O sistema linfático faz parte do imunológico e tem grande importância para o bom funcionamento do organismo. Isso porque uma das suas principais funções é realizar o transporte de líquido (linfa) no corpo por meio dos vasos linfáticos.
Quando o sistema linfático deixa de cumprir essa função adequadamente e a linfa fica acumulada, pode se desenvolver o linfedema (CID 10: I890).
O distúrbio é caracterizado por um inchaço na região, geralmente nas pernas, pés ou braços. É uma doença crônica, e, portanto, pode agravar se não houver tratamento adequado.
Por meio da leitura deste artigo, você poderá conhecer mais sobre o linfedema e entender seus sintomas, complicações e outros aspectos dessa patologia!
Índice - Neste artigo, você encontrará:
A maior parte dos casos de linfedema acontece por conta de bloqueios nos vasos linfáticos, que apresentam redução da capacidade de drenar e conduzir os líquidos.
Essas barreiras nos canais podem se originar após a realização de uma cirurgia, assim como tratamentos que envolvam radioterapia, pois os vasos são danificados.
Um exemplo é o surgimento de linfedema em um dos braços após o tratamento de câncer de mama, que pode lesionar o sistema linfático nessa área.
Inflamações, infecções, obesidade, doenças venosas, imobilidade e traumas também podem acarretar um diagnóstico de linfedema.
Outra causa menos comum para a patologia é o mau desenvolvimento do sistema linfático. Normalmente, isso acontece quando ele deixa de cumprir sua função adequadamente ou quando a quantidade de vasos linfáticos não é suficiente para comportar os fluidos. Nesse caso, a doença surge por uma característica genética.
O linfedema pode ser dividido em dois tipos: primário e secundário. A principal diferença entre eles é a sua causa, já que o primário surge pelo mau funcionamento do próprio sistema linfático, enquanto o secundário é consequência de alguma ação externa a ele.
Representa menos de 5% dos casos e geralmente acomete os membros inferiores. Nesse caso, pode surgir por mutação genética ou hereditariedade, ou seja, por histórico familiar.
Ele pode aparecer ainda na infância ou apenas na vida adulta, se manifestando por sintomas como pés e pernas inchadas sem razão aparente.
Afetando cerca de 95% dos pacientes diagnosticados com linfedema, o tipo secundário é o mais comum.
Ele ocorre por consequência de algum fator externo, como tratamentos, cirurgias, traumas, entre outros. Nesse caso, o sistema linfático, que antes funcionava adequadamente, se torna ineficiente em algumas regiões.
Ele costuma ser associado ao câncer porque pode surgir em decorrência do tratamento ou da cirurgia para remover o tumor. Alguns dos cânceres em que esse fato acontece com mais frequência são o de mama, pele, os na região da cabeça e pescoço, genitais e ginecológica.
O linfoma também é um tipo de câncer que pode provocar o linfedema, já que atinge diretamente o sistema linfático.
O principal sintoma do linfedema é o inchaço, que ocorre em decorrência do acúmulo de líquidos na região.
Em muitos casos, esse edema começa a surgir sutilmente, ao fim do dia, desaparecendo após uma noite de sono. É comum que as roupas ou calçados fiquem apertados, deixando a área inchada com um aspecto amassado.
Com o passar do tempo, o inchaço passa a ser mais constante e visível, e outros sintomas podem surgir em conjunto:
Diante de sintomas como esses, é necessário procurar um auxílio médico para que eles sejam analisados. Apenas assim é possível chegar a um diagnóstico e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
O lipedema é uma doença vascular crônica que surge a partir de uma disfunção no sistema endócrino, ou seja, tem relação com os hormônios. O linfedema, por sua vez, é um distúrbio do sistema linfático.
Acúmulo de gordura e inchaço de algumas áreas, principalmente regiões na cintura, quadril e pernas, são os sintomas mais comuns do lipedema. Contudo, o inchaço que ocorre em casos de linfedema se dá por conta do acúmulo de líquidos.
Portanto, apesar de os nomes serem muito parecidos, os edemas em comum não significam que as doenças são semelhantes. Pelo contrário, elas não têm relação uma com a outra, e por isso o diagnóstico e tratamento podem ser diferentes.
Leia mais: O que é Linfoma de Hodgkin, sintomas, tratamento, tem cura?
O linfedema pode ser identificado após uma análise médica. O(a) profissional de saúde pode ter uma ideia da condição a partir dos sintomas apresentados e do histórico do(a) paciente.
Contudo, a confirmação só acontece por meio de exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, que são capazes de detectar os bloqueios nos vasos linfáticos.
O linfedema pode ocasionar algumas complicações, especialmente se o tratamento não for realizado adequadamente. Algumas são:
Além das complicações físicas, ainda é comum existir efeitos sociais e psicológicos, já que a doença pode ser visível, gerando um impacto estético.
O linfedema não tem cura, porém, é possível tratá-lo de forma que seus impactos sejam minimizados, dando ao portador a possibilidade de ter uma vida relativamente normal, ainda que seja necessário conviver com a doença.
O tratamento para linfedema, geralmente, envolve medidas não invasivas, que auxiliam na circulação.
Geralmente, é recomendado o uso de faixas ou meias de compressão nas regiões afetadas. Outra medida é a realização de drenagens linfáticas, visando drenar o líquido acumulado.
Outras formas de tratamento que podem ser indicadas são:
A área médica que cuida de pacientes com esse tipo de patologia é a angiologia, que trata doenças que atingem os vasos sanguíneos e linfáticos, assim como os sistemas relacionados.
Portanto, diante de algum sintoma, busque ajuda profissional. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais eficaz o tratamento.
O linfedema não é câncer, mas sim uma condição em que os vasos linfáticos são bloqueados e a circulação de líquidos no organismo é comprometida, causando inchaços na região afetada.
A doença não deve ser confundida com linfoma, um tipo de câncer que atinge o sistema linfático e compromete seu funcionamento. Contudo, o linfedema pode ser sim uma consequência do linfoma.
Existe uma associação entre câncer e linfedema, já que tratamentos e cirurgias para remover o tumor podem prejudicar as estruturas linfáticas e ocasionar a doença em algumas regiões.
O linfedema não é uma doença que pode matar. Entretanto, as complicações podem resultar em problemas físicos graves, afetando a vida e a rotina da pessoa. Por isso, o tratamento e acompanhamento médico são indispensáveis!
Um sistema linfático em mau estado pode ser muito prejudicial para o organismo. Por isso, doenças relacionadas, como o linfedema, precisam ser diagnosticadas e tratadas quanto antes.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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