Se você já teve aquela sensação de estar se movimentando, mesmo estando totalmente parado (a), assim como perda da audição, zumbido no ouvido, náuseas e dificuldade para manter o equilíbrio, é provável que você tenha tido um quadro de labirintite.
Obviamente, somente a presença desses sintomas não são suficientes para confirmar o diagnóstico. Porém, na maioria dos casos, eles caracterizam a doença, sendo os sintomas mais comuns relatados por quem tem labirintite.
Para amenizar esses desconfortos, pode ser necessário o uso de medicamentos (prescritos por um médico especialista) que irão possibilitar que a pessoa consiga retomar suas atividades cotidianas. Mas quais são esses remédios e como tomá-los corretamente? O Minuto Saudável te informa no texto abaixo, confira!
Normalmente a labirintite é um sinal de alguma doença primária.
A labirintite pode ter diversas causas, necessitando de avaliação médica para identificar qual é em cada caso, no entanto, geralmente ela é decorrente de infecções virais como gripes e resfriados, assim como infecções bacterianas ou inflamações no ouvido.
Outras condições para uma crise de labirintite são o uso de certos medicamentos, alterações metabólicas (ligadas, por exemplo, à taxa glicêmica, de triglicérides, ácido úrico), questões associadas à dieta (quando há a ingestão em excesso de certas substâncias como álcool, cafeína, gordura, açúcar, etc).
Ademais, é possível que uma pessoa tenha labirintite devido a problemas cardíacos, neurológicos, articulares (disfunção da articulação temporomandibular). Ou, também, após a obstrução do ouvido ou em função de um traumatismo craniano.
A manifestação frequente de labirintite pode levar à diminuição da capacidade auditiva e à dificuldade para manter o equilíbrio, dependendo do grau da inflamação. Porém, é uma doença considerada benigna, não apresentando risco de vida.
O maior motivo de preocupação deve ser a doença que está provocando a labirintite (já que costuma ser um sinal de algum problema de saúde leve ou grave). Por isso, a avaliação médica é essencial para saber a causa e tratar adequadamente antes de uma evolução do quadro.
Sim, com tratamento médico adequado, seguindo todas as orientações estabelecidas, é possível se livrar da labirintite, ou em casos mais complexos, diminuir a incidência das crises.
Dessa forma, é muito importante que um especialista seja consultado, mesmo que seja a primeira vez que a pessoa apresente sintomas de labirintite. Quanto mais cedo a causa seja identificada, mais rápido o tratamento será iniciado e, por consequência, a labirintite curada.
De acordo com a Biblioteca Virtual de Saúde (organizado pelo Ministério da Saúde em conjunto com Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde), durante uma crise de labirintite, a pessoa deve:
Ademais, alguns cuidados com a alimentação também é importante, já que alimentos ricos em açúcar e sódio podem afetar o labirinto e piorar a crise, por isso, é indicado evitar alimentos industrializados, doces, salgados, pães e massas feitos com farinha branca.
Embora um médico clínico geral possa ser procurado em caso de labirintite, o mais indicado é o (a) especialista em otorrinolaringologia, que avalia e trata irregularidades no nariz, seios da face, garganta e ouvidos.
Portanto, ao consultar o (a) profissional, ele (a) irá analisar os sinais de inflamação no ouvido juntamente com outros sintomas para um diagnóstico preciso.
Além disso, o especialista pode pedir exames (para verificar o ouvido internamente) se considerar necessário.
A labirintite é considerada uma alteração leve, sendo resolvida normalmente em poucos dias naturalmente pelo organismo. No entanto, para que a pessoa tenha mais conforto durante esse período, remédios podem ser prescritos pelo médico para aliviar sintomas.
Vale ressaltar que os sintomas mais comuns da labirintite são a vertigem, tontura, dificuldade para manter o equilíbrio e para focar a visão, zumbido no ouvido ou perda auditiva no momento da crise, dor de cabeça e suor excessivo. Também pode haver náuseas e vômito em situações mais agudas de labirintite.
Na sequência, conheça alguns remédios podem ajudar a amenizar esses sintomas (a bula completa de cada medicamento pode ser lida na plataforma Consulta Remédios, ademais é possível comprá-los no site):
Ambos têm como princípio ativo a betaistina, que age no organismo melhorando o fluxo sanguíneo do ouvido interno e reduzindo o acúmulo da pressão. Sendo assim, ajuda a aliviar a vertigem, sensação de tontura, zumbidos no ouvido e dificuldade (ou perda) auditiva.
Tratando-se da Betaserc, adultos podem tomar um comprimido de 16mg (metade, ou completo três vezes ao dia) ou 24mg (duas vezes ao dia). É indicado tomar durante a refeição para evitar complicações estomacais.
Já o Labirin é recomendado um comprimido (8mg) ao dia, também acompanhado da ingestão de alimentos.
Faz parte da classe dos benzodiazepínicos, provocando a inibição leve do sistema nervoso, tendo como consequência a ação anticonvulsivante, sedativa leve, relaxante muscular e tranquilizante.
Dessa forma, o Clopam tem a capacidade de auxiliar na estabilidade da vertigem e distúrbios do equilíbrio, colaborando para o alívio de náuseas, vômitos, desmaios, quedas, zumbidos e alterações auditivos.
A dosagem pode variar de 0,5 mg a 1,0 mg (2 vezes dia). Doses diárias acima de 1,0 mg não são recomendáveis.
Esse medicamento é controlado, para ser adquirido é necessário apresentar receita azul que ficará retida na farmácia.
O princípio ativo que o compõem (dimenidrinato) age diretamente no centro do vômito e nas funções do labirinto no cérebro, ajudando na prevenção e tratamento de tonturas, enjoos e vômitos.
A posologia adequada do Dramin é de um comprimido a cada 4 a 6 horas, não excedendo 400 mg (4 comprimidos) em 24 horas.
Algumas pessoas recorrem a recursos terapêuticos caseiros para aliviar uma crise de labirintite, sendo os principais o chá de Ginkgo biloba e chá de gengibre, devido às propriedades anti-inflamatórias e antieméticas (contra náuseas e vômito) presente neles.
No entanto, não há comprovação científica da eficácia de ambos os chás na redução dos sintomas da labirintite. Além disso, em certos casos, pode piorar a situação visto as possíveis reações alérgicas que podem surgir.
Episódios frequentes de labirintite acabam por prejudicar o indivíduo na realização de atividades comuns do dia a dia, sendo assim, é importante adotar algumas atitudes que contribuem para reduzir a ocorrência de crises e também a intensidade dos sintomas durante a manifestação de labirintite.
Os principais cuidados são:
Dependendo das condições clínicas de cada pessoa, o médico responsável pelo tratamento pode prescrever outras recomendações para a prevenção da labirintite.
Além de incluir medicamentos e mudança de hábitos, pode ser necessário fazer fisioterapia para que o paciente consiga ter equilíbrio correto. Nesse artigo do blog “Fisioterapia (respiratória, esportiva e mais): como funciona?”, você pode ter mais informações sobre todos os benefícios desse recurso.
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Dra. Francielle Mathias
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