A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso periférico por meio de uma inflamação que atinge vários nervos periféricos. Esses nervos, embora façam parte do sistema nervoso central (SNC), não estão localizados no cérebro e na medula espinhal.
Os nervos periféricos geralmente se originam na medula espinhal e se estendem para outras partes do corpo, permitindo assim a comunicação entre o cérebro e todo o organismo.
A maioria dos pacientes com a condição apresenta um início agudo dos sintomas neurológicos, geralmente após uma infecção viral ou bacteriana.
Aproximadamente 100 mil casos são diagnosticados anualmente, e todos os pacientes necessitam de monitoramento dos sintomas, especialmente quando há fraqueza na face, ocasionando problemas na articulação das palavras durante a fala e disfunção do sistema autônomo, como alterações no batimento cardíaco.
Para saber mais sobre a síndrome de Guillain-Barré, o que causa, sintomas e o tratamento, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
A SGB geralmente se desenvolve após uma infecção ou estímulo imunológico que desencadeia uma resposta de defesa do organismo. Isso ocorre devido à interação entre o organismo e o agente infeccioso, como um vírus.
Essa interação ocorre da seguinte maneira: o sistema imunológico reconhece o vírus como semelhante à própria estrutura dos autoantígenos, que são responsáveis pela defesa do organismo.
Consequentemente, o vírus começa a afetar várias partes do organismo sem que haja uma proteção adequada. Alguns dos principais agentes causadores da SGB são:
Esses agentes infecciosos podem desencadear a síndrome de Guillain-Barré, levando a sintomas neurológicos e outras complicações. É importante estar ciente dessas possíveis causas e procurar tratamento adequado em casos suspeitos de SGB.
Os sintomas da SGB se desenvolvem em tempo variável, em alguns casos podendo levar algumas semanas, mas em outros apenas algumas horas. Os sintomas costumam ser:
Caso você se identifique com um ou mais sintomas listados acima, não deixe de buscar ajuda médica!
O diagnóstico é realizado por um(a) neurologista, que realiza exames clínicos para ajudar a entender o início e a manifestação da condição. O objetivo é identificar os seguintes sinais:
Além disso, a avaliação dos reflexos e a resposta a estímulos são necessárias. O(a) médico(a) também pode solicitar a análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), eletroneuromiografia (ENMG), eletrocardiograma e exames pulmonares para auxiliar no diagnóstico.
Essas medidas permitem uma avaliação abrangente da condição e auxiliam no diagnóstico correto da síndrome.
Atualmente, não há cura para a condição. Isso porque ela afeta diretamente o sistema nervoso central (SNC) e, como resultado, pode deixar sequelas que exigem tratamento a longo prazo para reduzir os danos causados.
O tratamento envolve cuidados hospitalares, especialmente se o(a) paciente precisar de cuidados intensivos e acompanhamento por uma equipe especializada.
Para melhorar o prognóstico, é importante antecipar e controlar outras condições que possam agravar os sintomas, a fim de reduzir os déficits causados pela condição durante a fase aguda.
A plasmaférese pode ser realizada por meio de aparelhos semelhantes aos utilizados na hemodiálise. O sangue do(a) paciente é retirado e as células sanguíneas são separadas do plasma. O plasma, que contém agentes infecciosos responsáveis pela doença, é descartado.
O tratamento medicamentoso inclui o uso de imunoglobulina humana intravenosa, geralmente administrada durante dois a cinco dias. O tratamento só é interrompido se houver alguma condição renal ou anafilaxia.
Recomenda-se a realização de fisioterapia, especialmente nos casos em que há comprometimento motor que afeta a locomoção e a realização de atividades diárias. A fisioterapia auxilia na recuperação dos movimentos, aumentando a força, o controle motor e a estabilidade muscular.
O acompanhamento psicológico é importante, pois o(a) paciente passa por situações que impactam diretamente a saúde mental. Portanto, o tratamento psicoterapêutico é necessário para fortalecer a saúde mental diante do ocorrido.
Devido ao seu impacto no sistema neurológico, a SGB afeta diretamente a capacidade motora do paciente, causando prejuízos na comunicação e influenciando o sistema autônomo.
Por exemplo, o(a) paciente pode apresentar dificuldade em controlar a micção, taquicardia e hipertensão. Algumas sequelas observadas podem incluir:
Na maioria dos casos, ocorre recuperação completa ou quase completa. No entanto, em situações em que a regeneração total das bainhas de mielina não é possível, pode haver perda ou redução da capacidade de movimento em determinadas partes do corpo.
Essa perda pode variar de pequena e imperceptível a grave, resultando em fraqueza muscular intensa ou até mesmo paralisia em casos extremos. No entanto, é importante ressaltar que esses casos são raros.
Em casos graves da doença, os músculos cardíacos podem ficar enfraquecidos ou até mesmo imóveis. Isso representa um sério risco de parada cardíaca. Embora seja uma consequência letal da síndrome de Guillain-Barré, é extremamente rara.
Da mesma forma que os problemas cardíacos, é possível que a doença paralise ou enfraqueça a função pulmonar, comprometendo a respiração. Nesses casos, pode ser necessário recorrer à terapia de respiração mecânica.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune rara que afeta os nervos periféricos, causando inflamação e diversos sintomas neurológicos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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