Saúde

Psicose pós-parto: o que causa, sintomas e tratamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 24/01/2023Última atualização: 24/01/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 24/01/2023Última atualização: 24/01/2023
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psicose pós-parto é um quadro que surge de maneira repentina e grave entre o 3° e 10° dia após o parto e acomete cerca de 0,1 a 0,2% das mulheres.

Os episódios dessa condição podem ser isolados, episódicos ou crônicos. Além disso, em alguns casos, a mulher também pode atentar contra a própria vida ou da criança. 

Na condição, a paciente apresenta alucinações e delírios e, em alguns deles, há a crença de que a criança é perigosa, possui poderes especiais, é “defeituosa” ou de que corre sério risco por problemas de saúde. 

Para saber mais sobre a psicose pós-parto, o que causa, sintomas a diferença de depressão, psicose e tristeza materna pós-parto, continue acompanhando o artigo!

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa a psicose?
  2. Sintomas
  3. Depressão, psicose e tristeza materna pós-parto: qual a diferença?
  4. Quanto tempo dura a psicose pós-parto?
  5. Como é feito o diagnóstico?
  6. A psicose pós-parto tem cura?
  7. Tratamento para psicose pós-parto

O que causa a psicose?

As principais causas podem envolver o histórico familiar, ou seja, algum caso de gestação envolvendo psicose pós-parto na família, ou condições psiquiátricas, principalmente transtorno bipolar

Estima-se que pacientes com familiares de primeiro grau que apresentam a psicose puerperal possuam 70% de chances de apresentar a condição.

Além desses fatores, podem ser considerados grupos de risco mulheres que estão na primeira gestação, que engravidaram em uma idade avançada ou que desenvolvem algum transtorno de humor durante a gestação.

Leia mais: Depressão pós-parto: o que é, como acontece e o que fazer? 

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Sintomas

Os sintomas apresentados pelas pacientes se dividem em iniciais e os sintomas graves, sendo:

Leves (iniciais)

  • Insônia;
  • Inquietação;
  • Irritabilidade;
  • Alterações no humor;
  • Falam de maneira compulsiva e sem pausa;

Graves (tardios)

  • Desorientação;
  • Desorganização;
  • Ideias persecutórias;
  • Delírios (muitas vezes bizarros);
  • Confusão mental;
  • Alucinações;
  • Comportamento desorganizado;
  • Despersonalização.
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Depressão, psicose e tristeza materna pós-parto: qual a diferença?

A depressão pós-parto (DPP) se caracteriza como um quadro clínico agudo e severo, que necessita de acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Cerca de 10 a 20% das mulheres podem apresentar dependência da experiência que a mulher vivencia. Portanto, os principais fatores de risco são:

  • Mulheres com sintomas depressivos ou com histórico de transtornos de humor;
  • Mulheres que sofrem dificuldades na gestação;
  • Vítimas de carência social;
  • Mães solteiras;
  • Que passaram por grandes perdas;
  • Que perderam um filho anterior;
  • Que vive em desarmonia conjugal.

Já na psicose, a mulher perde o senso de realidade e apresenta delírios e alucinações, acometendo cerca de 0,2% das gestantes. Nesse caso, elas demonstram risco de vida para si mesmas e para a criança e desenvolvem fantasias persecutórias, como de que alguém quer  raptar o bebê.

Por outro lado, a tristeza materna acomete 80% das mulheres, e isso se dá devido ao luto vivido pela mulher, pois ela sente que perdeu o lugar de filha, e não se sente segura em ser mãe. Além disso, pode haver mudança corporal do estado da gravidez para sua forma original.

Contudo, a tristeza não incapacita e não afeta na vida da mãe e do bebê, diferente da DPP, que atrapalha na rotina da mãe e do bebê, assim como traz prejuízos para a saúde mental de ambos.

Quanto tempo dura a psicose pós-parto?

O tempo de duração pode variar de 2 a 3 semanas.

Cerca de 20% das mulheres não apresentam recorrências dos casos, e 18 a 37% dessas mães podem apresentar um novo episódio de psicose.

Além disso, de 38 a 81% das pacientes podem apresentar algum tipo de transtorno psicótico ou afetivo após a remissão.

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Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de psicose pós-parto poderá ser realizado de acordo com a história clínica da paciente ou da observação clínica dos comportamentos apresentados após o parto (puerpério) durante as 4 primeiras semanas.

O(a) médico(a) fará a observação e levantamentos dos sintomas apresentados, como o humor instável, insônia, desorganização comportamental ou do pensamento, além dos sintomas psicóticos como delírios persecutórios, que podem colocar em risco mãe e criança, e alucinações.

Contudo, vale ressaltar que não existe diagnóstico formal dessa condição dentro da psiquiatria.

A psicose pós-parto tem cura?

Sim, a psicose pós-parto tem cura! Com a adesão ao tratamento adequado, a paciente poderá voltar normalmente às atividades corriqueiras, assim como desenvolver a relação mãe-bebê sem interrupções.

Tratamento para psicose pós-parto

O tratamento recomendado muitas vezes é de que haja internação, pois a paciente apresenta risco para si mesma e para a criança. Além disso, esse processo é necessário para acompanhamento e descartar causas orgânicas.

Geralmente, o tratamento envolve vários profissionais que auxiliam preventivamente com intervenções clínicas e inclui a prática de exercícios físicos na rotina pós-parto, que auxilia no bem-estar da mãe, diminui a ansiedade e reduz o risco de depressão.

Outro tratamento preventivo importante  é a psicoterapia, que pode ser feita  individualmente ou em grupo. Nesse caso, o acompanhamento psicológico melhora a qualidade de vida, diminui os sintomas de depressãoansiedade e beneficia, a longo prazo, o pós-parto por cerca de um ano.

Já o tratamento medicamentoso é adotado somente em casos graves, sendo o lítio, antipsicóticos, benzodiazepínicos os comumente prescritos, além da terapia eletroconvulsiva.

Outras recomendações se baseiam de acordo com o histórico de saúde da gestante.


psicose pós-parto é caracterizada pela presença de alucinações e delírios, e esses delírios apresentam a crença de que a criança está correndo sério risco.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!

Para mais conteúdos sobre saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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