O ronco é um processo normal, que não é exclusivo dos humanos e que pode ter diversas causas. No entanto, quando a sonorização começa a afetar a pessoa ou quem convive com o roncador, é bom não ignorar os sinais e procurar um especialista para averiguar as causas.
O ronco é um processo complexo, que envolve diversas partes da anatomia da garganta, principalmente da faringe. Algumas vezes, o tratamento pode envolver apenas mudanças de hábitos, mas em quadros mais graves e persistentes pode ser necessária a realização de cirurgias ou tratamentos medicamentosos.
Leia o artigo completo para compreender melhor os mecanismos do ronco, possíveis causas e seus tratamentos.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
Embora possa estar ligado a outros distúrbios do sono, o ronco primário (RP) costuma ser uma manifestação de problemas mecânicos envolvendo a passagem de ar pela faringe. De modo geral, há um relaxamento da garganta durante o sono e, ao respirar, o ar faz vibrar esses tecidos, produzindo o som típico.
Enquanto o ronco não está associado a outros sintomas que indiquem perturbação do sono, como fadiga e sonolência diurna, ainda existe a possibilidade de não ser algo prejudicial.
No entanto, o ronco intenso e persistente pode ser um problema que vai além do constrangimento social. A literatura médica aponta que, a longo prazo, o ronco pode estar associado a distúrbios cognitivos, além de estimular o surgimento de problemas cardiovasculares e metabólicos.
Há décadas que estudos apontam que o ronco é mais comum em homens, com uma incidência que aumenta com a idade. Embora seja aparentemente menos frequente em mulheres jovens, algumas pesquisas demonstram que, após a menopausa, a incidência em pessoas de ambos os sexos se iguala.
Quando os humanos começaram a desenvolver a fala, nossa anatomia precisou passar por diversas adaptações, incluindo o surgimento de uma cavidade chamada orofaringe, localizada logo atrás da boca. Há um certo ronco natural, portanto, que surge do processo evolutivo que nos permitiu falar.
Em corpos do sexo masculino, essa cavidade costuma ser mais estreita e, por isso, o ronco é mais associado a eles. No entanto, é comum a ambos os gêneros o relaxamento da língua e de outros músculos durante o sono, processo capaz de causar o ronco ou até mesmo a obstrução das vias respiratórias, condição conhecida como apneia.
Além disso, os corpos masculinos têm uma propensão maior a desenvolver acúmulo de gordura na região da garganta, outro fator que pode contribuir para o ronco. No entanto, o sobrepeso, que é uma condição que pode afetar pessoas de qualquer gênero, geralmente é um dos principais potencializadores do surgimento de ronco em corpos femininos.
Por ser associado também à idade, o ronco em crianças pode ser sintoma de alguma outra condição e é um sinal que merece investigação, mas isso também não significa que um mínimo ronco seja indício suficiente de que há algum distúrbio envolvido.
Como explicamos acima, o ronco pode ser uma consequência natural do relaxamento da garganta, sendo possível observar bebês e crianças roncando. No entanto, quando associado a outros sintomas que indicam obstrução das vias aéreas, é bom procurar um pediatra para investigar mais a fundo o problema.
Embora o ronco seja causado por uma questão anatômica, existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o surgimento ou agravamento do sintoma:
De modo geral, o ronco pode ser entendido como sendo de dois tipos: ronco primário, que geralmente não vem acompanhado de sintomas secundários, como despertar noturno ou sonolência diurna; e o ronco ligado a distúrbios respiratórios do sono, quando a sonorização surge como sinal de outra patologia.
Ao fazer o diagnóstico, no entanto, poderão ser feitas classificações de acordo com a intensidade e frequências dos episódios de ronco.
Leia também: Apneia do Sono: tem cura? Veja tipos, sintomas, tratamento
O ronco é um distúrbio que costuma ser avaliado, diagnosticado e tratado por otorrinolaringologistas. Geralmente, a primeira fase do diagnóstico acontece na clínica, durante a consulta.
Na ocasião, o(a) médico(a) irá coletar informações sobre as queixas de ronco e outros sintomas, como insônia, sonolência excessiva, boca seca ao acordar, posição que o(a) paciente costuma dormir.
A anamnese, que é esse diálogo com o(a) profissional de saúde, pode incluir também questionamentos sobre outros hábitos cotidianos, como rotina e alimentação.
O ronco pode ser classificado pela sua intensidade e duração:
O tratamento do ronco primário envolve mudanças de hábitos e comportamentos, que incluem perda de peso, utilização de recursos para corrigir a postura durante o sono e interrupção do tabagismo. Quando associado a outros distúrbios, é necessário também investigar e tratar a condição que está causando o ronco.
Em quadros mais severos, podem ser aplicadas técnicas cirúrgicas ou procedimentos que ajudam a enrijecer ou reduzir os tecidos da garganta, sobretudo da úvula e do palato mole.
O tratamento adequado, no entanto, depende da investigação médica, que irá identificar a principal causa do ronco, sempre considerando as particularidades de cada paciente.
Como vimos, o ronco é um processo natural, mas quando se torna prejudicial para o organismo ou afeta a qualidade de vida das pessoas, pode ser entendido como um sinal de que tem alguma coisa errada nos mecanismos de respiração durante o sono.
Não há prevenção para o ronco. Ainda assim, evitar seus fatores de risco pode ser uma boa forma de reduzir a probabilidade de sonorização ou evolução de um quadro existente.
O ronco, quando frequente e/ou intenso, pode ser bastante prejudicial para a qualidade de vida de quem precisa conviver com o problema. Procure ajuda profissional caso note que possui um ronco intenso, recorrente ou associado a outros sintomas de distúrbios do sono.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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