Saúde

Tireoidite de Hashimoto: o que é, sintomas e tratamento.

Publicado em: 07/12/2023Última atualização: 07/12/2023
Publicado em: 07/12/2023Última atualização: 07/12/2023
Profissional da saúde com uma peça anatômica representando a tireoide.A tireoidite de Hashimoto é uma condição autoimune que afeta a tireoide.
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A tireoide é uma glândula localizada na região do pescoço, abaixo da laringe. Ela é uma parte importante do sistema endócrino, sendo responsável pela produção de hormônios necessários para o bom funcionamento do corpo.

Os hormônios secretados por ela são a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), e eles influenciam em diversos processos, como a frequência cardíaca, sistema gastrointestinal, fertilidade, renovação óssea, regulação do metabolismo, crescimento e fertilidade.

Algumas doenças podem acometer essa glândula, e uma delas é a tireoidite de Hashimoto. Ela é uma condição autoimune, sendo causada pelo próprio sistema imunológico. Neste caso, é comum que os pacientes portem outras doenças autoimunes em paralelo.

Por meio da leitura deste artigo, você vai entender um pouco mais sobre como essa doença se manifesta e como ela pode ser tratada.

Índice — Neste artigo você verá:

  1. O que é a tireoidite de Hashimoto?
  2. Quais são os sintomas da tireoidite de Hashimoto?
  3. Qual é a diferença entre tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo?
  4. Como a condição é diagnosticada?
  5. Formas de tratamento
  6. Dieta: o que pode ou não comer?
  7. A tireoidite de Hashimoto é perigosa?

O que é a tireoidite de Hashimoto?

Essa é uma doença autoimune que consiste em uma inflamação da tireoide, provocando seu mau funcionamento.

Doenças autoimunes são resultado de um ataque do sistema imunológico contra o próprio corpo, atingindo áreas que, até então, eram saudáveis. No caso da tireoidite de Hashimoto, a região afetada é a tireoide.

A condição atinge mais mulheres do que homens, sendo ainda mais comum em pessoas mais velhas.

Os fatores que provocam a tireoidite de Hashimoto vêm sendo estudados, e ainda não há uma causa definida. Porém, é visto que o consumo excessivo de iodo pode afetar a tireoide e influenciar na reação autoimune que origina a doença.

Leia mais: Doenças autoimunes: quais órgãos podem afetar? Têm cura?

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Quais são os sintomas da tireoidite de Hashimoto?

Um dos sintomas que pode se manifestar em um quadro de tireoidite de Hashimoto é o bócio. Também chamado de papo, ele se trata do aumento da tireoide, podendo ser notado ao olhar ou apalpar o pescoço, na região abaixo do pomo de Adão.

Médica examinando a tireoide de paciente.
Em alguns casos, pode provocar alguma dor ou sensibilidade na região, mas geralmente é indolor.

Além disso, na maior parte dos casos, a tireoidite é acompanhada de uma redução da produção dos hormônios tireoidianos, o que, por sua vez, pode resultar em caso de hipotireoidismo – condição da qual falaremos a seguir. Algumas das consequências desse efeito incluem:

  • Fadiga;
  • Redução da energia;
  • Aumento do peso corporal;
  • Constipação;
  • Voz rouca;
  • Dores musculares ou nas articulações;
  • Queda de cabelos e unhas fracas;
  • Atrasos no ciclo menstrual;
  • Intolerância ao frio;
  • Humor deprimido;
  • Diminuição da sociabilidade.
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Qual é a diferença entre tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo?

Ambas as patologias estão diretamente ligadas ao funcionamento da tireoide. Enquanto a tireoidite de Hashimoto surge a partir da inflamação dessa glândula, o hipotireoidismo é originado pela redução na produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4).

O hipotireoidismo pode ter causas variadas, mas a principal delas é justamente a tireoidite de Hashimoto, já que em grande parte dos casos há essa diminuição dos níveis hormonais. Ele pode ser transitório, mas quando se torna clínico, passa a ser necessário o tratamento contínuo de reposição hormonal.

Portanto, embora as duas doenças sejam diferentes e possam se manifestar de forma independente, é comum que apareçam de maneira conjunta.

Em casos mais raros, a tireoidite de Hashimoto pode provocar o inverso, com uma produção excessiva dos hormônios T3 e T4.

Como a condição é diagnosticada?

A tireoidite de Hashimoto pode ser diagnosticada por meio de alguns exames que avaliam a tireoide e os hormônios ligados à sua atuação.

A partir da suspeita da doença, e especialmente se houver um aumento do volume da tireoide, pode ser realizada uma ultrassonografia que permite a visualização da glândula.

Quando existe a possibilidade de hipotireoidismo, é comum também que sejam feitos exames de sangue para analisar os níveis dos hormônios relacionados, sendo eles o T3, T4 (ambos produzidos pela tireoide) e o TSH.

O TSH é produzido pela hipófise, uma outra glândula que exerce o controle sobre a tireoide. Esse hormônio é responsável por regular sua atividade.

O hipotireoidismo é constatado quando os níveis de T3 e T4 estão baixos e o TSH está alto, sinal de que a hipófise está identificando uma baixa atividade na tireoide.

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Formas de tratamento

A principal forma de tratar a doença é por meio da reposição hormonal, principalmente se a tireoidite se tornou um quadro de hipotireoidismo. Nesses casos, o hormônio T4 pode ser ingerido por meio de medicamentos.

Se o hipotireoidismo é crônico, ele não pode ser curado e o tratamento deve ser realizado por toda a vida.

Considerando a provável influência do iodo na tireoidite de Hashimoto, em alguns casos pode ser indicado uma redução no consumo de alimentos ou suplementos que contêm essa substância em grande quantidade.

Isso deve ser feito sob orientação médica ou nutricional, visto que, em quantidades adequadas, o iodo possui um importante papel na manutenção da saúde e não deve ser eliminado completamente.

Leia mais: Levotiroxina sódica: como funciona o remédio para tireoide

Dieta: o que pode ou não comer?

Uma dieta equilibrada é importante para todos, com ou sem a presença de patologias no organismo. Mas pessoas diagnosticadas com tireoidite de Hashimoto podem se beneficiar mais ainda ao inserir ou remover alguns alimentos e nutrientes da sua rotina.

Antes de exemplificá-los, é importante salientar que um(a) nutricionista é quem deve criar um plano alimentar adequado para cada pessoa, avaliando o que é necessário para manter ou melhorar suas condições de saúde.

Algumas coisas que podem ser adicionadas à rotina são:

  • Frutas vermelhas e cítricas, que possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, como: morango, framboesa, amora, romã e laranja;
  • Fontes de vitaminas do complexo B, como: batatas, lentilha, fígado, atum e banana;
  • Nozes e castanha do Pará;
  • Óleos de coco e oliva;
  • Linhaça e alimentos com fibras que auxiliam no funcionamento intestinal;
  • Suplementos ou alimentos ricos nos minerais zinco e selênio e na vitamina D.

Quanto ao que pode ser necessário evitar, destacam-se:

  • Alimentos ricos em iodo;
  • Excesso de açúcar;
  • Soja e derivados;
  • Excesso de alimentos que contêm glúten.

Com acompanhamento nutricional, é possível ter um plano alimentar que se encaixe na realidade de cada pessoa, atendendo às suas necessidades.

A tireoidite de Hashimoto é perigosa?

A condição pode ser perigosa se não houver tratamento, especialmente em casos de hipotireoidismo. Partindo do princípio de que os hormônios secretados pela tireoide são fundamentais para diversas funções no organismo, a falta deles pode acarretar em sintomas diversos, como os já citados, que podem se agravar.

Um quadro de hipotireoidismo em estágio mais avançado pode afetar a frequência cardíaca, causar formigamento ou dores nas mãos, confusão mental, aumento dos níveis de colesterol no sangue, anemia, confusão mental, entre outros.


A tireoide influencia inúmeros processos no corpo, e problemas com essa glândula podem causar complicações diversas. Apesar disso, condições como a tireoidite de Hashimoto e o hipotireoidismo podem ser facilmente tratadas.

Sempre que surgirem sintomas, consulte um(a) médico(a) endocrinologista, e realize exames de rotina para que seja possível detectar possíveis alterações nos hormônios relacionados.

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Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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