Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de novembro de 2022, o PAXLOVID™ (nirmatrelvir + ritonavir) é novo não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Isso porque este é um dos mais recentes medicamentos com eficácia no tratamento de COVID-19.
Fabricado pela Pfizer, que também produziu uma das vacinas disponíveis, o Paxlovid se junta a mais 5 outros medicamentos liberados pela Anvisa para tratamento e/ou profilaxia de infecções pelo novo coronavírus: Rendesivir, Sotrovimabe, Baricitinibe, Evusheld®️ (cilgavimabe + tixagevimabe) e Molnupiravir.
Até o momento, muitos desses medicamentos estão aprovados apenas para uso emergencial no tratamento de COVID-19, o que significa dizer que algumas substâncias têm seu uso extremamente controlado, sem a possibilidade de serem adquiridas em farmácias.
O Paxlovid teve seu uso emergencial e experimental aprovado em 30 de março de 2022, mas foi só em novembro que a Anvisa liberou a venda do medicamento em farmácias, quando também permitiu a utilização em hospitais particulares. Até o momento, o medicamento não é utilizado na rede pública de saúde.
A seguir, explicaremos um pouco mais sobre essa nova marca que surgiu no mercado farmacêutico brasileiro.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
Não liberado para uso pediátrico (em crianças), o Paxlovid é indicado no tratamento de pessoas adultas que apresentam risco significativo de desenvolver um quadro grave de COVID-19. O objetivo, aqui, é evitar a hospitalização.
As análises do Paxlovid indicaram uma notável diminuição dos óbitos e dos casos graves após a execução de um estudo "de Fase 2/3, randomizado, duplocego, controlado por placebo, em participantes adultos sintomáticos, não hospitalizados”, segundo informações da própria Pfizer.
O medicamento, no entanto, tem algumas restrições e não é indicado para pacientes que estejam necessitando de oxigênio suplementar. O Paxlovid também não foi autorizado para início de tratamento, o que faz deste um medicamento com usos bastante específicos.
Além disso, o Paxlovid não poderá ser usado na prevenção da COVID-19, de modo que vacinas, higiene e máscaras continuam sendo as melhores profilaxias.
O Paxlovid é composto por dois princípios ativos antivirais, que são o nirmatrelvir e o ritonavir, este em menor dose que aquele.
O nirmatrelvir, tecnicamente chamado de PF-07321332, foi desenvolvido pela Pfizer especialmente para combater o vírus da COVID-19 e atua como um inibidor da protease 3CL (3-chemotrypsin-like). Isso significa que o medicamento é capaz de impedir a replicação do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19.
Já o Rinavir é um agente farmacológico bastante utilizado no combate a viroses e conhecido por ser um dos medicamentos indicados no tratamento contra o vírus HIV. No Paxlovid, sua função é prolongar o efeito terapêutico do nirmatrelvir.
Com essa combinação, o medicamento lançado pela Pfizer não permite que o vírus se multiplique no organismo, evitando que a infecção se agrave e se espalhe pelo corpo.
Com o uso do medicamento, uma pessoa infectada poderá sentir uma melhora do quadro em menos de 24 horas, com redução significativa de sintomas como febre, dor de cabeça, fadiga e dificuldade para respirar.
Ao final do tratamento, no entanto, pode haver retorno dos sintomas,, efeito que ainda está sendo pesquisado e sobre o qual não há consenso científico. Também não é recomendado estender o tratamento, uma vez que a bula indica, em destaque, que o Paxlovid não deve ser usado por mais do que 5 dias.
Dentre os efeitos colaterais pós-comercialização mais comentados pelos pacientes, está um persistente gosto ruim ou metálico na boca, o que também pode estar associado aos sintomas de alteração do olfato ou do paladar causados pela própria COVID-19.
Decorrente de uma série de desinformações na área de saúde, foi popularizada a noção errônea de que o Paxlovid teria o mesmo mecanismo de ação que a Ivermectina, o que é uma informação falsa.
O Paxlovid, como vimos, tem ação antiviral, agindo diretamente nos mecanismos de reprodução do vírus. A Ivermectina, por outro lado, é um tipo de medicamento completamente diferente, indicado no combate a parasitas como o verme Strongyloides stercoralis, causador da estrongiloidíase.
Portanto, ambos são medicamentos completamente diferentes, com princípios ativos distintos e, consequentemente, funções diferentes. Como a COVID-19 é causada por um vírus, o Paxlovid é considerado eficiente como antiviral, enquanto a Ivermectina não deve ser utilizada no tratamento de viroses, pois não tem como objetivo tratar esse tipo de condição.
Sim. O Paxlovid só pode ser comprado em farmácias e com prescrição médica, que, neste caso, deverá ser registrada em uma receita branca comum.
Assim como qualquer medicamento, o Paxlovid deve ser consumido seguindo as indicações médicas, uma vez que é preciso considerar as especificidades de cada paciente. Pessoas com insuficiência renal, por exemplo, precisam de dosagens diferentes por causa da sua condição.
A bula recomenda duas doses diárias, uma pela manhã e outra à noite, que podem ser tomadas com ou sem refeições. A caixa de Paxlovid já vem com blisters que agrupam visualmente os três comprimidos de cada dose, composta por 2 comprimidos de nirmatrelvir e 1 de ritonavir.
O tratamento não deve exceder 5 dias e os comprimidos não podem ser mastigados, quebrados ou esmagados.
O Paxlovid é contraindicado para quem tem alergia a algum dos componentes e não deve ser consumido por pacientes com doença hepática ou renal grave.
A bula também indica uma extensa lista de substâncias que, em associação ao Paxlovid, podem causar efeitos secundários graves e potencialmente fatais.
Converse com o(a) seu(a) médico sobre as interações medicamentosas, uma vez que até mesmo remédios fitoterápicos como a Erva de São João (Hypericum perforatum) aparecem na lista.
O Paxlovid pode ser comprado em farmácias, mediante apresentação de receita médica. O medicamento ainda não tem genéricos e é produzido com exclusividade pela Wyeth/Pfizer.
No Consulta Remédios, o maior marketplace de medicamentos do Brasil, o Paxlovid já está disponível para compra com ofertas a partir de R$ 4.790,00 (valor consultado em janeiro de 2023).
A Paxlovid é mais uma vitória no tratamento da COVID-19, ampliando o leque de possibilidades terapêuticas que evitam casos graves e internamentos. Como consequência, o medicamento da Pfizer surge como mais um mecanismo para reduzir os números de óbitos da pandemia.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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