A Leishmaniose visceral, também conhecida como calazar neotropical ou americana (LVA), é uma zoonose de alta mortalidade que acomete tanto humanos, quanto animais domésticos e silvestres.
Comum na Ásia, Américas, África e Oriente Médio, a doença tem maior incidência nas regiões Norte e Nordeste no Brasil. Além disso, apesar de ter sido uma doença caracteristicamente rural por muito tempo, os casos passaram a avançar sobre as metrópoles.
Para saber mais sobre a condição, como quais sintomas causa e como é feito o tratamento e a prevenção, continue acompanhando o artigo!
Neste artigo, você irá encontrar:
A doença é causada pela picada de mosquitos fêmeas do tipo flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha. O inseto infectado carrega consigo o protozoário Leishmania chagasi, que é o causador da Leishmaniose em humanos e em animais, como cães, gambás, ratos e cavalos.
Em humanos, os grupos mais acometidos pela doença são as crianças, por seu sistema imunológico ainda imaturo, e pessoas do sexo masculino. Já entre os animais, cães domésticos costumam ser um dos mais atingidos.
Os cães são alguns dos animais mais acometidos pela doença.
A transmissão da Leishmaniose visceral se dá pela picada de mosquitos fêmeas, mais especificamente do tipo flebotomíneo, infectadas pelo protozoário Leishmania chagasi.
A partir da picada em animais e humanos, o microorganismo se espalha pela corrente sanguínea e desencadeia uma série de sintomas sistêmicos, ou seja, por todo o organismo.
Vale ressaltar, portanto, que a transmissão não ocorre de pessoa para pessoa ou de animais para pessoas.
O tempo de incubação, ou seja, o período em que os sintomas começam a aparecer após a infecção, varia entre dias e anos. Contudo, no homem a média tende a ficar entre 2 e 6 meses, enquanto que os cães podem manifestar sintomas entre 3 e 7 meses após serem infectados.
Entre os sintomas mais comuns em humanos estão:
Se você se identificou com alguns dos sintomas listados acima, procure ajuda médica imediatamente! Quanto mais cedo tratada a doença, maiores são as chances de recuperação e cura.
Febre persistente é um dos sintomas que devem chamar a atenção!
Leia também: Leishmaniose (tegumentar, visceral): o que é e qual a causa?
A principal diferença entre a Leishmaniose visceral e tegumentar está nos sintomas desencadeados por cada um dos tipos da doença.
Enquanto a do tipo tegumentar, ou cutânea, causa úlceras e compromete a mucosa da boca, por exemplo, a visceral acomete as vísceras, ou seja, os órgãos internos.
O diagnóstico da Leishmaniose visceral é um passo importante antes de partir para o tratamento e pode ser feito a partir de exames do tipo sorológico ou de punção.
Os exames sorológicos comumente recomendados nesse caso são o imunoenzimático, imunofluorescência indireta e teste rápido de imunocromatografia, que coletam uma pequena quantidade de sangue ou de tecido por meio de biópsia.
Por outro lado, o exame parasitológico retira uma pequena amostra da medula óssea do (a) paciente.
O tratamento para a condição consiste no uso de medicamentos do tipo antimoniais pentavalentes, como Pentostam e Glucantime, pentamidina e anfotericina B. Contudo, esses medicamentos proporcionam a estabilidade, mas não conseguem eliminar por completo o protozoário causador da Leishmaniose visceral.
Também vale lembrar que outras condições adjacentes identificadas também precisam receber tratamento adequado e atenção e que alguns grupos, como gestantes e pacientes com insuficiência renal, não podem fazer uso dos medicamentos citados acima.
Caso o (a) paciente tenha recidivas, ou seja, um novo quadro de sintomas, a recomendação é que o tratamento seja repetido novamente, mas por um período de tempo mais longo.
Infelizmente, ainda não há disponível uma vacina humana para a doença, apenas para cães. Contudo, algumas das medidas a seguir podem ajudar na prevenção de picadas de mosquitos infectados pela Leishmania chagasi, como:
Apesar de ser uma doença grave, a Leishmaniose visceral pode ser prevenida com ações muito simples. Portanto, não deixe de fazer a sua parte no dia a dia!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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