A psicose pós-parto é um quadro que surge de maneira repentina e grave entre o 3° e 10° dia após o parto e acomete cerca de 0,1 a 0,2% das mulheres.
Os episódios dessa condição podem ser isolados, episódicos ou crônicos. Além disso, em alguns casos, a mulher também pode atentar contra a própria vida ou da criança.
Na condição, a paciente apresenta alucinações e delírios e, em alguns deles, há a crença de que a criança é perigosa, possui poderes especiais, é “defeituosa” ou de que corre sério risco por problemas de saúde.
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Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
As principais causas podem envolver o histórico familiar, ou seja, algum caso de gestação envolvendo psicose pós-parto na família, ou condições psiquiátricas, principalmente transtorno bipolar.
Estima-se que pacientes com familiares de primeiro grau que apresentam a psicose puerperal possuam 70% de chances de apresentar a condição.
Além desses fatores, podem ser considerados grupos de risco mulheres que estão na primeira gestação, que engravidaram em uma idade avançada ou que desenvolvem algum transtorno de humor durante a gestação.
Leia mais: Depressão pós-parto: o que é, como acontece e o que fazer?
Os sintomas apresentados pelas pacientes se dividem em iniciais e os sintomas graves, sendo:
A depressão pós-parto (DPP) se caracteriza como um quadro clínico agudo e severo, que necessita de acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Cerca de 10 a 20% das mulheres podem apresentar dependência da experiência que a mulher vivencia. Portanto, os principais fatores de risco são:
Já na psicose, a mulher perde o senso de realidade e apresenta delírios e alucinações, acometendo cerca de 0,2% das gestantes. Nesse caso, elas demonstram risco de vida para si mesmas e para a criança e desenvolvem fantasias persecutórias, como de que alguém quer raptar o bebê.
Por outro lado, a tristeza materna acomete 80% das mulheres, e isso se dá devido ao luto vivido pela mulher, pois ela sente que perdeu o lugar de filha, e não se sente segura em ser mãe. Além disso, pode haver mudança corporal do estado da gravidez para sua forma original.
Contudo, a tristeza não incapacita e não afeta na vida da mãe e do bebê, diferente da DPP, que atrapalha na rotina da mãe e do bebê, assim como traz prejuízos para a saúde mental de ambos.
O tempo de duração pode variar de 2 a 3 semanas.
Cerca de 20% das mulheres não apresentam recorrências dos casos, e 18 a 37% dessas mães podem apresentar um novo episódio de psicose.
Além disso, de 38 a 81% das pacientes podem apresentar algum tipo de transtorno psicótico ou afetivo após a remissão.
O diagnóstico de psicose pós-parto poderá ser realizado de acordo com a história clínica da paciente ou da observação clínica dos comportamentos apresentados após o parto (puerpério) durante as 4 primeiras semanas.
O(a) médico(a) fará a observação e levantamentos dos sintomas apresentados, como o humor instável, insônia, desorganização comportamental ou do pensamento, além dos sintomas psicóticos como delírios persecutórios, que podem colocar em risco mãe e criança, e alucinações.
Contudo, vale ressaltar que não existe diagnóstico formal dessa condição dentro da psiquiatria.
Sim, a psicose pós-parto tem cura! Com a adesão ao tratamento adequado, a paciente poderá voltar normalmente às atividades corriqueiras, assim como desenvolver a relação mãe-bebê sem interrupções.
O tratamento recomendado muitas vezes é de que haja internação, pois a paciente apresenta risco para si mesma e para a criança. Além disso, esse processo é necessário para acompanhamento e descartar causas orgânicas.
Geralmente, o tratamento envolve vários profissionais que auxiliam preventivamente com intervenções clínicas e inclui a prática de exercícios físicos na rotina pós-parto, que auxilia no bem-estar da mãe, diminui a ansiedade e reduz o risco de depressão.
Outro tratamento preventivo importante é a psicoterapia, que pode ser feita individualmente ou em grupo. Nesse caso, o acompanhamento psicológico melhora a qualidade de vida, diminui os sintomas de depressão e ansiedade e beneficia, a longo prazo, o pós-parto por cerca de um ano.
Já o tratamento medicamentoso é adotado somente em casos graves, sendo o lítio, antipsicóticos, benzodiazepínicos os comumente prescritos, além da terapia eletroconvulsiva.
Outras recomendações se baseiam de acordo com o histórico de saúde da gestante.
A psicose pós-parto é caracterizada pela presença de alucinações e delírios, e esses delírios apresentam a crença de que a criança está correndo sério risco.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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