Durante a vida, muitas pessoas buscam pertencer e se identificar com um grupo. Essa identidade do grupo adotada se baseia no senso de pertencimento, que influencia diretamente em decisões e atividades.
Em contrapartida, o processo de transformação vivenciado na adolescência ocorre por meio de descobertas sobre o mundo e de si e, a partir disso, a personalidade é desenvolvida, integrando aspectos biológicos, sociais e psicológicos. É dessa forma que se promove dependência ou autonomia para a vida adulta.
Atualmente, sabe-se que o desenvolvimento cerebral acontece dos 9 aos 21 anos e, nesse período, fatores como crises ocasionadas por conflitos familiares, interferem no desenvolvimento, inclusive no uso de drogas.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime, estima-se que 3,8% das pessoas entre 15 a 64 anos consomem maconha, o que corresponde a 188 milhões de pessoas mundialmente. Os dados mais recentes, mostram que houve um aumento de experimentação e usuários de 30% de cannabis.
Além disso, em um estudo mais recentes, foi constatado que a maconha é a droga mais consumida por jovens entre 15 e 24 anos, pois eles consideram que ela é um produto natural, seguro e não aditivo, diferentemente das drogas sintéticas.
Esse aumento significativo no uso de maconha despertou o interesse de cientistas em estudarem os efeitos dela no organismo a fim de implementar intervenções, prevenindo e protegendo a saúde de crianças, adolescentes e jovens adultos
Para saber mais sobre os riscos associados ao uso da maconha, qual a diferença entre canabidiol e maconha, e como parar de usar, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
O delta-9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC), também conhecido como THC, é o principal componente psicoativo encontrado na cannabis sativa e está presente na maconha.
Por outro lado, o canabidiol é um componente terapêutico estudado e utilizado em diversas áreas da medicina, principalmente naquelas relacionadas a funções como apetite, dor e memória. Diferente da THC, o canabidiol não causa alucinações ou sintomas característicos de quem usa a droga de forma recreativa.
Leia mais: Potencial terapêutico do canabidiol no tratamento de ansiedade
O uso precoce da cannabis interfere diretamente na qualidade de vida, principalmente quando iniciado antes dos 18 anos. Isso porque ela aumenta significativamente o risco do usuário desenvolver dependência, uso problemático de outras drogas e transtornos como psicose ou esquizofrenia.
Enquanto a esquizofrenia é um transtorno mental, com distorções do pensamento, emoção, percepção e consciência, a psicose corresponde a um estado mental patológico em que a pessoa perde a conexão com a realidade.
O uso de maconha durante a adolescência pode prejudicar diretamente o desenvolvimento cerebral. Isso ocorre porque o cérebro está em processo de maturação dos 9 aos 21 anos e é sensível a efeitos adversos do ambiente.
Portanto, a exposição à cannabis pode danificar a conectividade entre neurônios, prejudicando funções como estado de alerta, consciência, memória, aprendizado e habilidades executivas, como planejamento e organização.
Isso é possível porque o THC presente na maconha altera o sistema de recompensa cerebral, causando uma resposta desregulada das emoções e comportamentos compulsivos de continuar usando a droga. Isso pode abrir portas para o uso de outras drogas.
Atualmente, estudos indicam que fatores genéticos combinados com o uso de maconha podem aumentar o risco de esquizofrenia e transtornos psicóticos.
Muitas vezes, os sintomas são mais graves do que em pessoas que não usam a droga e que possuem diagnóstico de ambas condições, além de terem início precoce em relação aos demais.
Esse efeito pode interromper o processo de maturação cerebral, ou seja, processo de mudança do comportamental.
O uso de maconha pode prejudicar a função pulmonar e respiratória, causando sintomas sugestivos de doença obstrutiva crônica e maior risco de infecções respiratórias devido aos danos pulmonares.
Além disso, há evidências de que o uso de maconha pode aumentar o risco do usuário também desenvolver câncer no pulmão.
Existem passos a serem entendidos e seguidos antes de parar de usar a maconha, incluindo o entendimento sobre o que é a dependência.
A dependência corresponde a uma desordem crônica e repetitiva. A pessoa usa compulsivamente as drogas, perde o controle da quantidade ingerida e, quando o uso é interrompido, pode vir a apresentar estado emocional negativo, como a irritabilidade, humor instável e desconforto físico que podem durar até 2 semanas.
Quando reconhecido essa desordem, os tratamentos recomendados para dependência de maconha incluem psicoterapia, para a modificação de comportamentos, e tratamento psiquiátrico para a prescrição do tratamento farmacológico.
É aconselhável a participação de grupos terapêuticos. No entanto, o processo de parar de usar drogas depende da motivação do usuário e também de se afastar de círculos de convívio com usuários regulares.
O uso de maconha pode interferir diretamente na qualidade e vida, principalmente quando o consumo ocorre antes dos 18 anos, trazendo prejuízos cognitivos, psiquiátricos e físicos.
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Esp. Thayna Rose
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