Covid-19

Vacina bivalente contra Covid-19: como age e quando será aplicada?

Publicado em: 01/02/2023Última atualização: 01/02/2023
Publicado em: 01/02/2023Última atualização: 01/02/2023
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O Ministério da Saúde iniciará, em fevereiro, a aplicação da vacina bivalente contra Covid-19. Os imunizantes produzidos pela Pfizer são as primeiras aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no combate à cepa original do novo coronavírus e à sua subvariante Ômicron.

A partir do dia 27 de fevereiro, que marca o início da agenda de vacinação, a campanha irá focar na vacinação de pessoas que estão aptas a receber a dose de reforço.

Há também a meta de vacinar pelo menos 90% do grupo prioritário, que inclui pessoas de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, além de imunocomprometidos e maiores de 70 anos. Esta é a chamada Fase 1 da campanha.

A Fase 2 irá englobar pessoas entre 60 e 69 anos. Em seguida, haverá a Fase 3, focada em gestantespuérperas, e, por fim, a Fase 4, priorizando os profissionais de saúde. Em paralelo, será intensificada também a vacinação com monovalentes, que é o único tipo de vacina que tínhamos até o momento para Covid-19 no Brasil.

Foi em novembro de 2022 que as duas vacinas bivalentes produzidas pela Pfizer foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, em dezembro, chegaram as primeiras remessas, que só agora tiveram sua aplicação permitida. A liberação não é comercial e está restrita ao uso emergencial.

Além da fórmula produzida pelos laboratórios Pfizer, também estão a caminho as vacinas bivalentes da Moderna, da Sinovac e do Instituto Butantan, ainda não aprovadas pela Anvisa.

Continue a leitura do artigo para saber um pouco mais sobre como funciona essa nova alternativa da Pfizer e qual será sua aplicação.

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

  1. O que é uma vacina bivalente?
  2. Qual a diferença entre a vacina bivalente contra Covid-19 e as aplicadas até agora? 
  3. Como age no organismo?
  4. Quando a vacina bivalente contra Covid-19 será aplicada?

O que é uma vacina bivalente?

As vacinas bivalentes são desenvolvidas para oferecer ou desenvolver proteção contra dois tipos distintos de organismos infecciosos. Isso significa que esse tipo de vacina ajuda a criar imunidade contra duas doenças diferentes de uma só vez.

Neste caso, a Pfizer propõe um imunizante eficaz contra o vírus SARS-CoV-2 e sua subvariante mais transmissível, a Ômicron, principal responsável pelas novas altas taxas de internação.

Essa ideia não é nova, uma vez que, aqui no Brasil, já estamos acostumados com vacinas como as da gripe, que costumam ser trivalentes ou tetravalentes, com cepas de Influenza A e B.

Também é possível ter vacinas para doenças diferentes, como a tradicional tetraviral, que previne simultaneamente contra sarampocaxumbarubéola e varicela.

Leia também: Como agem as vacinas no organismo? Veja como são feitas

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Qual a diferença entre a vacina bivalente contra Covid-19 e as aplicadas até agora?

A primeira vacinação contra Covid-19 do Brasil aconteceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 2021. Mais de dois anos depois, inúmeras mutações foram identificadas e, em janeiro de 2023, as variantes XBB.1.5, BQ.1.1 e BQ.1 da Ômicron se tornaram as mais preocupantes.

Assim como o vírus muda ao longo do tempo, adaptando-se conforme contamina os mais diversos tipos de organismos, também a vacina precisa ser adaptada e atualizada. Com os diversos tipos de vírus circulando, uma vacina bivalente surge como uma possibilidade de maior proteção.

Até o momento, tínhamos apenas vacinas monovalentes, criadas a partir de uma cepa, de uma variante. A bivalente da Pfizer, portanto, garante a eficácia contra diversos tipos de Ômicron, assim como protege contra o SARS-CoV-2 original e suas variações.

Segundo informações do Ministério da Saúde, essa nova vacina não deve substituir as opções anteriores. A tecnologia da Pfizer será dose única e deverá ser aplicada como último reforço, para crianças e adultos, dois meses após terminarem o esquema vacinal primário.

As novas vacinas da Pfizer têm capacidade epidemiológica de se adaptar às variantes. Para entender melhor isso, é preciso lembrar que o vírus não muda completamente ao longo do tempo. O que acontece são apenas algumas alterações das características, como o modo através do qual irá se conectar com nossas células.

Utilizando um processo que dispensa o uso de versões inativas do vírus, essa nova opção, é que a vacina de mRNA, propõe-se mais versátil que as demais, além de deixar o corpo mais preparado para reagir à infecção.

Ainda assim, ela não é indicada para a primeira imunização e só pode ser aplicada em quem já recebeu pelo menos duas doses de alguma opção monovalente.

As novas vacinas se diferenciam das anteriores principalmente pela técnica utilizada, como veremos a seguir.

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Como age no organismo?

As novas vacinas bivalentes já estão sendo aplicadas em outros países, com destaque para os Estados Unidos, e até o momento não foram registrados efeitos colaterais ou reações adversas significativas. 

Após a vacinação, a maioria dos relatos são de dor e mal-estar localizado, restrito ao braço onde foi aplicada a vacina, sendo mais raros os casos em que as pessoas imunizadas relataram sintomas como febre e fadiga generalizada.

As vacinas monovalentes aplicadas até o momento utilizam versões enfraquecidas ou inativadas dos vírus, e são incapazes de provocar o mesmo prejuízo que um vírus ativo causaria em nosso corpo. Nesses casos, os anticorpos aprendem a defender o corpo a partir dessas amostras do vírus trazidas pela vacina.

Já as vacinas de mRNA são uma novidade científica. Embora sejam estudadas há muitos anos, as que foram desenvolvidas para COVID-19 são as primeiras a utilizarem a técnica.

Sem precisar utilizar o próprio vírus na vacina, as opções de mRNA transmitem informações para nossas células de defesa, que aprendem a identificar o vírus mesmo sem terem contato com ele, o que certamente é uma grande revolução na história da imunologia.

Quando a vacina bivalente contra Covid-19 será aplicada?

Por questões diretamente ligadas à produção da substância e à toda logística de distribuição envolvida, ainda não há informações sobre quando a vacina bivalente contra Covid-19 estará disponível para ampla imunização da população brasileira.

Até o momento, somente os grupos de risco citados serão contemplados pela campanha. No entanto, há uma preocupação para que esse processo seja agilizado e, em breve, a campanha deve ser expandida para contemplar outras faixas etárias e grupos sociais.

Além disso, outras vacinas, como a que está sendo produzida pela Moderna, podem ser aprovadas pela Anvisa, ampliando as possibilidades de imunização da população. 

Existem ainda as vacinas da Sinovac e a produção nacional do Instituto Butatan, que promete também uma versão bivalente para a versão 3.0 do seu imunizante.


Reforçando a importância da imunização, as novas campanhas de vacinação do Brasil passarão a utilizar vacinas de ponta na tentativa de conter ainda mais os casos de Covid-19, ampliando a cobertura da imunização.

Não esqueça de manter sua carteirinha de vacinação em dia e, em caso de dúvidas, procure um(a) agente de saúde especializado.

Para mais informações sobre Covid-19saúde, continue acompanhando o portal do Minuto Saudável e siga nosso perfil nas redes sociais.


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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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