O hormônio do crescimento GH (sigla em inglês para Growth Hormone) é responsável pelo aumento da estatura, além de participar do processo de desenvolvimento dos ossos.
Esse hormônio é produzido pela glândula hipófise, que é encarregada de várias funções, como crescimento, metabolismo e reprodução.
O GH também é conhecido como HGH ou somatropina. Esse hormônio está presente em todas as pessoas, embora sua produção seja reduzida quando atingimos a fase adulta.
Mas uma pesquisa descobriu que esse hormônio age sobre neurônios conhecidos como AgRP, que estimulam a fome e controlam os gastos de energia — o que pode dificultar o emagrecimento.
Esses são dados do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Universidade Nacional de La Plata, na Argentina, e da Ohio University, nos EUA.
Os resultados deste estudo foram publicados na revista Nature Communications, no início de fevereiro.
Como o hormônio influencia a dieta?
Quando se tem alguma restrição alimentar, ou seja, quando estamos no meio de uma dieta, é comum sentir fome e não ter aquela sensação de saciedade.
Nesses momentos, de acordo com o estudo, o HGH é secretado pelo organismo, agindo sob os neurônios.
Então, o corpo começa a armazenar as calorias que são ingeridas por meio da alimentação para criar estoques de energia. Além disso, o apetite aumenta. O corpo age desta forma porque pretende fazer uma reserva para manter-se vivo em caso de falta de comida.
Uso do HGH
Além de ser produzido naturalmente no organismo, em alguns casos, o HGH precisa ser reposto no organismo.
Esse tipo de tratamento é indicado conforme orientação médica para crianças e adolescentes que tenham a deficiência do hormônio.
A medicação consiste em aplicações de injeções nos braços ou coxas e é prescrita por um médico endocrinologista.
A somatropina é aplicada até a maturidade óssea, ou seja, quando as cartilagens se fecham e não existe mais a possibilidade de crescimento. Isso geralmente acontece até a adolescência.
Quando o HGH é produzido em excesso, pode causar uma doença conhecida como acromegalia (crescimento desproporcional dos pés e mãos).
Por outro lado, se o corpo não produzir a quantidade suficiente, a falta do hormônio pode causar nanismo (estatura reduzida).
Descobertas como esta podem ajudar a identificar novas maneiras de controlar o peso e combater a obesidade.
Porém, as melhores formas de manter o peso não envolvem o uso de medicamentos. Fazer exercícios físicos e manter uma alimentação equilibrada ainda são as maneiras mais saudáveis de controlar os números na balança.
Fonte: EBC