Dependência química e psicológica: qual a diferença?

Quais as causas da dependência química e psicológica?

Existem muitos fatores que causam a dependência química e psicológica, e é possível que eles se complementem, sejam eles temperamentais, ambientais, genéticos ou modificadores de curso.

Geralmente, o histórico familiar interfere diretamente no desenvolvimento da condição em crianças ou adolescentes, seja por abuso de substâncias, instabilidade ou convivência com violência no ambiente familiar.
Além disso, histórico de maus tratos e traumas durante a infância tornam a saúde mental vulnerável, levando as pessoas a recorrerem outros meios de obterem prazer ou de esquecerem esses traumas.

Ainda dentro desse ambiente estressor, muitos(as) jovens desenvolvem comportamentos disruptivos, preditores de transtornos de conduta e personalidade antissocial. Portanto, é comum haver o uso de substâncias como cigarro, maconha ou álcool.

Por fim, outro fator com grande influência no desenvolvimento é o genético que, de modo geral, corresponde entre 30 a 80% de risco de serem herdados.

Qual a diferença entre dependência física e psicológica? 

A dependência é dividida entre física e psicológica, confira abaixo um pouco mais sobre cada uma delas:

• Física: são todos os sintomas que aparecem após a pessoa parar de utilizar a substância. Em alguns casos, tremores, náuseas, vômitos e, alguns casos, delirium-tremens, são comuns, além do risco de falecimento;
• Psicológica: envolve o mal-estar e desconforto com a interrupção do uso. Apresenta ansiedade, dificuldade de concentração e sentimento de vazio.

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Quando é preciso buscar ajuda médica e psicológica?

Por conta das causas da condição serem multifatoriais, elas envolvem questões psicológicas e, algumas vezes, biológicas, que necessitam de intervenção desde o início.

A busca pelo uso de substâncias por razões de bem-estar é indicativo que algo não vai bem com a saúde mental. Portanto, mediante esses primeiros sinais, a busca por ajuda psicológica e psiquiátrica é fundamental.

Dessa forma, se você se identificou com os sinais descritos neste artigo, não deixe de procurar ajuda médica e psicológica, pois, somente assim, é possível evitar complicações em sua saúde física e saúde mental.

Tratamentos recomendados

Considerando os motivadores, bem como a gravidade da dependência, há a necessidade de que o tratamento envolva questões biológicas, sociais e psicológicas.
Ou seja, é necessário o envolvimento de diversos profissionais e da família. Para que esse tratamento abarque a baixa adesão por parte do(a) paciente e a desmotivação que, muitas vezes, resulta em recaída.

Portanto, a equipe de tratamento é composta por médicos(as) de diversas especialidades para ser averiguada condições físicas que influenciam na qualidade de vida do(a) paciente.

Profissionais da saúde mental, como psiquiatras e psicólogos(as), têm grande importância para os fatores de motivação, entendimento do conflito responsável por desencadear a dependência e em promover estratégias para alcançar sucesso no tratamento.

Por fim, o envolvimento da família nesse processo é um dos elos mais importantes para a criação de uma rede de apoio que poderá auxiliar em uma possível recaída e na motivação do(a) paciente na busca por uma qualidade de vida melhor.

A dependência química e psicológica corresponde a um conjunto de fatores psicológicos, físicos e comportamentais.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!

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Referências

• Dependentes Químicos em Tratamento: Um Estudo Sobre a Motivação para Mudança — Redalyc;
• Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — American Psychiatric Association, Artmed;
• Representações Sociais do Uso e Abuso de Drogas Entre Familiares de Usuários — Psicologia em Estudo;
• Dependência — Cebrid-Unifesp/Epm.