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O que é Mamografia, preço, preparo e como é feito o exame

Publicado em: 14/07/2017Última atualização: 02/07/2019
Publicado em: 14/07/2017Última atualização: 02/07/2019
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O que é mamografia?

A mamografia é um exame de imagem (raio-X) feito na região das mamas, que permite detectar a existência de nódulos, assimetrias mamárias, microcalcificações, entre outras alterações e lesões que ainda não são perceptíveis e palpáveis.

O teste é realizado por meio do mamógrafo, um aparelho que compressa as mamas, a fim de obter uma imagem detalhada da região.Seu principal foco é diagnosticar se há presença de câncer de mama. Portanto, mulheres que apresentam os primeiros sinais da doença devem fazer a mamografia imediatamente. Além disso, o teste é indicado a partir dos 35 anos e em jovens que possuem alto risco de contrair a doença.No Brasil, a mamografia é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.

Índice  neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é mamografia?
  2. Mamografia e ultrassom de mama: qual a diferença?
  3. Tipos de mamografia
  4. Quem deve fazer o exame?
  5. Como é feita a mamografia?
  6. Mamografia dói?
  7. Preparação
  8. Resultados da mamografia
  9. Limitações
  10. Preço
  11. Exames complementares
  12. Mitos e verdades
  13. Nódulo nas mamas: Como fazer o autoexame?
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Mamografia e ultrassom de mama: qual a diferença?

O diagnóstico do câncer de mama pode ser feito por meio desses dois exames. Porém, o ultrassom de mama é complementar à mamografia, nem sempre sendo necessário.

O ultrassom é um exame que converte os sons em imagem, por meio do deslocamento de um aparelho sobre as mamas da paciente. Já a mamografia é um raio-X, em que as mamas são comprimidas para a visualização de possíveis nódulos.A indicação de cada um deles vai depender do físico da paciente: mulheres com idade acima dos 40 anos devem realizar a mamografia e as mais jovens, além da mamografia, devem realizar a ultrassonografia, por apresentarem maior densidade no tecido mamário.
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Tipos de mamografia

Existem 2 tipos de aparelhos para realizar este exame: o digital e o convencional. Os dois são por meio de raio-X e a diferença está na forma na qual a imagem é captada.

Mamografia digital

Na mamografia digital o raio-X transmite a imagem de forma imediata para a tela do computador, permitindo ao radiologista armazenar e recuperar as imagens eletronicamente. Além disso, é possível fazer ajustes, ampliar e realçar as imagens, o que garante maior visibilidade e facilidade para detectar a presença de algum corpo estranho na região das mamas.

Mamografia convencional

A imagem obtida da mama é armazenada num filme, que deve ser processado depois da exposição. Se houver algum problema com o filme, as imagens terão de ser refeitas. Além disso, mulheres com seios maiores têm maior dificuldade em detectar a presença de nódulos malignos por esse tipo de exame.

Quem deve fazer o exame?

Recomenda-se fazer a primeira mamografia aos 35 anos de idade, e após os 40, a realização do exame deve ocorrer anualmente. Porém, no caso de mulheres que possuem alto risco de câncer de mama, ou seja, que têm um ou mais parentes de primeiro grau com diagnóstico da doença, é necessário realizar o exame antes desse período.

Mamografia em homens

Apesar de raro, a câncer mamário masculino existe e é de extrema importância que os homens façam o autoexame. Diante de qualquer alteração, é necessário fazer a mamografia para poder determinar um diagnóstico precoce da doença, aumentando assim as chances de cura. Muitas vezes o exame é até mais preciso em homens do que em mulheres, por terem mamas menos densas e menores.

Contraindicações

Em hipótese alguma a mamografia deve ser feita em crianças. Se há presença de nódulos mamários, o ideal é informar ao pediatra. Ele investigará tais condições junto a um mastologista.

Este exame também é contraindicado em mulheres grávidas.
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Como é feita a mamografia?

O exame é feito ambulatorialmente. A paciente posiciona-se em pé, próximo ao equipamento que pressionará as mamas, a fim de espalhar ao máximo o tecido mamário e reduzir as doses de radiações necessárias para se obter as imagens.

As mamas serão comprimidas uma a uma, horizontal e verticalmente. Durante o procedimento, a paciente deve permanecer imóvel, inclusive segurando a respiração por alguns segundos, para se obter uma boa imagem.

Por que a mama é comprimida?

A compressão das mamas é necessária para que todo o tecido mamário possa ser visualizado de maneira mais nítida e até os mínimos detalhes, a fim de encontrar pequenas anormalidades e permitir o uso de uma dose menor de raios-X. Além disso, ao comprimi-las, minimiza-se o movimento das mamas durante o exame.

Duração do exame

Apesar de desconfortável, cada incidência mamográfica é bem rápida, durando apenas alguns segundos. Quando concluída, o tecnólogo solicitará ao paciente para que aguarde alguns minutos até confirmar se todas as imagens deram certo. O processo ao todo leva em torno de 20 a 30 minutos.

Mamografia dói?

Dependendo da sensibilidade que cada mulher possui, o processo pode ser mais desconfortável e dolorido. O ideal é se programar para fazer a mamografia não tão perto do período da menstruação, porque assim o nível de sensibilidade dos seios será menor.

Comunique ao tecnólogo se houver dor conforme a compressão for aumentando. Ele poderá aliviar um pouco a pressão, mas lembre-se de que quanto maior for a compressão, melhores são os resultados.

Preparação

Algumas dicas pré-exame podem facilitar a realização do teste. São elas:

  • Evitar passar cremes, desodorantes ou perfumes antes de fazer o exame, pois estes podem prejudicar a captação das imagens.
  • Caso já tenha feito este exame ou algum outro na região das mamas, levar os resultados. A comparação com exames anteriores pode facilitar o descobrimento de algum corpo estranho na região.
  • Evitar agendar o exame logo antes ou logo após a menstruação, pois nesse período há maior densidade de tecido glandular das mamas, além de estarem mais sensíveis, o que dificulta o teste e o torna mais desconfortável.
  • Notificar o médico sobre limitações. Quanto menos desconfortável for o exame, maior qualidade terão as imagens. Portanto, durante a mamografia, tente deixar o corpo o mais relaxado possível.
  • Notificar o profissional que fará o teste sobre a presença de próteses de silicone.

Resultados da mamografia

A mamografia será interpretada por um radiologista (profissional especializado em monitorar e analisar exames radiológicos), que enviará os resultados ao médico referência da paciente.

É bastante provável que o médico classifique o resultado do exame dentro do padrão mundial Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RARDS). Esse método é capaz de categorizar as lesões mamárias em diferentes grupos. São eles:
  • Categoria 0: a imagem não pode ser vista corretamente, sendo necessário novos exames para comparação de resultados;
  • Categoria 1: seios com aparência simétrica, sem sinal de lesões com potencial cancerígeno
  • Categoria 2: seios com lesões benignas, sem indicativo de câncer.
  • Categoria 3: lesão encontrada, com grande chance de ser benigna. Nesse caso, serão solicitados exames complementares para excluir a possibilidade de câncer.
  • Categoria 4: lesões encontradas com 20 a 35% de chance de serem câncer. Provavelmente, será necessária uma biópsia do tecido suspeito.
  • Categoria 5: anomalia com 95% de chance de ser maligna. A biópsia também será necessária nessas situações.
  • Categoria 6: indica a presença de tumor na mama já confirmado por meio de biópsia.

Limitações

A interpretação do exame pode ser difícil e o resultado nem sempre é preciso, pois a resolução da imagem pode ser comprometida facilmente com a presença de inúmeros fatores, como pó, suor ou qualquer outro fluido na região das mamas. Além disso, características da paciente como idade e densidade das mamas podem interferir na eficácia do exame.

Os implantes de silicone, por exemplo, tornam a visualização precária. Isso ocorre por eles não serem transparentes aos exames de raio-X, dificultando a leitura dos resultados, principalmente se forem colocados por cima do músculo e não por baixo, como é o caso da maioria das mulheres.Existem também tipos de câncer mais agressivos que não são detectáveis por meio da mamografia, gerando o falso-negativo. Em contrapartida, o falso-positivo pode surgir quando o resultado é anormal e não há presença de câncer.

Preço

A mamografia é disponibilizada pelo SUS e por alguns planos de saúde. Em clínicas particulares, o preço médio varia entre 50 a 120 reais o valor pode mudar de acordo com a cidade ou região do país.

O Sistema Único de Saúde (SUS) assegura a disponibilidade do exame de mamografia gratuitamente para mulheres de todas as idades no Brasil. Porém, mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos têm prioridade para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), baseado em estudos que afirmam maior ocorrência da doença e maior eficiência do exame.

Exames complementares

Dependendo do resultado da mamografia, exames complementares podem ser solicitados ao paciente. São comuns aparecerem anormalidades e algumas delas precisam ser avaliadas separadamente e com mais cautela.

Tais exames também são ótimos para se ter um monitoramento a longo prazo e ver se o tratamento está sendo eficaz. São eles:

Ultrassonografia

A ultrassonografia é um complemento da mamografia, na qual utiliza ondas sonoras penetrantes que não afetam ou danificam o tecido mamário. É indicada para pacientes com mamas mais densas.

Ressonância magnética

Consiste em um ímã que, junto a um computador, transmite energia magnética e ondas de rádio através do tecido mamário, criando imagens bem detalhadas da região de dentro das mamas, nas quais distinguem o que é tecido normal e o que é tecido doente.

Biópsia

É o único procedimento que realmente define se há presença, ou não, de câncer. O teste consiste em remover fluidos da área suspeita, nas quais são examinados por meio de microscópio e testados para verificar a presença de células cancerígenas.

Testes laboratoriais

Se o câncer é diagnosticado, existem dois testes que serão solicitados à paciente para auxiliar no prognóstico: o teste do receptor hormonal e o teste HER2/neu. Esses exames darão informações sobre quais são os tratamentos de câncer mais eficazes em cada situação.

Mamografia: mitos e verdades

Mito: Pessoas jovens não precisam realizar o exame

Verdade: O câncer de mama é mais comum em mulheres com mais idade, porém pode acontecer em mulheres mais jovens também, especialmente se houver histórico familiar. A partir dos 40 anos o exame deve ser realizado anualmente, mas é muito importante estar em dia com seu corpo desde sempre.

Mito: Se não há histórico familiar, não há risco de câncer de mama

Verdade: Se alguém da família já teve câncer de mama, as chances da paciente ter a doença de fato aumentam. Porém, dentre todas as mulheres que possuem a doença, 85% não tem histórico familiar. Então é importante não deixar de realizar o exame por conta disso.

Mito: A radiação é perigosa

Verdade: O uso do raio-X na mamografia é utilizado para se obter uma boa imagem dos tecidos mamários e seu risco é mínimo quando comparado aos benefícios que o exame oferece.

Mito: Resultado alterado no exame significa câncer

Verdade: Muitas mulheres deixam de fazer o exame por medo do que vão encontrar, mas é importante ter consciência de que, se realmente houver presença de câncer, isso só piorará as condições do tratamento e chances de cura. Além disso, 80% dos nódulos encontrados são benignos.

Mito: Pessoas que não possuem nódulos nas mamas não precisam realizar o exame

Verdade: Mesmo que a paciente não sinta estes nódulos, eles podem existir sim. Tumores pequenos são comuns e o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 95%.

Mito: Ter uma vida saudável exclui os riscos de câncer de mama

Verdade: Exercícios físicos e alimentação saudável ajudam a diminuir as chances do desenvolvimento da doença, mas não a eliminam totalmente. A realização anual do exame após a paciente completar 40 anos é essencial.

Mito: A mamografia não funciona em mamas muito densas

Verdade: Apesar de não ser tão eficaz, pelo fato das imagens não apresentarem muita nitidez em mamas muito densas, a realização do exame não é dispensável. Ultrassom e ressonância magnética são exames complementares bastante indicados nesses casos.

Nódulo nas mamas: Como fazer o autoexame?

O autoexame é fundamental para que a mulher conheça detalhadamente as suas mamas, facilitando assim, a percepção de qualquer anormalidade ali existente. É fácil, rápido e útil. E quanto antes descobrir a possibilidade do câncer, maiores são as chances de cura.

Para realizar o autoexame, a mulher deve estar sem roupas da cintura para cima, em frente a um espelho, observando atentamente se há algum tipo de deformação nas mamas.Com um dos braços para cima, a mão aposta deve fazer movimentos circulares em uma das mamas, de fora pra dentro, a fim de encontrar espaçamentos ou pequenos caroços. Esse procedimento deve ser feito nas duas mamas, até a região das axilas.O autoexame, de preferência, deve ser realizado no período logo após a menstruação. No caso de mulheres que não menstruam, o ideal é escolher uma data fixa para realizá-lo mensalmente.
Atenção!

O autoexame só identifica o câncer quando a doença já existe. Por isso, é importante fazer a mamografia anualmente para identificar o problema antecipadamente.

Vale ressaltar também que ao detectar sinais de anormalidades, a paciente não deve entrar em pânico, já que podem tratar-se apenas de alterações funcionais benignas.
A mamografia é um exame indispensável na vida das mulheres. Apesar de ser um pouco desconfortável, é rápido e fácil. Quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores são as chances de cura.

Compartilhe este texto para que mais pessoas possam estar cientes da importância deste exame!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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