Saúde

Glioblastoma: saiba quais as causas, sintomas e se tem cura!

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 26/06/2024Última atualização: 26/06/2024
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 26/06/2024Última atualização: 26/06/2024
Foto de uma peça anatômica de um cerebro e instrumentos cirúrgicosO glioblastoma multiforme (GBM) é uma das formas mais agressivas e perigosas de tumor cerebral, caracterizando-se por seu crescimento rápido e invasivo.
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O glioblastoma é uma forma altamente maligna de tumor primário que afeta o Sistema Nervoso Central, podendo atingir tanto o cérebro quanto a medula espinhal. Sua principal característica é sua alta invasividade, com um potencial significativo de infiltração nos tecidos cerebrais.

Este tipo de tumor é notório por sua rápida forma de crescimento e disseminação, frequentemente pressionando sobre as estruturas cerebrais conforme se desenvolve. 

À medida que a doença avança, os sintomas podem se agravar, podendo levar o paciente a um estado de inconsciência e complicações graves se não for tratada prontamente.

Representando aproximadamente metade de todos os tumores primários cerebrais, o glioblastoma é uma condição que requer atendimento médico urgente.

No entanto, apesar dos desafios apresentados por essa doença, a pesquisa e o desenvolvimento de novas terapias estão em andamento na esperança de melhorar os resultados para os pacientes afetados pelo glioblastoma.

Acompanhe o artigo para entender melhor as causas, sintomas e muito mais sobre o tema!

Índice — Neste artigo você verá:

  1. O que é um glioblastoma?
  2. Que tipo de tumor é?
  3. O que causa um glioblastoma?
  4. Quais são os sintomas?
  5. Formas de tratamento
  6. Tem cura?

O que é um glioblastoma?

O glioblastoma é um tipo de tumor cerebral primário altamente maligno e frequentemente fatal. Em geral, os pacientes enfrentam um prognóstico extremamente difícil, com uma média de sobrevida inferior a dois anos após o diagnóstico. Afetando mais homens e sua incidência tende a aumentar com a idade.

Seu tratamento padrão para as pessoas recém-diagnosticadas geralmente começa com cirurgia para remover o tumor, seguida de radioterapia concomitante com a administração de temozolomida. Posteriormente no tratamento, podem receber temozolomida, um medicamento para tentar conter o crescimento do tumor.

O tumor geralmente se forma nos hemisférios cerebrais, que são as maiores partes do cérebro e responsáveis por funções como movimento, pensamento e percepção sensorial. Essa preferência pela localização pode ser devido à sua estrutura e atividade neuronal.

Além disso, o glioblastoma pode se espalhar para outras áreas do cérebro e até mesmo para a medula espinhal.

Isso pode ocorrer através de diferentes vias, como os vasos sanguíneos, tratos cerebrais que conectam diferentes regiões do cérebro, e a disseminação subpial, que é quando as células tumorais se infiltram na camada mais superficial do cérebro, chamada de pia-máter.

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Que tipo de tumor é?

A origem do glioblastoma surge das células chamadas astrócitos, que são um tipo de célula encontrada no sistema nervoso central. Os astrócitos são fundamentais no fornecimento de suporte e nutrientes aos neurônios.

Portanto, quando essas células se transformam em células cancerígenas, isso interrompe o equilíbrio cerebral, resultando em um crescimento tumoral descontrolado. Essa perturbação no equilíbrio celular é uma característica fundamental do glioblastoma e contribui para sua gravidade e dificuldade de tratamento.

Muitas vezes crescendo e ocupando uma parte substancial do volume do tecido nervoso. Embora possam ocorrer em qualquer idade, o glioblastoma é mais comum em adultos entre 50 e 70 anos de idade.

Além de toda a sua gravidade, a doença possui sintomas variados, dependendo da sua localização dentro do cérebro. Por exemplo, se o tumor se desenvolver em uma região responsável pelo controle dos movimentos do braço, é provável que a força muscular nesse membro seja comprometida. 

Da mesma forma, se o glioblastoma afetar uma área crítica para a linguagem, como o centro da fala, isso pode resultar em dificuldades na comunicação verbal.

Essa variedade de sinais muitas vezes é o que dificulta o diagnóstico, já que eles podem ser facilmente confundidos com outros problemas de saúde.

Quais os graus do glioblastoma?

O tumor pode apresentar diferentes graus e variações, resultando em uma variedade de sintomas que exigem abordagens terapêuticas específicas para cada caso. As várias formas de glioblastoma podem ser diferenciadas:

  • Grau I: mais frequente em crianças e possui uma baixa incidência. Geralmente, caracteriza-se por um crescimento lento e não realiza infiltração nos tecidos circundantes. Como resultado, pode ser tratado com sucesso por meio de cirurgia e possui boas perspectivas de cura quando detectado precocemente;
  • Grau II: similar ao grau I, o tumor se desenvolve de forma gradual. Possui a capacidade de infiltrar-se nos tecidos cerebrais circundantes. Se não for diagnosticado e tratado, pode progredir para os grau III e IV;
  • Grau III: aqui o crescimento é mais rápido e sintomas mais agressivos. A probabilidade de infiltração nos tecidos é significativamente maior. Os sintomas se intensificam, demandando acompanhamento médico rigoroso;
  • Grau IV: também chamado de glioblastoma multiforme e exibe um crescimento rápido, sintomas altamente agressivos e uma certa propensão à infiltração. Embora o tratamento possa ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente, a cura é extremamente rara.

Leia mais: Tumor Cerebral (benigno, maligno): tem cura? Veja sintomas 

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O que causa um glioblastoma?

Profissionais da saúde estudando sobre o cérebro humano.
O glioblastoma é uma forma de câncer que até hoje não se sabe exatamente as causas. Embora existam poucos fatores de risco confirmados, alguns elementos têm sido associados ao desenvolvimento desse tipo de tumor.

A exposição à radiação ionizante é considerada o fator de risco mais significativo. Pessoas que foram submetidas a tratamentos de radiação, como aqueles usados ​​para tratar outros tipos de câncer ou para procedimentos médicos, têm um risco aumentado de desenvolver o glioblastoma.

Além disso, embora em menor escala, pode ser associado a:

  • Consumo excessivo de álcool;
  • Histórico familiar;
  • Idade, já que o tumor é mais comum em adultos com mais de 50 anos;
  • Homens tendem a ser mais afetados.

Quais são os sintomas?

Os sintomas associados ao glioblastoma podem variar dependendo do estágio da doença e da área do cérebro afetada pelo tumor. Conforme o tumor cresce e ocupa espaço dentro do cérebro, aumenta a pressão intracraniana, resultando em uma série de manifestações clínicas. 
 

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Dores de cabeça frequentemente e persistentes;
  • Dificuldades cognitivas, como problemas de aprendizado, perda de memória e concentração;
  • Problemas de equilíbrio e coordenação;
  • Dificuldades na fala;
  • Perda de apetite;
  • Mudanças bruscas de humor, como irritabilidade e tristeza repentina;
  • Episódios de vômitos;
  • Dificuldade para enxergar, como visão turva e alterações no campo visual.
     

Esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições neurológicas, como de um AVC, por exemplo, o que torna essencial um diagnóstico.

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Formas de tratamento

O tratamento voltado ao glioblastoma envolve diversos cuidados multidisciplinares e delicados, considerando a agressividade do tumor e sua localização. A principal estratégia terapêutica inclui a combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, tanto para a remoção do tumor quanto para prevenir sua reincidência.

A cirurgia é frequentemente recomendada como a primeira linha de tratamento, embora exista uma rápida taxa de crescimento do glioblastoma e uma dificuldade de acesso em certas áreas do cérebro. 

Já que a retirada parcial do tumor, muitas vezes, não é suficiente para impedir sua recorrência, exigindo intervenções complementares, como a quimioterapia, que pode ser administrada oralmente ou por meio de infusões intravenosas.

A radioterapia, por sua vez, utiliza radiação para destruir as células cancerígenas, reduzindo o tamanho do tumor e ajudando no alívio dos sintomas.

Dependendo do caso, são prescritos medicamentos para reduzir o edema cerebral, controlar crises convulsivas e fornecer cuidados clínicos de suporte paliativo. Tudo em busca de melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada pela doença.

Após a conclusão do tratamento inicial, o paciente continua sendo acompanhado de perto por uma equipe médica, realizando exames de imagem periódicos e consultas regulares. Esses exames podem incluir tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Leia mais: Ressonância Magnética: conheça o exame e como é feito 

Tem cura?

Atualmente não existe uma cura conhecida para a glioblastoma. A complexidade da doença está em sua agressividade e na dificuldade de acesso a certas áreas do cérebro onde o tumor está localizado.

Por esse motivo, em muitos casos, a cirurgia não é completa, deixando células tumorais remanescentes que podem continuar a se proliferar e causar o seu reaparecimento. Além disso, mesmo quando a cirurgia é bem-sucedida na remoção do tumor visível, as células cancerígenas podem permanecer nas proximidades, dificultando a erradicação completa da doença.

Os tratamentos de hoje ajudam a controlar o crescimento do tumor, aliviar os sintomas associados e proporcionar conforto ao paciente.


O glioblastoma multiforme (GBM) é uma das formas mais perigosas e agressivas de tumor cerebral. Seu crescimento é rápido e de natureza altamente invasiva. 

Causando uma rápida infiltração no tecido cerebral tornando difícil a remoção completa do tumor, e os pacientes frequentemente necessitam de tratamentos agressivos para controlar a doença.

A expectativa de vida para pacientes com GBM é geralmente limitada, com uma média de sobrevida de 1 a 2 anos após o diagnóstico. No entanto, em casos raros, alguns pacientes conseguiram sobreviver por até 5 anos ou mais com a doença.

Pesquisas continuam sendo realizadas em busca de novas formas de tratamento e biomarcadores que possam ajudar a identificar pacientes que possam se beneficiar de cuidados específicos.

Enquanto isso, os cuidados para esse tipo de tumor continua sendo multidisciplinar e envolvendo uma equipe de profissionais de saúde para conseguir dar todo o apoio e cuidados aos pacientes e suas famílias.

Caso tenha gostado do conteúdo, continue explorando o portal para encontrar informações sobre saúde e muito mais!


Imagem do profissional Kayo Vinicius Ferreira Forte
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Este artigo foi escrito por:

Kayo Vinicius Ferreira Forte

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