Os refrigerantes estão muito presentes em nosso dia a dia. Nos supermercados, as diversas marcas lotam as prateleiras com suas versões variadas. Em restaurantes, nas festas ou reuniões entre amigos, eles estão sobre as mesas.
Porém, embora o consumo seja tão habitual, este não é um tipo de produto que faz bem para a saúde.
Uma das principais preocupações a respeito dele é a quantidade de açúcar presente na composição.
Para quem deseja ou precisa diminuir a ingestão diária, sem deixar de beber refrigerantes, existe uma alternativa: as versões sem açúcar.
Mas, um questionamento comum é se esses são mesmo uma boa opção, tão saudáveis quanto, por vezes, eles se vendem.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre isso. Continue a leitura!
Índice — Neste artigo você verá:
Os refrigerantes existem há algum tempo, e foi no século XIX que começaram a ser produzidos em larga escala.
Sua estrutura básica contém água, gás carbônico e um xarope. Este último é o que dá seu sabor característico.
Nos refrigerantes tradicionais, um dos ingredientes que está em maior quantidade em sua composição é o açúcar.
Essa quantidade muda de um produto para outro. Mas, para se ter uma ideia, entre alguns dos mais consumidos, é possível encontrar de 11g a 20g de açúcar em 200mL da bebida.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que o consumo diário de açúcar seja o equivalente a 10% do total de calorias ingeridas. Considerando uma dieta de 2 mil calorias, isso representa 50g de açúcar.
Ou seja, um copo de refrigerante pode conter quase metade da quantidade de açúcar indicada para todo o dia.
Surgiram, então, as versões sem açúcar, que são oferecidas como opções mais saudáveis. Por serem mais baixos em carboidratos, eles geralmente também possuem um valor calórico menor.
Porém, para manter seu sabor mais próximo do original, são colocados outros ingredientes, principalmente os adoçantes.
Ao olhar apenas para o açúcar, essa parece ser uma boa troca. Porém, um alimento ou bebida é composto por muito mais que isso, e apenas a retirada de um ingrediente não torna o produto automaticamente saudável.
Leia mais: Açúcar vicia? Saiba os malefícios de consumir em excesso
Os adoçantes (ou edulcorantes) são inseridos na composição de refrigerantes e outros alimentos para substituir o açúcar ou reforçar o sabor adocicado.
Além dessa função, eles também contribuem para a redução das calorias totais do produto, já que o açúcar, que é um carboidrato, possui um alto valor energético. Então, podem ser vantajosos em alguns tipos de planos alimentares.
Nos refrigerantes, os mais comuns são o aspartame e a sacarina. Eles não são de origem natural, e sua segurança vem sendo questionada e estudada em diversos lugares do mundo.
Pesquisas sugerem que compostos desse tipo podem estar relacionados com diversos problemas de saúde. O aspartame, por exemplo, entrou em 2023 em uma lista da OMS que o considera como “possivelmente cancerígeno”.
No Brasil, todos os edulcorantes utilizados em refrigerantes e outros alimentos possuem aprovação da Anvisa.
Então, em tese, eles são seguros. Entretanto, é fundamental respeitar os limites do consumo e se atentar a possíveis novas recomendações.
Adoçantes naturais são mais indicados, tal como o xilitol, porém estes são menos utilizados em produtos ultraprocessados, como os refrigerantes.
Leia mais: Aspartame: O que é? Para que serve? Faz mal?
Ao olhar a lista de ingredientes no rótulo de um refrigerante, é possível ver inúmeros itens citados ali. Também é fácil notar que não se têm muitos nutrientes, como vitaminas e minerais. Isso porque os refrigerantes não são balanceados do ponto de vista nutricional.
A falta de componentes importantes para o organismo contrasta com o excesso de aditivos. São parte desse grupo todas substâncias que são adicionadas em alimentos mas que não têm nenhuma ação nutritiva.
Eles são utilizados para auxiliar a conservar o produto, manter ou modificar seu sabor e coloração, entre outros motivos. Veja alguns deles:
Diversas substâncias se encaixam nesses grupos, e muitas delas podem gerar riscos à saúde.
Além dos aditivos, outro ingrediente que está presente nos refrigerantes e merece atenção é o sódio. Em níveis adequados, ele é importante para o corpo. Porém, pode ser perigoso se ingerido em excesso.
Os refrigerantes tradicionais já possuem uma quantidade alta desse composto, mas os que são zero açúcar podem apresentar níveis ainda mais altos. Isso ocorre pelo uso dos adoçantes, que geralmente possuem bastante sódio.
Com isso, é possível notar que o açúcar é apenas uma das coisas que compõem os refrigerantes, e não é a única que merece um olhar cuidadoso.
Considerando o que já foi dito anteriormente, a resposta é clara: não, os refrigerantes sem açúcar não são mais saudáveis que os outros.
Embora haja uma variação entre as composições e uma propaganda constante de que existem boas opções, a maioria delas não é assim tão boa como se vende.
Os sem açúcar podem ser uma escolha melhor para pessoas que precisam reduzir a quantidade de açúcar consumida, como diabéticos.
Mas quem deseja ou precisa adotar uma alimentação mais saudável não é tão beneficiado assim pela troca dos refrigerantes. Com ou sem açúcar, eles ainda possuem inúmeros ingredientes ruins, além de não serem nutritivos.
O sabor do refrigerante agrada muita gente, e é natural que, eventualmente, ele seja consumido.
Se não houver alguma restrição alimentar específica, isso pode acontecer sem grandes prejuízos à saúde. O problema é quando seu consumo é frequente, independente se for zero açúcar ou não.
Para ter uma alimentação consciente, é necessário conhecer os alimentos que se consome, saber como eles se comportam no organismo e o que é melhor para cada um.
Ter a orientação de um(a) nutricionista é fundamental nessa hora, já que é este profissional que irá fornecer essas informações e traçar um plano alimentar adequado.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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