Plano de parto: o que é, quem tem direito e como fazer

O que é e para que serve o plano de parto?

O plano de parto é um documento legal, produzido por gestantes e que segue as boas práticas desenvolvidas pela OMS em 1996. Ele possibilita que as gestantes tenham conhecimento sobre os procedimentos e auxilia na criação de estratégias para o trabalho de parto, parto e pós-parto.
Além disso, surge como uma forte estratégia de empoderamento feminino, pois é capaz de resgatar a confiança da mulher, proporcionar o controle do seu próprio corpo e liberdade para expressar suas preferências e desejos.
Além disso, outra questão que torna o plano parto essencial e importante é que ele se torna uma frente de prevenção à violência obstétrica, promovendo assim a qualidade da assistência dada à mulher.

Quem tem direito ao plano de parto?

Todas as gestantes que fizerem o documento, explicitando suas vontades e desejos e que seguirem as boas práticas sugeridas pela OMS, têm direito ao plano de parto.

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Plano de parto no SUS e no privado

Considerando que o documento é legal, o SUS e os hospitais privados deverão receber e aceitar o plano de parto e dar assistência digna à mulher durante a gravidez, trabalho de parto, parto e pós-parto.
Portanto, é preciso assegurar que a mulher não sofrerá nenhum tipo de violência ou discriminação e que terá direito de obter informações sobre todo o processo e de acompanhamento de sua saúde física, psicológica, sexual e reprodutiva.

Como fazer plano de parto?

A construção é individual, ou seja, varia de acordo com as vontades e necessidades da mulher. É importante que haja comunicação com o marido ou outra pessoa responsável durante essa construção, pois ele (a) será o porta-voz de todo o plano.

Considerando que é um plano individual, você poderá elaborar o documento com suas vontades e desejos, com solicitações como:

• Local de escolha para o parto;
• Se deseja se alimentar durante o parto;
• Desejo de acompanhante(s) durante o trabalho de parto e parto;
• Quais procedimentos quer durante as contrações, por exemplo, massagens, caminhar, banho, ser instruída sobre técnicas de respiração e entre outros;
• Escolher sobre o uso ou não de medicamentos;
• O contato pele a pele com o bebê após o nascimento;
• Se gostaria de amamentar o bebê logo após o nascimento;
• Se deseja receber instruções para amamentar o bebê.

Importante! Para a realização do plano de parto, deverão ser consideradas se existem riscos gestacionais e o que eles demandam. Portanto, para saber se é o seu caso, consulte seu (a) médico (a).

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O plano de parto é um documento legal e incentivado pela OMS que empodera a mulher e torna afetuoso o trabalho de parto, parto e pós parto.

Todas as mulheres podem realizar esse plano de acordo com suas vontades, necessidades e desejos, mas sempre levando em consideração  o manual de boas práticas disponibilizado pela OMS.

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Referências

• Os significados e sentidos do plano de parto para as mulheres que participaram da Exposição Sentidos do Nascer — Cadernos de Saúde Pública;
• Plano de parto como estratégia de empoderamento feminino — Revista Baiana de Enfermagem;
• Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento — Organização Mundial da saúde;

1. Plano individual de parto — Prefeitura Municipal de São Paulo.