indícios de dor física para o cérebro).

Dessa forma, devido a essa irregularidade há uma falha na comunicação e a dor acaba não sendo sinalizada para o cérebro.   

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Sinais de analgesia congênita

Em geral, a analgesia congênita é diagnosticada desde o nascimento, ou quando não, em alguma fase do desenvolvimento infantil. Os sinais que contribuem para a constatação do quadro advém de comportamentos da criança, como automutilação.  

O artigo científico intitulado  “Complicações osteoarticulares da analgesia congênita” relata um caso de um menino de 6 anos que, além de apresentar uma lesão grave no pé sem nenhuma queixa de dor, também já tinha realizado atos de automutilação no corpo desde os 3 meses de idade, mordendo os dedos e arrancando os dentes. 

Ademais, lesões e traumas com demora de cicatrização (pois a criança comia o tecido de granulação), crises de febre alta juntamente com astenia (fraqueza física), suor irregular e olhos lacrimejando constantemente, foram relatados pela mãe do menino. 

Outras observações importantes sobre esse caso é que a criança tinha, aparentemente, o tato normal, porém hipersensibilidade ao estímulo frio e diminuído ao calor, além de defecar fezes com sangue algumas vezes. Já a capacidade cognitiva parecia estar normal, contudo, o menino tinha episódios de nervosismo e ansiedade

Apesar de todos esses sinais listados serem os mais frequentes em pessoas com  analgesia congênita, é necessário buscar um médico para comprovar a condição. Normalmente realiza-se a biópsia da pele para analisar os nervos periféricos, além do teste de estimulação simpática e do estudo do DNA.

Também podem ser solicitadas tomografias e ressonâncias magnéticas para averiguar problemas de saúde e iniciar o tratamento o quanto antes.  

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A importância da dor

Menino com a mão na cabeça sentindo dor.

A dor é essencial para a manutenção da nossa saúde!

Dado às situações nocivas que podem comprometer o desenvolvimento adequado de uma criança com analgesia congênita, causando muitas vezes complicações e traumas para toda a vida, confirma-se a importância de sentir dor para os indivíduos. 

Trata-se de um mecanismo de defesa, visto que quando ela ocorre significa que algo não está bem ou existe uma ameaça em potencial para a funcionalidade correta do organismo. É possível senti-la em diferentes áreas do corpo devido às células receptoras distribuídas na pele e órgãos. 

A dor é um elemento de proteção, ajudando a evitar ocasiões perigosas para a saúde e também para facilitar n hora de procurar um profissional médico e tratar determinada doença. 

Dessa forma, pessoas com analgesia congênita, necessitam criar seus próprios mecanismos de defesa e, assim, conquistar melhor qualidade de vida e bem-estar. 

Um dos meios para isso é o uso de fitas adesivas coloridas, demarcando áreas ou equipamentos que representam perigo para a pessoa, como tomadas e escadas.

A analgesia congênita tem cura?

Não, a pessoa diagnosticada com analgesia congênita tem que conviver com a ausência de sensação de dor durante toda a vida, sendo então necessário ter acompanhamento médico multidisciplinar (com psicólogo, ortopedista, dentista, etc) .

Desse modo, o paciente deve visitar os especialistas com certa frequência para realizar  exames e assim ter maiores chances de detectar rapidamente alguma lesão, trauma, infecção, entre outros quadros.    


Embora sentir dor seja algo desagradável, é importante valorizar essa reação já que indivíduos com analgesia congênita (condição extremamente rara vale ressaltar) não conseguem ter uma rotina normal, necessitando de cuidados constantes dos familiares para evitar riscos de vida. 

Gostou deste conteúdo? Então continue acompanhando o Minuto Saudável para mais informações sobre saúde e bem-estar! 

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Fontes consultadas

 

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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