A principal forma de transmissão do herpes genital acontece através do contato em relações sexuais sem proteção, pois os vírus HSV-1 ou HSV-2 podem estar presentes nos fluidos corporais da pessoa infectada, como na saliva, sêmen e secreções vaginais.

O vírus tem um período de incubação (intervalo entre a infecção e a manifestação dos primeiros sintomas) que varia de 10 a 15 dias após a relação sexual, se levado em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.

Quando se trata do herpes genital provocado pelo vírus HSV-1, a transmissão pode acontecer durante o sexo oral. Dessa forma, as pessoas podem ser infectadas pelo vírus no sexo vaginal, oral e anal.

A forma mais comum de transmissão acontece quando alguém não infectado tem contato direto com a pele de uma pessoa infectada que apresenta lesões visíveis, como bolhas ou erupções, ou seja, durante uma crise sintomática.

No entanto, também é possível contrair herpes a partir do contato com uma pessoa infectada quando ela não apresenta lesões visíveis, pois na maioria dos casos as pessoas não apresentam sintomas e não têm o conhecimento de que estão infectadas. 70% das transmissões acontecem nesse período assintomático.

Como a herpes pode ser transmitida?

As principais formas de transmissão acontecem da seguinte forma:

  • Pelo contato direto com feridas durante crises do herpes;
  • Pela saliva, se o seu parceiro tiver herpes oral (ativa);
  • Por secreções genitais, se o parceiro tiver herpes genital (especialmente com lesões).

As chances de transmissão se elevam em todo episódio em que o paciente apresenta uma crise.

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Como prevenir a transmissão?

Além do uso de camisinha, outros cuidados devem ser tomados para que a transmissão do vírus não ocorra, como uma atenção maior com o uso de objetos pessoais e higiene.

É recomendável que copos, batons ou qualquer protetor labial, lâminas de barbear ou de depilação e toalhas de banho não devem ser compartilhados, principalmente no caso de lesões visíveis.

Em algumas situações o vírus do herpes genital não é considerado um risco de transmissão, como ao usar vasos sanitários, pelo contato com roupas de cama de alguém infectado e piscinas.

Ainda posso ter relações sexuais normalmente se tiver herpes?

Pacientes com herpes genital não estão destinados a uma vida de castidade só porque foram diagnosticados com a doença, no entanto precisam saber que os cuidados devem ser redobrados.

O primeiro passo para conseguir manter uma vida sexual sem riscos de infecção para o parceiro é conversando e deixando claro a condição para a outra pessoa.

Com o tratamento feito com medicação antiviral supressiva e com o uso de preservativos, o risco de transmissão é reduzido, mas não é nulo. Por isso, é importante ter um acompanhamento médico para que a doença não atrapalhe a vida sexual do paciente.

Além disso, é importante ressaltar que se deve evitar relações sexuais quando o paciente está durante um surto da doença, pois é nesse período em que o risco de transmissão é maior.


Fonte consultada

Dr. Paulo Caproni (CRM/PR 27.679 | CRM/SC 25.853 | CRM/SP 144.063), graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Residência Médica em Medicina Preventiva e Social pela USP-SP (PROAHSA). MBA em Gestão Hospitalar e de Sistemas de Saúde (CEAHS) pela FGV-SP


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