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Vacinação contra gripe H1N1: veja o calendário

Publicado em: 23/04/2020Última atualização: 03/09/2020
Publicado em: 23/04/2020Última atualização: 03/09/2020
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No dia 23 de março, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2020, do Ministério da Saúde, teve início. O calendário foi dividido de acordo com alguns grupos de riscos, como pessoas idosas, portadoras de doenças crônicas e trabalhadoras da área de saúde. 

A ideia, como sempre, é vacinar o maior número de pessoas, protegendo a população como um todo, logo que a ação ajuda a reduzir a circulação do vírus — o que protege até quem não recebeu a vacina. 

Vale apontar que, segundo o Ministério da Saúde, em 2020, até 21 de março, foram registrados 204 casos e 19 óbitos por H1N1, 181 casos e 17 óbitos por Influenza B e 21 casos e 3 óbitos por H3N2. Então, vacinar-se ajuda a reduzir esses números!

Quer saber quem deve fazer a imunização e qual o calendário? Confira o texto:

O que é vacina da gripe H1N1?

A vacina contra a gripe é um imunizante, feito com o vírus fragmentado e inativado, e que não causa a gripe. Na rede pública de saúde, a dose distribuída é a trivalente, que tem dois tipos de Influenza A (H1N1 e o H3N2) e um tipo de influenza B. 

Conforme a Resolução Nº 2.735, de 2 de outubro de 2019 da Anvisa, a vacina influenza trivalente da campanha de 2020 tem a seguinte composição:

  • A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09;
  • A/South Australia/34/2019 (H3N2);
  • B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Clínicas privadas oferecem a vacina também, mas ela é um pouco diferente, por ser a quadrivalente, que tem dois subtipos do influenza A e dois do Influenza B. 

Todos os anos, o Ministério da Saúde lança a Campanha Nacional de vacinação, oferecendo à população de risco a vacinação gratuita. Mas isso não significa que quem não se enquadra nas categorias não deve se vacinar. 

Aliás, o ideal é que todas as pessoas recebam o imunizante, pois isso reduz consideravelmente a circulação do vírus e o adoecimento da população. Porém, quem não está nos grupos prioritários só consegue receber a dosagem se adquirir na rede privada.

Em geral, leva entre 2 e 3 semanas para que o organismo esteja imunizado contra a gripe, sendo que a duração da proteção permanece de 6 a 12 meses — por isso, é necessário repetir a aplicação todos os anos.

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Quem pode tomar a vacina?

Em 2020, o público-alvo da campanha contra a gripe foi maior do que em outros anos. Vale lembrar que cada grupo deve conferir o calendário de vacinação para saber quando poderá receber gratuitamente o imunizante. 

De acordo com o Ministério da Saúde, devem ser vacinados os seguintes grupos: 

  • Pessoas entre 55 e 59 anos; 
  • Pessoas idosas com mais de 60 anos; 
  • Crianças entre 6 meses e 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias); 
  • Gestantes e mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias (puérperas);
  • Pessoas que trabalham na área de saúde;
  • Professores(as) de escolas públicas e privadas;
  • Pessoas indígenas;
  • Pessoas que tenham doenças crônicas; 
  • Adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos que estão sob medidas socioeducativas;
  • Pessoas em regime de privação de liberdade;
  • Pessoas que trabalham no sistema prisional;
  • Profissionais de forças de segurança e salvamento (como da polícia ou do corpo de bombeiros).

Quais as doenças crônicas que entram no calendário de vacinação? 

Vão receber a vacina contra a gripe, em 2020, pessoas que sofram com alguma doença crônica da seguinte listagem: 

  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Doenças respiratórias crônicas (por exemplo, asma, DPOC, bronquiectasia, doenças Intersticiais do pulmão; displasia broncopulmonar);
  • Doenças cardíacas crônicas (como hipertensão, insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica);
  • Doenças neurológicas crônicas (devem ser consideradas as condições de cada paciente que apresente AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla e outras)
  • Doenças hepáticas crônicas (como hepatites, cirrose)
  • Transplantes de órgãos sólidos ou medula óssea;
  • Doenças renais crônicas (doença renal nos estágios 3,4 e 5, síndrome nefrótica, paciente em diálise);
  • Imunossupressão (congênita ou adquirida, por doenças ou medicamentos);
  • Trissomias (como síndromes de Down, de Klinefelter, de Wakany, entre outras).

Vale lembrar que, assim como pessoas dentro da faixa etária de vacinação devem levar um documento de identificação para comprovação, pessoas com alguma doença crônica devem levar declaração médica ou receita de medicamentos para comprovar a condição.

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Por que a campanha de vacinação da gripe em 2020 foi antecipada?

Em 2020, a campanha de vacinação contra a gripe, do Ministério da Saúde, foi antecipada. Geralmente, ela ocorre na segunda quinzena de abril, mas neste ano iniciou no dia 23 de março. 

E tem um bom motivo: a pandemia de coronavírus. Vale lembrar que a vacina da gripe não protege contra o novo coronavírus, mas ela tem um importante papel para reduzir riscos. 

Isso porque, em média, o sistema imunológico da pessoa vacinada fica mais protegido contra outros diferentes vírus da gripe, que podem baixar a imunidade e favorecer o contágio por coronavírus. 

Além disso, com menos gente doente, há menos necessidade de ir aos hospitais e clínicas. Mas, caso haja sintomas de infecções virais, fica mais fácil descartar doenças e chegar ao diagnóstico rapidamente.

A vacina contra H1N1 protege contra o coronavírus?

Não. É bem importante saber que a vacina contra H1N1 não protege contra o coronavírus diretamente. Ou seja, a pessoa não fica imunizada contra ele.

Porém, indiretamente, ela pode auxiliar na proteção do organismo. Isso ocorre porque pessoas gripadas ficam com a imunidade mais baixa, o que as deixa mais suscetíveis à Covid-19. Além disso, qualquer doença ou infecção respiratória seria um agravante em casos de infecção pelo coronavírus, que poderia ter desfechos mais sérios.

Outro fator importante para que a população seja vacinada é que a gripe leva muitas pessoas aos hospitais todos os anos, inclusive com casos graves, indo a óbito. Com uma redução nos adoecimentos, os hospitais ficam menos sobrecarregados. 

Considerando que, neste momento, o sistema de saúde vive um estado complicado, com falta de leitos e atendimento em diversos estados, o ideal é não precisar de atendimento hospitalar.

E, ainda, caso as pessoas vacinadas apresentem sintomas relacionados à gripe, fica mais fácil descartar algumas possibilidades. Isso ajuda em um diagnóstico mais acelerado, já que os sintomas podem ser bem semelhantes em muitos casos.

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Qual o calendário de vacinação?

Vale destacar que é preciso verificar as datas de início e disponibilização das vacinas em cada cidade ou estado. Também é preciso verificar se as cidades estão adotando medidas de escalonamento — ou seja, dividindo cada grupo e grupos menores.

Elas devem ocorrer dentro do período estipulado pelo Ministério da saúde, que é:

1ª fase 

A primeira fase da campanha começou a partir do dia 23 de março e foi é destinada à imunização de pessoas idosas com 60 anos ou mais, além de pessoas que trabalham na área de saúde.

2ª fase 

A partir de 16 abril, profissionais das forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas, caminhoneiros(as), motoristas de transporte coletivo e portuários começaram a receber a vacina.

3ª fase 

De 9 a 22 de maio, os grupos são: 

  • Professores(as);
  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Grávidas;
  • Mães no pós-parto;
  • População indígena;
  • Pessoas entre 55 e 59 anos;
  • Pessoas com deficiência;

Manter a vacinação em dia é uma das formas de prevenir a gripe. Para reduzir os casos e proteger melhor a população, o Ministério da Saúde realiza, anualmente, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.

E todos os dias o Minuto Saudável traz informações importantes para você cuidar melhor da sua saúde e bem-estar!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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