A agorafobia (CID 10 - F40.00) é um transtorno ansioso caracterizado pelo medo e ansiedade excessiva diante de uma ou mais situações que envolvam estar em locais abertos, fechados, públicos e de estar sozinho (a) fora de casa, por exemplo
Isso se dá diante do temor gerado por pensamentos sobre o ambiente e seus riscos, como de ser um local de difícil escapatória. Outro temor é de não ter auxílio em situações incapacitantes (em crises de pânico) ou que sejam constrangedoras.
Considerando que o medo e a ansiedade são estados que aparecem em todos os transtornos ansiosos, é importante saber diferenciá-los.
O medo é uma resposta diante de uma ameaça que pode ser real ou então percebida. Além disso, está associado a necessidade de luta ou fuga, pensamentos que envolvem perigo imediato e comportamento de fugir da situação.
Em contrapartida, a ansiedade é uma resposta antecipada de uma possível ameaça. Nesse caso, o (a) paciente apresenta tensão muscular, estado de vigília e se prepara para uma situação perigosa, que necessite de cautela ou precise ser evitada.
O transtorno acomete duas vezes mais mulheres do que homens e, anualmente, 1,7% de adultos e adolescentes são diagnosticados com agorafobia. Já na população geral, a condição tende a surgir ao longo da vida e acomete de 2,5 a 6,5%.
Para saber mais sobre agorafobia, sintomas, diferença entre agorafobia, fobia social e síndrome do pânico, continue acompanhando o artigo!
Índice Neste artigo você irá encontrar:
As causas da agorafobia se dão por meio de três fatores, sendo eles temperamentais, ambientais, genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um:
Os fatores temperamentais envolvem o comportamento inibido (medo extremo), disposição neurótica (tende a experimentar as emoções negativas dos eventos da vida) e sensibilidade à ansiedade, ou seja, acreditar que os sintomas ansiosos são prejudiciais.
Durante a infância do (a) paciente, alguns acontecimentos podem ter gerado gatilhos para que esse transtorno se desenvolvesse, como:
A agorafobia é um dos transtornos com maior associação com fatores genéticos. Estima-se que cerca de 61% dos casos sejam causados por predisposição genética.
Os sintomas da agorafobia envolvem medo e ansiedade desproporcionais ao real perigo nas seguintes situações:
Essas situações despertam medo no (a) paciente, fazendo com que ele (a) evite essas situações ativamente, pois enfrentam as situações com temor extremo ou necessitem de companhia.
Considerando que a agorafobia é persistente e crônica, os graus variam conforme as dificuldades do (a) paciente nas atividades corriqueiras.
Alguns (as) pacientes podem apresentar duas ou mais situações que despertam medo e ansiedade, porém, conseguem enfrentar mesmo com temor. Contudo, casos graves de agorafobia podem fazer com que o (a) paciente se isole e seja dependente de outra pessoa.
Em casos onde não há tratamento, o (a) paciente poderá desenvolver transtorno depressivo maior, transtorno depressivo persistente ou até mesmo transtorno por uso de substâncias.
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Saber diferenciar a agorafobia, fobia social e síndrome do pânico é muito importante. Apesar das três pertencerem à categoria de transtornos ansiosos, elas se diferenciam pelas situações causadoras.
A agorafobia é caracterizada por medo ou ansiedade excessiva diante de situações como transporte público, locais abertos, locais fechados ou sair sozinho. Essas situações despertam pensamentos de dificuldade de fuga, de não ter auxílio em caso de sintomas incapacitantes ou então passar por constrangimento.
Por outro lado, o transtorno de ansiedade social, também conhecido como fobia social, se refere à ansiedade ou medo diante das preocupações com desempenho geralmente prejudicial para a vida profissional. Porém, esses medos podem ser refletidos na escola ou ambientes acadêmicos, por exemplo, onde o (a) paciente tem medo de ser avaliado negativamente.
Já o transtorno do pânico, ou síndrome do pânico, refere-se aos ataques de pânico inesperados e recorrentes onde a pessoa sente, de maneira abrupta, medo e desconforto intenso, podendo ser iniciado de um estado calmo para um estado ansioso. Esses ataques de pânico podem incluir os seguintes sintomas:
Os (as) pacientes que apresentam agorafobia não precisam necessariamente apresentar crises de pânico, pois a avaliação da agorafobia se dá através da ansiedade e medo gerado diante das situações citadas acima.
Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação parecida, procure por ajuda médica quanto antes!
O diagnóstico deve ser feito por um (a) médico (a) psiquiatra, pois é o (a) especialista mais capacitado (a). Ele fará a avaliação da queixa do (a) paciente, considerando os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-V), considerando que, para possível diagnóstico, é necessário a presença de duas a cinco situações citadas acima.
Contudo, para ser realizado o diagnóstico, é importante que o (a) paciente tenha consciência dos sintomas e do quanto eles o causam sofrimento.
O tratamento para agorafobia pode variar de acordo com cada caso. O (a) psiquiatra fará a avaliação sobre a necessidade de medicamentos, como antidepressivos, hipnóticos, ansiolíticos (como benzodiazepínicos) e anticonvulsivantes.
Conjuntamente, realizar terapia para enfrentamento dos medos e ansiedade, ou então para alívio dos sintomas apresentados, é essencial!
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Sim, a agorafobia tem cura! Como citado acima, a melhor forma de tratar é combinando o tratamento psicofarmacológico com psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, terapia de exposição ou terapia comportamental.
A agorafobia é caracterizada pelo medo ou ansiedade excessiva diante situações em ambientes abertos, fechados ou de sair sozinho, despertando pensamentos de luta ou fuga.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sintomas, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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